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01/07/2011 - 09:17

Abiquim: vendas cresceram 9,14% em maio e produção aumentou 3,85%


Mas índices permanecem negativos no acumulado no ano.

Os principais índices de volume do segmento de produtos químicos de uso industrial apresentaram resultados positivos em maio deste ano: produção +3,85% e vendas para o mercado interno +9,14%. Parte dessa recuperação, no entanto, é atribuída à fraca base de comparação. Em relação aos preços, houve deflação de 0,74% em maio. Na média do acumulado de janeiro a maio de 2011, o índice de produção apresentou declínio de 4,70% e o de vendas internas teve queda de 3,54%, ambos em relação à média de igual período do ano anterior. Nos primeiros meses deste ano, a fabricação e as vendas de produtos químicos foram afetadas pelo “apagão” de energia elétrica que atingiu a região Nordeste do País no início de fevereiro, trazendo consequências até abril, principalmente no grupo de produtos petroquímicos básicos.

De acordo com nota da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o índice de preços dos primeiros cinco meses exibe elevação de 13,48%, comparado com igual período do ano passado. Na análise dos últimos 12 meses, encerrados em maio, sobre igual período imediatamente anterior, o índice de produção registrou resultado negativo (-0,58%). Na mesma comparação, o índice de vendas internas cresceu apenas os dois índices registravam crescimentos anuais próximos a 7%, o que evidencia perda de dinamismo do segmento.

No que se refere ao consumo aparente nacional (CAN) dos produtos amostrados no RAC, continua havendo uma melhora constante. Em relação aos primeiros cinco meses de 2011, sobre igual período do ano anterior, o CAN cresceu 6,8%. Como a produção caiu nesse período, toda a elevação da demanda no mercado interno foi atendida por acréscimos na parcela de importação, cujo volume subiu expressivos 30,0% nos cinco primeiros meses do ano. Nos últimos 12 meses, o CAN teve crescimento ainda mais expressivo, de 7,9%, acima da média de elevação do PIB brasileiro.

“Os números mostram uma clara sinalização de perda de competitividade do produto nacional, frente ao importado. Essa situação, que já é antiga e muito associada aos fatores do chamado “custo Brasil”, tem se agravado no período recente também pela apreciação do real em relação ao dólar, o que estimula ainda mais a entrada de produtos no País e desestimula a realização de importantes investimentos no segmento. Vale lembrar que a indústria química é intensiva em capital e leva de dois a quatro anos para concluir um projeto”, diz a nota.

“Outro ponto muito importante para a química diz respeito às matérias-primas básicas. Nesse aspecto, o Brasil está perdendo competitividade para diversos países, especialmente os Estados Unidos, no que se refere ao gás natural. Enquanto aqui o preço do gás está na faixa de US$ 12-15/MMBTU, no mercado americano, com o advento do shale gas, o preço está na casa dos US$ 4-5/MMBTU, trazendo ganhos importantes à indústria química americana. Alguns países da Europa e de outras partes do mundo também começam a olhar a questão dos “gases não convencionais” com mais atenção. A variável pessoal ocupado cresceu 3,17% de janeiro a maio de 2011, sobre igual período do ano passado. Na mesma base, a massa salarial por empregado teve redução de 1,15% nos cinco primeiros meses do ano e a massa salarial ampliada subiu 4,34%, sobretudo pelo pagamento das participações nos lucros e resultados em diversas empresas, pagas em março deste ano”, finaliza a nota. |[www.abiquim.org.br].

[* Preliminar. 1 Fonte: Subamostra de empresas. Massa salarial por empregado = rubrica salários pagos (salário base + horas extras + adicional de periculosidade + adicional de turno), por empregado, deflacionada pelo IPCA-IBGE. Massa salarial ampliada por empregado = massa salarial + 13º salário + abono de férias + participação nos lucros + gratificação de função + adicional por tempo de serviço + aviso prévio + parcelas rescisórias + prêmio de assiduidade, deflacionada pelo IPCA-IBGE].

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