Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

22/06/2011 - 10:12

Inovação desde a sala de aula

O investimento em Inovação deve partir do Estado, com foco em educação acadêmica otimizada e políticas públicas de incentivo. A chamada Lei do Bem é um dos caminhos.

Fortaleza - O papel do Governo Federal no sentido de alavancar o setor da Inovação no Brasil foi ressaltado pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota, durante a XI Conferência Anpei, no Centro de Convenções de Fortaleza. O investimento na academia foi questionado pelo palestrante, que reivindicou melhor tratamento em relação aos cursos de ciências exatas, ampliando o ensino prático. “Precisamos de profissionais aptos à Inovação. Fazer isto é um desafio que o Brasil e o mundo ainda não começaram a enfrentar”, avaliou.

Segundo Mota, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, já investe atualmente 60% de seus recursos nas universidades e 40% nas empresas. Para ele, é importante que haja um direcionamento na prática destes recursos para se criar inovadores. “Precisamos otimizar isto. O calcanhar de Aquiles do desenvolvimento do Brasil está no setor empresarial. Se faz necessário maior avanço neste sentido”, disse.

O secretário comentou ainda que o Brasil é sim um grande sucesso em pesquisa, porém fundamentalmente quando há demandas da sociedade. Já em relação às patentes, afirmou que o Brasil “potencialmente não existe”, por exemplo em comparação à China.

Ronaldo Mota citou três principais motivações para o setor de Inovação não ter decolado de vez no País. A primeira, segundo ele, está na cultura das empresas, que por terem passado por longo período inflacionário, antes do Plano Real, não investiram em ideias inovadoras, por receio e desconhecimento. Também sinalizaou a falta de políticas governamentais em favor da Inovação e ainda o número escasso de pessoal especializado. “Ainda há muito para se percorrer nesta relação”, comentou.

Quanto a chamada Lei do Bem, que desde 2005 prevê incentivos fiscais a empresas que desenvolverem inovações tecnológicas, quer na concepção de produtos quer no processo de fabricação e/ou agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo, Mota classificou como “o marco regulatório mais importante do mundo, pelo nível de automatismo que dá às empresas”. Ele estimou que após a retomada da economia, pós-crise mundial, os investimentos em Inovação, com a Lei do Bem, devem chegar aos R$ 18 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira