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08/07/2011 - 09:11

Dia Mundial da Alergia: tratamento preventivo proporciona mais qualidade de vida aos pacientes com rinite alérgica

Com sintomas semelhantes aos do resfriado, a rinite alérgica é uma das cinco doenças crônicas mais comuns no mundo e pode evoluir para quadros mais graves, por falta de tratamento adequado.

Amanhã, dia 08 de julho, é o Dia Mundial da Alergia. A data é uma oportunidade para refletir sobre a rinite alérgica, doença que, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, atinge cerca de 30% da população brasileira. A Alergia é definida como uma reação exagerada do organismo frente a estímulos comuns do meio ambiente, como por exemplo, a alimentos, medicamentos, poeira, ácaros, pólen e fungos. O problema pode se manifestar de várias formas, caracterizando várias doenças, entre as quais a asma e a rinite alérgica. A rinite alérgica é definida como inflamação do revestimento interno da cavidade nasal (mucosa nasal) que é desencadeada pelo contato com os alérgenos (ácaros, pelos de animais, fungos, etc).

A doença se traduz pela liberação de mediadores da resposta alérgica, como a histamina, interleucinas e leucotrienos, pelas células inflamatórias. Essa inflamação determina os quatro principais sintomas da rinite alérgica: nariz entupido, coceira, espirros e coriza excessiva.

Muitas vezes esses sintomas são ignorados, se prolongam e o processo se complica. A frequente congestão nasal obriga a pessoa a respirar pela boca, podendo ocasionar irritação na garganta, voz anasalada, ronco e outros distúrbios respiratórios do sono. Não é incomum a associação de outras doenças como, por exemplo, as otites, sinusites, faringites, amigdalites e asma. A respiração oral crônica, por sua vez, particularmente nas faixas etárias mais precoces, frequentemente se associa a alterações de desenvolvimento facial e dentárias.

A grande parte dos pacientes com rinite alérgica apresenta limitações nas atividades diárias, produtividade reduzida no trabalho e em sala de aula, no caso de crianças. Estudos mostram que cerca de 25% dos pacientes com rinite alérgica faltam ao trabalho ou escola. Um levantamento realizado na América Latina em 2009, conhecido pela sigla AILA (Allergies in Latin America), mostrou que a maioria dos pacientes (79%) com rinite alérgica apresenta algum tipo de impacto sobre sua vida diária na presença dos sintomas.

Segundo a médica, chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Dra. Shirley Pignatari, o diagnóstico precoce e acompanhamento médico são fundamentais, uma vez que o paciente pode ser tratado preventivamente para evitar as crises decorrentes da rinite alérgica. “Para alguns indivíduos, fatores irritativos como o ar poluído da cidade, ou alérgenos respiratórios como a poeira doméstica são suficientes para o paciente começar a espirrar e sentir coceira no nariz. O tratamento adequado possibilita o controle da rinite alérgica e permite uma melhor qualidade de vida para o paciente”, afirma a especialista.

As crises decorrentes da doença causam sérios incômodos aos pacientes. No entanto, é possível amenizá-las e conviver bem com este tipo de doença, segundo a especialista. “Apresentar rinite alérgica não significa que o paciente deva sofrer por causa dos sintomas. Entender como manter o problema sob controle e impedir que as crises interfiram na sua rotina é o primeiro passo para o paciente se sentir bem”, ressalta a médica.

Embora a rinite alérgica seja uma das cinco doenças crônicas mais comuns no mundo, afetando entre 10% e 30% dos adultos e até 40% das crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tratamento da doença nem sempre é complicado. Os medicamentos mais frequentemente usados são os antihistamínicos e os corticoides nasais. Dentre os corticoides nasais encontra-se a ciclesonida, um corticoide intranasal de ação rápida que atua especificamente no foco da rinite alérgica, combatendo a inflamação e os sintomas associados.

A especialista ressalta ainda que a rinite alérgica tem caráter hereditário. “Se um casal de alérgicos tem um filho, a chance de a criança ser alérgica é de aproximadamente 50%. Porém, mesmo que nenhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode ter manifestações da doença”, finaliza.

A rinite alérgica também exige que o paciente tenha alguns cuidados. As principais recomendações são manter os ambientes de casa e do trabalho limpos; trocar os lençóis de cama uma vez por semana; lavar antes de usar as roupas guardadas por muito tempo; deixar as janelas abertas para ventilar o ambiente; evitar sair de espaços quentes e ir para outros muito frios; e tomar muita água. Além disso, o paciente deve evitar locais fechados, não fumar, evitar cheiros fortes, ficar longe de mofo e dos agentes que desencadeiam a crise.

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