Escuto mas não entendo

A deficiência auditiva é uma das privações mais incapacitantes para o idoso, por produzir um impacto devastador no processo de comunicação.

A audição é fundamental na comunicação humana, pois possibilita detecção, localização, reconhecimento, discriminação e compreensão de sons ambientais, especialmente os sons da fala, funcionando também como um importante mecanismo de alerta e defesa.

As mudanças biopsicológicas decorrentes do processo de envelhecimento não se configuram num simples avanço cronológico, envolvem uma degeneração paulatina de órgãos e tecidos, comprometendo as várias funções biológicas, psicológicas e sensoriais. Dentre as funções sensoriais, a perda da audição é um fenômeno com alta prevalência na população idosa, que pode comprometer a comunicação oral e levar a consequências na interação familiar e social.

O comprometimento da comunicação é resultado das características específicas da perda auditiva. As consequências envolvem uma diminuição da sensibilidade auditiva com redução da inteligibilidade de fala, prejudicando a conversação especialmente na presença de ruído. Assim, respostas inadequadas são freqüentes, gerando uma imagem de senilidade, a qual pode não condizer com a realidade. A queixa principal desses indivíduos é que escutam, mas não entendem.

Camila Quintino, fonoaudióloga da Starkey Laboratórios, comenta que a perda da audição representa um grande impacto na vida do idoso, podendo acarretar uma série de complicações, como dificuldade na interação com a família, amigos e comunidade; afastamento, consciente ou inconsciente, de atividades anteriormente prazerosas; incapacidade auditiva em igrejas, teatros, cinemas, assim como diante do rádio e da televisão; reações inapropriadas durante a conversação ou redução na frequência de participação em atividades de recreação ou lazer; alterações psicológicas, como depressão, frustração, raiva e medo devido à incapacidade de se comunicar com os outros; além de problemas relacionados aos mecanismos de alerta e defesa, como por exemplo, incapacidade de ouvir ruído de pessoas e veículos se aproximando, o barulho de uma panela no fogo, o som de alarmes, entre outros.

As consequências da perda da audição podem ser minimizadas com o uso das próteses auditivas, as quais têm como finalidade a amplificação dos sons de forma mais adequada e satisfatória possível. Camila explica que o uso da prótese auditiva requer um processo de indicação, seleção e adaptação. Esse processo engloba várias etapas, desde a consulta a um médico otorrinolaringologista, realização de exames audiológicos, até testes com as próteses auditivas. A escolha da prótese exige considerações cuidadosas em relação ao modelo retroauricular, intra-auricular, intracanal ou microcanal.

A Starkey Laboratórios desenvolveu uma plataforma de circuito integrado de última geração, que dispõe de aparelhos intra-aurais (que são inseridos no canal do ouvido), além de mini retroauriculares (adaptados atrás da orelha). É a linha S Series que apresenta dois lançamentos inovadores: O RIC AP (mini retroauricular com receptor potente no canal), que substitui os aparelhos retroauriculares grandes, e o Microcanal Invisível, que tem só 2 cm e fica completamente invisível quando adaptado dentro do canal do ouvido.

De acordo com a fonoaudióloga, o desempenho do Microcanal Invisível é três vezes maior que o de aparelhos comuns. “O aparelho oferece um som de alta resolução que proporciona transições imperceptíveis entre um ambiente ruidoso e outro em silêncio e isso traz mais segurança para o paciente, porque o aparelho se adapta automaticamente ao ambiente”, revela.

Outra vantagem do Microcanal é o ajuste automático para proporcionar a audição ideal na utilização do telefone.

Como funciona- O Microcanal Digital deve ser encaixado na segunda curva do canal auditivo. O aparelho utiliza a acústica da orelha para proporcionar qualidade sonora natural. Com a tecnologia inovadora T² Remoto, o Microcanal possibilita o uso de um telefone fixo ou celular para efetuar ajustes de volume ou mudar a memória do S Series, sem a necessidade de equipamento adicional.

"Ele é uma excelente opção. Oferece mais qualidade de som e resolve a questão estética, pois muitos idosos relatam preferir não escutar direito a ter que usar os aparelhos externos", finaliza Quintino.

Perfil-Starkey Laboratories, Inc. é uma empresa global de tecnologia auditiva, com sede em Minnesota, USA. A empresa é reconhecida por desenvolver aparelhos auditivos digitais, com alta tecnologia e design inovador. Fundada em 1967, a Starkey realiza negócios em mais de 100 países - no Brasil há 9 anos, possui filiais em 4 estados. Promove eventos, simpósios interativos sobre otorrinolaringologia e audiologia, além de programas de estágio no exterior. [ www.starkey.com ou www.starkey.com.br].