Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

07/07/2011 - 09:02

Ministra Ana de Hollanda abre exposição Brasil Feminino, na Biblioteca Nacional

Os séculos de lutas e conquistas feministas foram comemorados em grande estilo pela Fundação Biblioteca Nacional, vinculada do Ministério da Cultura, na noite do dia 05 de julho (terça-feira), com a inauguração da exposição Brasil Feminino. A ministra Ana de Hollanda e o presidente da FBN, Galeno Amorim, receberam cerca de 200 convidados, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Reunindo mais de 150 peças do acervo da BN, Brasil Feminino conta a trajetória da mulher na sociedade brasileira: jornais, revistas, pinturas, músicas e livros narram a opressão sofrida no período colonial, o início das lutas no século XIX, as primeiras conquistas do XX e o prestígio das mulheres no Brasil contemporâneo. “A exposição selecionou entre os nove milhões de itens da Biblioteca Nacional um acervo fantástico para contar a história da mulher. No folclore, no artesanato, as mulheres cuidaram de formar as novas gerações. O que vemos aqui é um recorte simbólico do papel das mulheres. É muito importante que esse reconhecimento seja feito”, disse a ministra.

Para Galeno Amorim, o trabalho é uma forma de agradecimento: “A exposição não procura fazer sexismo. Ela é, na verdade, uma grande homenagem à contribuição, à luta, ao trabalho, à dedicação e à coragem das mulheres que fizeram do nosso país o que é hoje”, afirmou. Ele lembrou da participação feminina no Ministério da Cultura: “na Fundação Biblioteca Nacional, elas ajudam a contribuir para o aumento dos índices de leitura no Brasil, à frente das políticas públicas para o livro”.

Representadas na exposição, figuras de destaque na história política e cultural da mulher brasileira estiveram presentes: a feminista Rosiska Darcy de Oliveira, as atrizes Fernanda Montenegro, Norma Bengel e Ítalla Nandi, a artista plástica Ana Bella Geiger, a primeira Miss Brasil negra, Vera Lucia Couto, e Rachel Gutiérrez, primeira mulher a participar de uma eleição majoritária no país.

Entre as atrações, pinturas originais de Debret, J. Carlos, Carlos Julião e Lygia Pape; o decreto original da Leia Áurea, de 1888, assinado pela Princesa Isabel; uma edição de 1712, da obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga; gravuras da expedição Alexandre Rodrigues Ferreira e Rugendas são algumas das raridades exibidas ao público, em trabalho cuja curadoria é assinada pelo pesquisador Marcus Venicio Ribeiro, da Biblioteca Nacional, e Luciano Figueiredo, editor da Revista de História da BN.

Maria da Penha, na luta contra a violência doméstica; Mãe Menininha do Gantois, Pagu, Nise da Silveira, Ruth de Souza, Carlota Joaquina, Maria Leopoldina, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Marta Rocha, Maria Bethânia, Rita Lee, a jogadora de futebol Marta, Maria Esther Bueno, Zilda Arns, Tônia Carreiro, também aparecem, celebrando as artes, ciências, história e esportes.

“Espero que o público encontre o caminho da biblioteca e veja essa exposição. Que procure estar a par de todo esse tesouro que a Biblioteca tem”, disse Fernanda Montenegro. Debilitada por uma lesão na medula, Norma Bengell fez questão de se levantar da cadeira de rodas, amparada por ajudantes, para agradecer a homenagem: “Só posso agradecer de pé”, disse.

“Eu gostaria de homenagear também as mulheres que foram heroínas sem que saibamos. Nunca saberemos o quanto a mulher influenciou nas decisões dos homens com sua postura mais ponderada, mais conciliadora”, disse a ministra.

.[Exposição Brasil Feminino, até 26 de agosto, segunda a sexta, das 10 às 17h, e aos sábados, domingo e feriados, das 12 às 17h, no Espaço Cultura Elizeu Visconti, da Biblioteca Nacional (Rua México, s/nº - Centro – Rio de Janeiro).|www.bn.br].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira