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10/08/2007 - 08:08

Eletronorte patenteia sistema que eleva desempenho de fibra ótica

A Eletronorte, empresa do grupo Eletrobrás, e a PadTec assinaram contrato para exploração do know-how e do pedido de patente da metodologia de utilização e aparatos de regeneração óptica passiva, desenvolvida por meio de um projeto que uniu a Eletronorte e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), um dos mais conceituados pólos de tecnologia do mundo. É a primeira vez que contratos deste tipo são assinados por uma empresa do setor elétrico brasileiro.

O diretor de Gestão Corporativa da Eletronorte, Manoel Ribeiro, disse que essa é a mais uma demonstração da importância que a Empresa dá à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico. "Os talentos que temos aqui, e a vontade que temos de buscar parcerias para mostrar que o Brasil é capaz de produzir tecnologia, fazem a diferença".

Para o presidente da PadTec, José Salomão Pereira, as perspectivas de comercialização são animadoras. "É um produto com muito potencial, resultado de um trabalho que poder fazer com que os mercados da Ásia, África e mesmo América Latina, possam ser atendidos com produtos brasileiros, gerando riqueza e trabalho no País. Já temos muitos interessados e, com assinatura desse contrato, poderemos começar a produção em aproximadamente um mês".

Problema - "Sempre tivemos um problema com a transmissão de sinais na rede de fibra ótica: a necessidade de, a cada 200 quilômetros, colocarmos uma estação repetidora, o que exige um alto custo de manutenção", explica o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Luis Cláudio Silva Frade. Para contornar esse obstáculo, a Eletronorte desenvolveu, em parceria com o CPqD, uma pesquisa que resultou no Regenerador Ótico Passivo. O equipamento é capaz de transmitir o sinal a uma distância de 400 quilômetros, evitando assim a necessidade da existência da antena retransmissora.

"A Eletronorte pediu o registro da patente desse equipamento junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, contratou uma empresa para produzi-lo em escala comercial e agora assinamos o contrato que vai permitir a exploração desse know-how. É a primeira vez que se faz isso no Setor Elétrico", afirma Frade.

A gerente de Articulação com a Indústria Nacional da Eletronorte, Neuza Lobato, explica que a Lei 9279/96 permite que contratos dessa natureza sejam feitos por cinco anos, renováveis por mais cinco. "Há dois pontos diferentes: um é a exploração do know-how, outro é a exploração do pedido de patente. Essa última não pode ser cobrada, pois o que temos é o pedido e, conseqüentemente, uma expectativa de ganho", explicou. A Eletronorte deu entrada com o processo de pedido de patente no INPI há dois anos e ele pode levar até oito anos. "Nos primeiros 18 meses o processo fica em sigilo; depois de mais 18 meses começam outras análises técnicas. Se essa patente sai antes do tempo previsto no contrato, poderemos então transferir a exploração da patente", disse Neuza.

A Eletronorte vai receber royalties de 7 % sobre o lucro líquido dos equipamentos comercializados pela PadTec. Além disso, na aquisição de um deles, a empresa tem mais 10% de desconto. A estimativa é que o equipamento gere uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão ao ano, por estação. O investimento no projeto foi de R$ 670 mil. | Por: AE/Business Wire Latin America

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