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12/07/2011 - 09:37

IBRI e FIPECAFI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores

Os resultados da 5ª Pesquisa sobre o perfil e a área de Relações com Investidores no Brasil divulgado pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pela Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) demonstram a evolução da profissão e da área de Relações com Investidores no Brasil. O levantamento, apresentado em coletiva de imprensa no 13° Encontro Nacional de Relações com Investidores, revela que o profissional de Relações com Investidores está mais jovem e investindo mais em cursos profissionalizantes e 92,6% das companhias possuem departamento de RI exclusivo. “Os Profissionais de RI começam a participar com mais frequência dos Conselhos de Administração da Empresa”, destaca a Professora Marina Mitiyo Yamamoto, Coordenadora do MBA Finanças, Comunicação e Relações com Investidores da Fipecafi e palestrante da coletiva.

O estudo traz dados da formação acadêmica dos profissionais de RI, bem como sua área de atuação, o nível de satisfação, demonstrando ainda os pormenores da carreira ao longo de 2010. Nesta edição foram 112 entrevistados, que representam 82 empresas.

O critério utilizado para a segregação das companhias em categorias foi dividido da seguinte maneira: companhias de grande porte, aquelas com faturamento superior a R$ 1 bilhão; as de médio porte são as de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão; e por fim, as de pequeno porte possuem faturamento até R$ 500 milhões. “As companhias de grande porte representam 71,25% dos respondentes, enquanto que as de médio porte 13,75% e as de pequeno, 15%”, diz Luiz Fernando Rolla, Presidente do Conselho de Administração do IBRI e palestrante da coletiva

As empresas foram analisadas sob o segmento de listagem de Governança Corporativa que suas ações pertencem na BM&FBovespa. Segundo os resultados, 46% estão no Novo Mercado; 24% no Nível 1; o Nível 2 recebeu 9%; 14% no mercado tradicional/Bovespa Mais e 7% afirmaram não ser listada na BM&FBovespa. Foi possível identificar que as companhias possuem capital aberto e estão listadas na Bolsa em média há 18 anos e meio.

Idade do Profissional de Relações com Investidores-A pesquisa em 2003 registrava que 8% dos respondentes tinham até 29 anos e em 2010 chegou a 29% da amostra Em 2003, os profissionais com mais de 45 anos representavam 41% da amostra e em 2010 a participação caiu para 23% no período de comparação. O estudo demonstra que continua a concentração de profissionais entre 30 anos e 45 anos. A participação do intervalo de idade entre 30 anos e 45 anos era de 51% em 2003 e passou para 48% em 2010.

Participação feminina -A predominância é ainda de profissionais do sexo masculino (61% em 2010). Em 2003, 32% dos profissionais de Relações com Investidores eram do sexo feminino e em 2010 chegaram a 39%.

Formação do Profissional de RI -Do total de entrevistados que possui curso superior a distribuição entre os cursos foi de Administração (37%); Economia (25%); Engenharia (13%); Contabilidade (10%); Comunicação (8%) e outros cursos 7% No ano de 2010, 67% dos respondentes afirmaram possuir pós-graduação e deste universo, 43% optaram pelo MBA. Dos que cursaram pós-graduação, 11% afirmaram ter curso de especialização no exterior. Somente 4,24% dos respondentes alegaram não necessitarem de conhecimentos ou formações adicionais para melhorar seu desempenho nas atividades de Relações com Investidores.

O domínio de idiomas é primordial para os profissionais de Relações com Investidores, especialmente os que participam de roadshows (apresentações) e/ou reuniões (one-on-one) no exterior. Do total de respondentes44,64% alegaram possuir fluência plena na língua inglesa. O percentual de respondentes que não possuem qualquer domínio do inglês é de 0,89%. Já a pergunta sobre a habilidade de se comunicar em espanhol, 41% atestaram ter algum domínio do idioma.

Experiência Profissional-A experiência do profissional é considerada um elemento a mais para o RI que busca solidificar sua carreira na área de Relações com Investidores, sendo que 46% dos entrevistados afirmaram estar há mais de cinco anos na área; 36% entre dois e cinco anos e 18% há menos de dois anos.

Com relação ao tempo de experiência em RI, verifica-se que os profissionais da área com mais de cinco anos de atividade representavam 25% em 2000, passando para 33% em 2008 e 46% em 2010.

O percentual de profissionais com mais de 10 anos na mesma empresa declinou de 54% em 2003 para 26% em 2010. Antes de atuar na área de Relações com Investidores, os profissionais tinham experiência nas seguintes áreas: 21% Controladoria/ Contabilidade/ Auditoria; 18% Analista de Investimento e outras funções do mercado de capitais; 16% Tesouraria/ outras áreas financeiras; 13% Planejamento e Novos Negócios; 11% Comunicação/ Marketing/ Comercial; 2% Produção/ Engenharia e 19% atuaram em áreas diversas.

Ao serem questionados sobre a acumulação de cargos, 79% declararam não acumular outro cargo com o de RI. Daqueles que responderem positivamente, 99,07% exercem uma função e o restante exercem duas funções, além da relacionada com Relações com Investidores. As funções mais citadas foram: Vice-Presidente ou Diretor Financeiro (2,68%); Atividades ligadas ao mercado de capitais (4,46%); Gerente Financeiro e Controller (1,79%) cada, além de outras funções com percentual de participação de 0,93% cada opção.

Remuneração do RI -Quando indagadosse o salário está comparativamente à média do mercado 49% disseram estar na média; 38% abaixo e somente 7% acreditam estar acima da média e 6% não responderam.

