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08/07/2011 - 09:53

Apesar de avanços, progresso dos ODMs na América Latina e Caribe ainda é lento

América Latina e Caribe alcançam algumas metas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Há avanços no combate à fome, na sobrevivência de crianças e na igualdade de gênero, mas progresso é lento no combate à pobreza, educação, saúde materna, HIV e desmatamento, diz Relatório da ONU.

Cidade do México – América Latina e Caribe cumpriram as metas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) relacionadas à redução da fome, e estão bem encaminhados na implementação dos ODMs de sobrevivência das crianças e da igualdade de gênero. O progresso não foi tão notável em outras áreas – incluindo a redução da pobreza, educação e outras metas relacionadas à saúde e à sustentabilidade ambiental, afirma um relatório da ONU.

O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011, lançado hoje pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em Genebra, aponta progressos desiguais na direção da implementação dos ODMs na América Latina e no Caribe.

O Relatório dos ODMs 2011 diz que a América Latina e o Caribe alcançaram a meta de reduzir pela metade a proporção de crianças subnutridas, com a proporção de crianças desnutridas com idade inferior a cinco anos diminuindo de 10%, em 1990, para 4%, em 2009.

A taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos na América Latina e no Caribe diminuiu significativamente, de 52% em 1990 para 23% em 2009. Se essa tendência continuar, afirma o Relatório, a região irá cumprir a meta dos ODMs de uma redução de dois terços até 2015.

A América Latina e o Caribe também fizeram grandes avanços na igualdade de gênero, de acordo com o documento. A região cumpriu a meta dos ODMs de paridade de gênero na educação. O número de meninas matriculadas na educação secundária e terciária comparada com os meninos é o maior de todas as regiões em desenvolvimento. As mulheres participam em trabalhos remunerados quase tanto quanto homens, e a proporção de mulheres empregadas em trabalhos não agrícolas foi de 43% em 2009, a segunda maior em todas as regiões em desenvolvimento.

Desafios no Caribe-Em contraste, a região da América Latina e do Caribe não está no caminho para alcançar a meta de reduzir pela metade a pobreza extrema até 2015, basicamente porque, de acordo com os últimos dados disponíveis, a proporção de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólar por dia no Caribe diminuiu de 29% para 26% entre 1990 e 2005.

A região também pode não cumprir o objetivo de oferecer educação primária universal até 2015. A matrícula na escola primária aumentou ligeiramente, de 93% em 1999 para 95% por cento em 2009.

Na saúde, o Caribe tem a segunda maior taxa de novas infecções de HIV entre todas as regiões em desenvolvimento. Mas, numa observação positiva, a proporção de pessoas vivendo com HIV e recebendo tratamento antirretroviral no Caribe saltou de 5% para 38% entre 2004 e 2009, e a proporção de mulheres recebendo drogas antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV de mães para crianças aumentou de 20% para 55%.

De acordo com o Relatório, a mortalidade materna no Caribe ainda estava alta, com 170 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos em 2008, e apenas 69% dos partos foram realizados por profissionais de saúde qualificados. E a América Latina teve a segunda maior taxa de gravidez na adolescência de todas as regiões em desenvolvimento – 82% dos nascimentos a cada mil mulheres entre 15 e 19 anos em 2008.

Acesso a água, mas não a banheiros; grandes perdas florestais- Enquanto a América Latina e o Caribe cumpriram a meta de reduzir pela metade a proporção da população sem acesso à água potável, a região está longe de alcançar a meta similar de saneamento, diz o Relatório, e a lacuna entre as áreas rural e urbana permanece assustadora. Um residente urbano teve quase duas vezes mais probabilidade de usar um banheiro ou uma privada do que um residente rural em 2008, revela o documento.

Sobre a sustentabilidade ambiental, a América do Sul continua mostrando a maior perda líquida de florestas entre todas as regiões, com pouco menos de 4 milhões de hectares por ano durante o período de 2000 a 2010, apesar do fato de que o desmatamento está diminuindo em nível global.

O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é uma avaliação dos progressos regionais na direção dos Objetivos, e reflete os dados mais abrangentes, atualizado e reunidos por mais de 25 agências internacionais da ONU. Ele é produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. [http://www.cinu.mx].

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