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Refinaria de Manguinhos é autorizada pelo governo do estado do Rio de Janeiro a iniciar produção de biodiesel


O governo do estado do Rio de Janeiro, através da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), concedeu em 27 de novembro, a licença ambiental necessária para a Refinaria de Manguinhos iniciar sua produção de biodiesel. O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, explicou que a refinaria, que teve paralisada suas atividades de refino de petróleo em agosto do ano passado, vai transformar-se na primeira produtora de biodiesel no Estado em escala comercial. “É uma grande conquista para o Estado contar com esta adaptação da refinaria que havia paralizado as atividades de refino de petróleo, mantendo apenas a atividade de distribuição funcionando”, diz Victer, completando que a refinaria começará a operar com biodiesel em 15 dias.

De acordo com o secretário, a produção do biodiesel em Manguinhos é uma contribuição importante para enfrentar a crise mundial do petróleo, cujos preços estão elevados no mercado internacional, e também uma ação benéfica para o meio ambiente ao utilizar matérias-primas que antes contribuíam para o aumento da poluição.

“O Rio de Janeiro, com a produção do biodiesel, diversifica ainda a sua matriz de produção de energéticos. A produção será em três etapas: na primeira fase, que iniciará em 15 dias, irá colocar no mercado 48 milhões de litros de biodiesel por ano, sendo que boa parte desse produto já foi negociado no segundo leilão de biodiesel, através de contrato de arrendamento entre a refinaria e o grupo paulista “Ponti di Ferro”, conta Victer, acrescentando que Manguinhos irá produzir 100 milhões de litros / ano, em uma segunda fase, e 360 milhões na última fase do projeto, quando serão contratados mais 150 trabalhadores como operadores.

A entrega do produto ao mercado, explica o diretor da refinaria, Fernando Barbosa, ficará a cargo da ANP (Agência Nacional do Petróleo). “A adição ao diesel ficará a critério das distribuidoras, o que não terão muita complexidade porque é uma operação semelhante ao álcool que é misturado na gasolina”, destaca.

Barbosa avalia dizendo que o mercado dos biocombustíveis chegou definitivamente para ficar, pois trata-se de uma reação mundial aos altos preços do petróleo, e uma necessidade ambiental. “O petróleo é um energético não renovável e não existe nenhuma indicação de que seu preço voltará aos patamares anteriores. Todas as indicações são de que o petróleo deve continuar com valores muito altos”, observa, completando que o biodiesel, por questões ambientais, vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional de combustíveis alternativos, e portanto é uma oportunidade econômica atraente para a Refinaria de Manguinhos.

Wagner Victer adianta que o projeto para fabricação do biodisel já levou a Refinaria de Manguinhos com o apoio do governo do estado a investir aproximadamente US$ 2 milhões para iniciar a produção do combustível, e outros US$ 10 milhões deverão ser investidos no aumento da produção para 360 milhões de litros/ano. O foco de atuação da refinaria no futuro deverá continuar a ser o refino de petróleo, cuja retomada da operação poderá acontecer em breve, e o biodiesel. Para a produção do biodisel a refinaria utilizará três tipos de matéria-prima: sebo animal e óleos de soja e de girasol. “Mas qualquer tipo de óleo que esteja disponível no mercado poderá ser utilizado para produzir o biodiesel”, destaca o secretário.

A Refinaria de Manguinhos, já chegou a produzir 25 milhões de litros/mês de gasolina; 16 milhões de litros de diesel; 15 milhões de litros de óleo combustível e igual volume na produção de destilados, naftas e solventes. | Foto: Fator Brasil

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