Com base nas outras edições da pesquisa a remuneração média do Gerente de RI passou do intervalo de R$ 8 mil a 12 mil em 2003 (52,9%), indo para mais de R$ 12 mil em 2006 (49,1%), em 2008 ficou entre R$ 10 mil e 16 mil (47,83%). Em 2010, houve uma dispersão nas remunerações, sendo que 25% dos respondentes afirmaram que a remuneração está acima de R$ 16 mil; 29% não divulgaram a informação; 18% relataram estar entre R$ 13 e 16 mil; 16% entre R$ 10 e 13 mil e 13% até R$ 10 mil.

Estrutura e Perfil da Área de RI- A pesquisa constatou que o Diretor Estatutário Exclusivo de RI é o principal porta-voz (24,8%), seguido pelo Presidente (16,2%).

Em relação à existência de uma área de RI exclusiva, 92,6% afirmaram que a empresa possui. A área está no organograma das empresas há até três anos, conforme informaram 30% dos respondentes. Já 40% disseram estar de três a seis anos; 9%, entre seis e dez anos e 21%, há mais de dez anos. Isso significa que em 70% das empresas a área de RI entrou no organograma da companhia nos últimos seis anos.

A subordinação do RI se dá em 21,6% dos casos ao Presidente; em 62,2%, ao Diretor Financeiro e/ou ao Vice-Presidente; em 13,5% à Diretoria Estatutária Exclusiva de RI e os 9,66% restantes subordinam-se a outras Diretorias Executivas.

Número de funcionários na área de RI-Com base no que foi informado no levantamento das pessoas que trabalham nas áreas de RI, 53% são analistas; 19% são Gerentes ou Chefes; 11% são Coordenadores ou Supervisores; 7% são Estagiários e 10% são Superintendentes ou Diretores não estatutários.

Planejamento e Orçamento da Área- Das empresas respondentes apenas 1,22% afirmaram que a empresa não realiza planejamento periódico de RI (Relações com Investidores). Nas que o fazem, este deve ser aprovado pelo Conselho de Administração (8,54%); Diretoria Executiva (25,61%); Diretor de RI (32%) e por todas as citadas anteriormente (7,32%). Verificou-se, também, que 57,33% da amostra têm orçamento de até R$ 1 milhão para gastos da área, excluindo os investimentos internos e 8,00% responderam não ter essa informação. Já 8,47% não responderam a essa questão. Para 60,81% o orçamento para os investimentos internos é de até R$ 1 milhão e 17,57% disseram não ter essa informação; 10,17% dos entrevistados não responderam a essa questão.

Com relação à satisfação dos entrevistados a esses montantes, 58,54% mostraram-se bastante satisfeitos com o orçamento para a área de RI.

Atividades Relacionadas à Área de RI-84% dos entrevistados afirmaram que o RI é consultado pela mídia especializada. No que diz respeito à frequência das reuniões com investidores, foi possível identificar que 72,41% das empresas de grande porte realizam mais de três reuniões semanais com investidores, enquanto que apenas 10,34% das empresas de pequeno porte realizam mais de três reuniões.

A respeito das Roadshows (apresentações fora do país) foi apurado que 21% são organizadas por iniciativa própria, ao passo que a parcela de 79% é a convite. Constatou-se também que 71,7% das empresas realizaram pelos menos duas ao ano, sendo que 42,14% foram nos Estados Unidos. Vale destacar que as empresas de grande porte são as que mais realizam Roadshows.

A pesquisa mostra também que 95% dos entrevistados alegaram possuir site de RI e 5% indicaram não possuir site específico para a área de Relações com Investidores.

Das respondentes, 79,3% alegaram possuir contrato com empresas de consultoria especializada para a área de RI, destacando-se que 49,23% terceirizam a confecção do Relatório Anual e 46%, os relatórios trimestrais.

A preocupação com a sustentabilidade já faz parte da agenda do profissional de RI, conforme as respostas da maioria dos entrevistados. 26,83% afirmaram não estar envolvidos na temática e também com responsabilidade corporativa. Aqueles que responderam afirmativamente disseram estar envolvidos da seguinte maneira: 45,83% participam de Comitê/ Comissão/ grupo que estabelece políticas sobre o tema; 31,94% centralizando informações para a produção de relatórios; 11,11% principal responsável pelo assunto na empresa; e 11,11% de outras formas. A temática é considerada de alta importância por 35,80% dos respondentes.

Satisfação com a Atividade de RI -86,61% dos respondentes disseram estar plenamente satisfeitos com a atividade de RI. A área de RI considera-se prestigiada pelas demais áreas da companhia em 91,1%; esse percentual já chegou a mais de 95,6% nos outros anos. Do outro lado, a recíproca também é verdadeira, as empresas conferem importância à área de RI, sendo de 73,87% o percentual de satisfação. Constatou-se também que 66,07% acreditam que os benefícios das atividades de RI são percebidos pelo Presidente e Diretor imediato, enquanto que apenas 5,36% consideram não serem percebidos.

Código de Conduta do Profissional de RI e filiação ao IBRI- Em 2010, apenas 18,63% desconhecem o Código de Conduta do Profissional de RI, produzido pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) em 2006, enquanto que em 2008, 82% afirmaram conhecer. No ano de lançamento do Código a porcentagem se manteve a mesma.

No que diz respeito à filiação a outras entidades do mercado,. 79,80% dos entrevistados disseram estar ligados ao IBRI. Na edição de 2008 o percentual de respostas foi de 31%. As outras entidades que receberam votos Na atual edição foram: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) com aproximadamente 70%; Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) com mais de 50%; IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) com mais de 40% e IBEF (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) com mais de 25%.

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