Petrobras inaugura laboratório para avaliar e testar nível de acidez em petróleo

A Petrobras, por meio da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR), inaugurou uma nova unidade de pesquisas para testes em petróleos mais ácidos. Trata-se do Laboratório de Jato Impingimento, nome técnico dado à unidade de testes de corrosão em sistemas naftênicos. Nesse novo laboratório, será possível avaliar o comportamento mecânico de metais em meio corrosivo-erosivo para propor soluções para o processamento de petróleos mais ácidos ou com características peculiares, como o caso do pré-sal.

As avaliações serão feitas por meio de experimentação científica, simulando condições de processo reais e monitorando os efeitos de corrosão-erosão. Os petróleos que serão testados já de início são dos campos de Albacora Leste, Roncador P-54 e Siri, na Bacia de Campos. Com isso, a Petrobras pretende gerar maior segurança operacional no parque do refino, reduzindo custos de manutenção industrial.

Durante a inauguração da nova unidade, a gerente geral da SIX, Elza Kallas, destacou a importância do projeto. “Trata-se de um marco importante na história da nossa Unidade. As pesquisas a serem realizadas no novo laboratório possibilitarão a otimização e redução de custos nos processos de refino do petróleo, além da melhoria da confiabilidade das plantas”, disse.

Na SIX, além da extração e processamento do xisto para a produção de óleo combustível, gás e nafta, existe o centro avançado em pesquisa e desenvolvimento na área de refino, onde são desenvolvidos vários projetos em conjunto com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e universidades de todo o País. O parque tecnológico da unidade é o maior da América Latina e um dos maiores do mundo em plantas-piloto, composto por 15 plantas criadas para atender as necessidades dos variados processos de refino.

O Laboratório de Jato Impingimento ocupa uma área de 600m² e é composto por mais de 30 equipamentos instalados em ambiente semi-aberto. É a primeira planta piloto a ocupar o Parque Tecnológico 2 da SIX, um espaço planejado para a construção de novas unidades de pesquisa.

O desenvolvimento de tecnologias na área de processos de refino exige avaliações experimentais em várias escalas. As etapas avançam desde a prova de conceito em unidades de bancada, passando pela seleção das condições de processo e escala piloto, para alcançar a escala protótipo, que fornece a correlação adequada para suportar o projeto básico de uma instalação industrial.