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02/07/2011 - 09:39

Instituto Avon apresenta pesquisa inédita sobre violência doméstica

Seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Desse total, 63% tomaram alguma atitude, o que demonstra a mobilização de grande parte da sociedade para enfrentar o problema. 27% das mulheres entrevistadas declararam já ter sido vítimas de violência doméstica – enquanto apenas 15% dos homens admitiram ter praticado esse crime.

Esses são alguns dos achados da pesquisa Instituto Avon / Ipsos – Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, em que 1,8 mil pessoas de cinco regiões brasileiras foram entrevistadas. O lançamento do estudo contou com as presenças da ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, da presidente mundial da Avon, Andrea Jung, do presidente da Avon Brasil, Luis Felipe Miranda, e da socióloga Fátima Pacheco Jordão, conselheira do Instituto Patrícia Galvão.

"Mundialmente, 6,5 milhões de mulheres têm a oportunidade de se fortalecer por meio dos ganhos obtidos com a venda de produtos Avon, o que contribui para seu próprio desenvolvimento e de suas famílias, mas sabemos que uma mulher se fortalece de verdade quando sua saúde e segurança estão garantidas. É justamente por isto que sentimos fortemente, como a ‘companhia voltada para as mulheres’, que precisamos continuar trabalhando para quebrar o silêncio da violência doméstica", diz Andrea Jung. "Essa pesquisa divulgada pelo Instituto Avon contribui para a compreensão das atitudes e percepções sobre violência doméstica aqui no Brasil, como também abre oportunidades para educação e recursos que vão não somente assistir as vítimas no curto prazo, como também colaboram para por fim no ciclo da violência contra as mulheres no longo prazo."

A ministra Iriny Lopes declara que a pesquisa apresentada terá grande utilidade para o governo, pois oferece informações muito importantes para a tomada de decisões em relação às políticas para as mulheres. Ela conta que uma das prioridades de sua administração é ampliar o número de delegacias para mulheres e melhorar a qualidade do atendimento em todo o país. “Uma delegacia de mulheres não é um espaço físico frio, tijolo sobre tijolo; é um lugar onde a mulher que sofreu todo tipo de agressão pode se sentir acolhida, e para isso precisamos de mudança de postura e de cultura na sociedade, que só pode ser possível ampliando as parcerias”, afirma. Segundo a ministra, todos os estados integram hoje o Pacto Nacional de Enfrentamento da Violência, e a meta é ampliar parcerias com os governos municipais e estaduais.

Avon Believe World Tour - No Brasil, Andrea Jung anunciou a doação de US$ 60 mil a Associação Mulheres pela Paz, e outros US$ 60 mil ao Instituto Maria da Penha, criado por uma das maiores ativistas pelo fim da violência contra a mulher no Brasil, a cearense Maria da Penha Maia Fernandes – cujo nome batiza a atual lei nacional para o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher. “Como empresa voltada para a mulher, a Avon se sente responsável por ter um papel de liderança no movimento que está buscando o fortalecimento da mulher em todo o mundo”, reitera a presidente mundial da Avon. “Acreditamos que podemos realmente fazer a diferença”. A doação é parte do novo Fundo Global Avon Believe, criado em 2011, que está disponibilizando US$ 2 milhões para organizações que atuam pelo fim da violência doméstica contra a mulher em cada uma das 16 cidades que fazem parte da turnê, assim como em outros locais onde a empresa atua.

Método inédito – Como romper o silêncio é a principal batalha a ser vencida, uma das grandes conquistas desse estudo é a ampliação do espaço seguro para homens e mulheres se comunicarem, segundo avaliação da especialista em pesquisa de opinião Fátima Pacheco Jordão, conselheira do Instituto Patrícia Galvão: “Uma técnica sofisticada foi utilizada pela primeira vez nas pesquisas sobre violência contra mulheres no Brasil, com o objetivo de obter respostas mais fidedignas para um assunto tão complexo. No capítulo relativo à violência vivenciada por homens e mulheres, os entrevistados preencheram o questionário em sigilo (sem nenhuma indicação de dados pessoais), e o colocaram em um envelope. Dessa forma, evitou-se que o entrevistado se sentisse inibido ou influenciado a dar respostas padrão e aceitas pelo costume”.

59% conhecem uma mulher que sofreu violência doméstica- “Com esse estudo, a Avon e o Instituto Avon esperam contribuir para a reflexão e maior compreensão deste desafio e oferecer subsídios para fundamentar o trabalho dos envolvidos – organismos públicos e privados, associações de bairro, lideranças comunitárias, acadêmicos e leigos – em encontrar saídas para a erradicação da violência doméstica” afirma Luis Felipe Miranda, presidente da Avon Brasil. “Teremos cumprido nossa missão se conseguirmos ampliar a discussão do tema, pautando-a na construção de relações baseadas na cooperação, no respeito e na convivência pacífica.”

62% reconhecem violência psicológica- Sociedade mais madura – “A pesquisa demonstra, com números contundentes, que a percepção de homens e mulheres sobre a gravidade da violência contra a mulher avança na sociedade brasileira. Hoje, 62% da população já reconhecem a violência psicológica como uma forma de violência doméstica, por exemplo,” afirma Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, ícone na análise da violência doméstica e outro parceiro do Instituto Avon nesse estudo. Os resultados revelam que há ainda um longo trabalho a ser realizado em disseminação de informação, já que os números sobre a percepção da definição do que é violência diferem pouco do estudo anterior.

“E é exatamente por dados como este que o Instituto Avon se empenha em contribuir destinando os recursos arrecadados com a venda de produtos, como a Pulseira da Atitude, agora disponível nos folhetos da Avon, a seminários, desenvolvimento de cartilhas informativas e pesquisas como esta” afirma Luis Felipe Miranda.

94% Conhecem a lei maria da penha, mas apenas 13% sabem o seu conteúdo- Desafios a serem vencidos – Com mais clareza sobre a importância do acesso à informação sobre a abrangência da Lei Maria da Penha, como também sobre o que pode ser feito para dar suporte às vítimas, o Instituto Avon decidiu divulgar, no final deste estudo, a rede de serviços apresentados no site da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Outro parceiro na pesquisa, a Associação Palas Athena, contribuiu com a reflexão sobre a invisibilidade das atitudes violentas no cotidiano, como também preparou uma lista que relaciona diversos recursos à disposição dos interessados no assunto – de livros a organizações e profissionais especializados em tratar os conflitos familiares com ferramentas pacificadoras.

Outros dados importantes do estudo- Falta de condições econômicas e preocupação com a criação dos filhos: percebidas como as principais razões para manter as mulheres atadas a um relacionamento abusivo. Delegacias e conversa com amigos e familiares: as ajudas que as mulheres mais indicam para as vítimas. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.

.[Pesquisa completa do Instituto Avon no http://www.institutoavon.org.br/publicacoes].

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