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21/06/2011 - 10:06

ELAT divulga número de mortes no Brasil em 2010 e 2011

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu o estudo sobre o total de vítimas fatais atingidas por raios em nosso país no ano de 2010. Ao todo foram registradas 89 mortes no Brasil, sendo este um número inferior à média registrada entre os anos 2000 - 2009, que foi de 132 por ano. O estado de SP lidera o ranking com 12 mortes, seguido pelo PA com 8 e MG e TO com 7. Em alguns estados, houve o registro de apenas uma morte, como é o caso de RJ e PR. Já em 2011, dados preliminares apontam que até o momento foram registrados 28 casos de vítimas fatais em todo o país.Alguns dados sobre o ano de 2010 são surpreendentes.

O número de homens que morreram ainda continua muito superior ao número de mulheres, atingindo 82% do total. E quase metade das vítimas fatais eram pessoas na faixa etária entre 20 e 39 anos. O aumento de vítimas durante a primavera também foi notável. Em 2010, morreram mais pessoas na primavera (40%) do que no verão (36%). Na primavera a incidência de raios também aumenta, mas em geral a maioria dos casos fatais acontece no verão, época do ano em que mais caem raios no país. Na análise da década (2000-2009), 45% das pessoas morreram durante o verão enquanto 32% morreram na primavera.“Em parte este resultado reflete o fato de que as pessoas se preocupam menos com os perigos quando chega esta época do ano (primavera) e se tornam mais conscientes dos cuidados que devem ter com a proximidade do verão, quando então aumentam as tempestades e as notícias sobre mortes e danos causados por raios” comentou Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT.

As circunstâncias em que as pessoas morreram também foram analisadas ao longo da última década, incluindo uma análise por região. Quase 61% das pessoas foram atingidas na zona rural e 29% das pessoas que morreram no Brasil estavam no Sudeste, região em que a maioria (17%) morreu por estar praticando atividades ligadas à agropecuária. A segunda principal causa foi estar próximo a algum meio de transporte (e não dentro) durante uma tempestade, com 14% do total.

“ Em parte este resultado reflete o fato de que as pessoas se preocupam menos com os perigos quando chega esta época do ano (primavera) e se tornam mais conscientes dos cuidados que devem ter com a proximidade do verão, quando então aumentam as tempestades e as notícias sobre mortes e danos causados por raios ”

Osmar Pinto Junior, coordenador do ELATO estudo traz outro resultado bastante interessante, que evidencia que as circunstâncias em que ocorrem mortes por raios apresentam variações significativas em diferentes regiões do Brasil. É possível perceber que características de determinadas regiões ficam evidentes nos percentuais das circunstâncias de mortes por raios. Por exemplo, a atividade agropecuária atinge o maior percentual na região sul, que é a região mais tradicional do país nesta área. Já as regiões norte e nordeste apresentam os percentuais mais altos para a circunstância dentro de casa, o que provavelmente indica que muitas casas nesta região são de chão batido, o que as torna muito menos seguras.

Outros dois dados que chamam a atenção são: o percentual de vinte por cento de mortes devido à circunstância telefone (se refere a telefone com fio ou celular conectado no carregador) no centro-oeste, que é quase nulo em outras regiões, e o percentual de mortes no norte em campos de futebol, também alto quando comparado às outras regiões.

Todas as informações e dados, coletados desde o ano 2000 até 2011, tem como fonte o ELAT / INPE, o Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, a Defesa Civil, veículos de imprensa e também dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.|www.inpe.br

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