Balão, NÃO!

Centro Educacional Miraflores lança campanha contra soltura de balões para proteger as florestas.

Nos meses de junho e julho o Brasil inteiro se enfeita de bandeirinhas coloridas para comemorar a Festa de São João, uma das mais populares da nossa cultura. Os foliões, vestidos de caipiras, dançam quadrilha, comem comidas típicas como canjica e pamonha e fazem o tradicional casamento da roça. Infelizmente, nem tudo é alegria, já que algumas pessoas ainda insistem em soltar balões, prática proibida por lei desde 1998. Para alertar as crianças sobre os perigos que envolvem essa prática, o Miraflores lança as campanhas: "Balão, NÃO!" e “Soltar balões não é legal; é ilegal”.

“Dois mil e onze é o Ano Internacional das Florestas, declarado pela ONU. Por isso, decidimos trabalhar as consequências dos incêndios provocados por balões”, explica Jane Lima, coordenadora de gestão pedagógica do Miraflores – Unidade Barra da Tijuca. Para sensibilizar os colegas, alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental, com idades entre 8 e 9 anos, usam cartazes que ilustram os danos ocorridos quando um balão aceso cai sobre as matas. Os prejuízos para o ecossistema são incalculáveis. Os balões não representam fatores determinantes na desertificação do solo, mas, principalmente durante o período de festas de São João, os incêndios provocados por eles têm forte impacto ambiental.

“As crianças podem ajudar a minimizar o problema através do diálogo. Nós costumamos mandar uma ‘frase filosófica’ para que os alunos levem para casa e conversem com os pais. Em junho, estamos pedindo para eles abordarem a campanha ‘Balão, NÃO’ com a família e registrarem suas opiniões com figuras, desenhos e pequenos textos”, conta Jane.

Os alunos também aprendem em sala de aula que a imprudência dos baloeiros pode causar queimadura graves em outras pessoas. Outra lição é o risco que a soltura de balões oferece à aviação, principalmente às aeronaves de pequeno porte, isso porque as turbinas dos aviões podem parar de funcionar, levando a um pouso forçado e até mesmo a uma queda. Exatamente por todos os perigos envolvidos na prática de soltar balões é que a atividade é considerada um crime. “Nossos alunos estudaram a Lei de Crimes Ambientais e agora sabem que não apenas soltar balões é ilegal, como também fabricar, vender e transportar estes produtos”, ressalta Eliana Garcia, coordenadora pedagógica da Unidade Laranjeiras.

Os festejos serão realizados nos dias 17 e 18 de junho, em Laranjeiras. “Vai ser muito bom unir a Festa de São João ao Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca (instituído pela ONU em 17 de junho). Isso reforça a ideia de que comemorar a festa junina com balões pode ser muito prejudicial ao meio-ambiente. Vamos nos divertir com a consciência de que devemos cuidar das nossas florestas”, explica Eliana. Na Barra da Tijuca, a festa julina ocorre nos dias 1 e 2 de julho.