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30/06/2011 - 11:43

Inmetro divulga dados sobre implantação do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas

O Inmetro divulgou no dia 29 de junho (quarta-feira), o balanço do período de implantação do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas. O padrão – compulsório por meio da Portaria 185, de julho de 2000 – está totalmente implementado, com mercado abastecido, baixo índice de irregularidades de produtos à venda e sem abuso de preços ao consumidor. Foi criado um cronograma escalonado de adaptação da cadeia produtiva diretamente impactada e o último prazo termina amanhã. A partir de 1º de julho de 2011, o comércio só poderá vender aparelhos eletroeletrônicos dentro do padrão. O diretor da Qualidade, Alfredo Lobo, destacou a consistência do processo e o benefício que a população terá no fator segurança.

“Inclusive em cidades mais remotas do país, o comércio só vende plugues e tomadas dentro do padrão, o que comprova que a indústria e a revenda se adequaram. É uma constatação dos últimos dois anos, por meio de ações de acompanhamento do mercado. Fiscalizações contínuas promovidas pelos agentes da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – Inmetro apontam que as irregularidades nos produtos não passaram de 3%, abaixo do percentual máximo tolerado internacionalmente (5%). Desde 2006, todas as novas construções de moradia só recebem o “Habite-se” se tiverem o padrão brasileiro. Hoje, o fabricante otimizou a produção e gasta menos com somente dois modelos de plugues e tomadas. Parte desse benefício foi repassada ao consumidor, já que os preços estão, em média, 6% abaixo dos praticados em 2008”, afirma.

O mercado brasileiro passa a ter apenas dois modelos de plugues e tomadas, de dois e três pinos redondos. Os plugues de três pinos são utilizados em aparelhos que necessitam de aterramento. O terceiro pino faz o papel do fio terra. A função do terceiro pino é evitar que o consumidor sofra um choque elétrico ao ligar aparelhos que estejam em curto-circuito. Neste caso, a corrente elétrica flui e é descarregada pelo sistema de aterramento, evitando o choque no usuário do aparelho.

Antes da padronização, o consumidor convivia com mais de 12 tipos de plugues e oito tipos de tomadas diferentes, tanto de produtos fabricados no País como de importados, o que tornava necessário o uso indiscriminado de frágeis adaptadores para ligação dos aparelhos, com diferentes plugues nos diversos modelos de tomadas existentes. Em alguns casos, os formatos e as potências distintas dos aparelhos tornavam o simples ato de ligá-los à tomada uma ameaça à segurança do usuário, que poderia ser vítima de choque elétrico ou de um incêndio provocado por curto-circuito.

A padronização foi promovida, acima de tudo, para dar mais segurança ao consumidor, para diminuir a possibilidade de choques elétricos, incêndios, mortes. Dados do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo indicavam que, em uma década, cerca de 6 mil incêndios foram provocados por curtos-circuitos devido a conexões incorretas entre plugues e tomadas, apenas na área de atuação da corporação. Nos últimos dez anos, o Data SUS registrou 13.776 internações com 379 óbitos e mais 15.418 mortes imediatas decorrentes de acidentes relativos à exposição a correntes elétricas em residências, escolas, asilos e locais de trabalho. Além disso, dentre os acidentados, o choque elétrico é a terceira causa de morte infantil em hospitais do SUS, ficando atrás apenas de maus tratos e acidentes em transportes.

O que mudou: . Acabam os plugues de pino chato; os aparelhos passam a ter plugues somente com pinos redondos. Dependendo das características do aparelho, ele poderá ter plugue de dois ou três pinos.

. O terceiro pino funciona como fio terra dos produtos que precisam de aterramento para evitar choques, desde que a instalação elétrica residencial disponha de aterramento.

.Os pinos terão diâmetros diferenciados de acordo com a corrente elétrica que o aparelho necessita para funcionar. Essa informação deverá constar na embalagem dos produtos. Terão um diâmetro para aparelho que operam com até 10 ampères e outro para os que operam entre 10 e 20 ampères. Isto impede que um aparelho de maior amperagem possa ser conectado em instalação de até 10, sobrecarregando-a.

.Em cerca de 20% dos casos o usuário poderá ter dificuldades de conexão entre os plugues e tomadas padronizados e os antigos. Nestes casos idealmente deve ser trocada a tomada, utilizando-se a padronizada. Entretanto, objetivando minimizar eventuais transtornos na fase de adaptação, admite-se o uso de adaptadores que, ao contrário dos anteriores não padronizados, foram regulamentados e certificados e atendem a requisitos mínimos de segurança.

. Vantagens do uso do padrão: . Maior segurança para o usuário contra choques elétricos por contatos acidentais .

. O novo formato de plugues permite um contato mais eficiente com a tomada, evitando aquecimentos que podem levar a acidentes como incêndios e curto-circuito.

.O contato mais eficiente com a tomada ajuda a evitar o desperdício, promovendo economia no consumo de energia elétrica.

.O usuário terá adequada segurança se a residência for aterrada, em aparelhos que usam plugues de 3 pinos.

Impossibilidade de conexão dos plugues usados em aparelhos que trabalham com mais de 10 ampères em tomadas de instalações dimensionadas para menos de 10 ampères, impedindo sobrecargas.

.Todas as novas edificações só recebem o habite-se mediante o cumprimento do padrão, de acordo com Lei Federal promulgada em 2007.

.Histórico- A preocupação com a segurança de plugues e tomadas de uso doméstico começou a ser discutida na década de 80, quando o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) considerou estes produtos prioritários para a concessão da Marca da Conformidade às normas brasileiras.

Em setembro de 1983, o Inmetro aprovou o Regulamento Específico para Plugues e Tomadas de uso doméstico e tornou obrigatória a certificação desses produtos de acordo com as normas técnicas de segurança publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A Norma dizia respeito apenas à segurança dos produtos e não fazia menção ainda à padronização.

A padronização começou a ser discutida na mesma ocasião em foros técnicos nacionais e internacionais, que concluíam que a segurança de plugues e tomadas apresentava relação direta com a criação de um padrão único.

A proposta ganhou corpo na década de 90 e a International Electrotechnical Commision (IEC) publicou a norma IEC 60906-01 propondo a criação de um padrão internacional. No Brasil, a abertura do mercado a produtos importados mostrou que a rede elétrica podia variar muito e ameaçar a segurança desses produtos. Além disso, com a globalização, percebeu-se que estavam sendo usados no país aproximadamente 12 modelos diferentes de plugues e oito de tomadas.

A ABNT, seguindo a tendência mundial e inspirada na norma da IEC, montou um comitê formado por fabricantes de plugues e tomadas e fabricantes de eletroeletrônicos e editou a norma ABNT NBR 14136 criando o padrão brasileiro em julho de 1998.

A norma brasileira foi submetida a uma análise crítica por parte do Inmetro, que a considerou adequada para ser usada como base para o regulamento técnico promulgado em 2000, tornado assim a padronização compulsória.

Mais de dez anos foram decorridos na fase de transição para a adequação ao padrão, cujo prazo se encerra em 30 de junho.

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