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14/08/2007 - 08:49

Solteiros movimentam mercado consumidor

Fatia single representa cerca de 4 milhões de consumidores e cresce mais de 6% ao ano.

Eles representam cerca de 4 milhões de consumidores espalhados em 9,2% das residências brasileiras, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, para encher os olhos de qualquer empresário, formam uma fatia de mercado que cresce, em média, 6% ao ano. Os solteiros, que já têm até data específica para comemorar seu dia – 15 de agosto – são, cada dia mais, alvo de grandes indústrias, empresas de trade marketing e agências de publicidade.

A mineira Vilma Alimentos é um exemplo de indústria que tem focado alguns produtos nesse nicho promissor de mercado. A empresa oferece novidades como embalagens inteligentes na linha de massas, com dosadores de porções individuais, e com produtos práticos e econômicos, como misturas prontas para bolos, pães de queijo e sopas.

Para o diretor de Planejamento e Negócios da Gerencial Brasil, Sidney Porto, essa especialização do mercado se deve principalmente ao crescimento dessa fatia de mercado e à absoluta necessidade de praticidade para todos os que resolvem morar sozinhos. “Há alguns anos os consumidores não eram tantos e nem tão exigentes como são hoje. E as empresas, como sempre, vão a reboque dessa necessidade, atendendo a demanda e criando novas estratégias para atender este novo cliente”, explica Porto, que possui mais de 15 anos de experiência no ramo de trade marketing. A Gerencial é uma das três maiores empresas do setor do país, com mais de 3.500 funcionários, e unidades de negócios em 15 estados.

Segundo ele, a idéia para conquistar os singles é oferecer praticidade sem abrir mão da qualidade, do sabor e da sofisticação, visto que esse nicho de público possui, via de regra, poder aquisitivo mais alto que a maior parte dos demais segmentos de mercado. A indústria, para ele, investe nesse público com lançamentos, embalagens porcionadas e ações específicas, mas ainda não desenvolveu-se nas lojas o posicionamento correto dos produtos, nem o espaço que devem ocupar no ponto-de-venda. “Como estas pessoas normalmente têm pouco tempo para as compras, no futuro as lojas irão agrupar os produtos em determinadas áreas, facilitando o acesso e diminuindo o tempo de procura. Agrupar pratos prontos de carne bovina com pacotes de arroz em pequenos sacos, sopas e risotos, vegetais em conserva e embalados a vácuo com dicas para esses ingredientes renderem uma refeição completa. Assim, teremos uma venda certamente maior para esse público”, exemplifica.

Outro ramo que tem colhido bons frutos neste mercado é o de publicidade e propaganda. De acordo com Khacyos Rezende, da Recíproca Comunicação, os clientes da agência são extremamente preocupados com o público solteiro. “Um de nossos clientes, uma empresa de decoração de interiores, desenvolve grande parte dos projetos arquitetônicos para o nicho de solteiros. São solteiros que compraram apartamentos e até mesmo casas em condomínios horizontais de luxo e desejam projetos que demonstrem suas personalidades. Os altos investimentos nessas reformas ou na montagem das suas residências mostram que pretendem passar mais um bom tempo sem se casar. Daí que nossa linha de comunicação também se adapta e se direciona para atrair o público comprador da empresa”, comenta.

Ele lembra que outros grandes exemplos são as campanhas do mercado hoteleiro, de companhias de viagens e de agências de turismo. Nesses setores os solteiros aparecem cada vez mais como destaque. “Cada produto tem o seu target. Contudo, como o número de solteiros é crescente, fechar os olhos na hora de montar um plano de comunicação pode ser mesmo um tiro no escuro. Nós, publicitários, precisamos orientar os clientes para onde caminha o mercado. Hoje, ser solteiro não é mais um estado civil é um estilo de vida”, conclui.

Cenário - Pesquisa da consultoria Toledo & Associados, em parceria com o Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marketing da ESPM, em dez estados brasileiros, revela que a idade média do público single é de 41 anos, com nível de escolaridade entre médio e superior. 80% deles integram as classes C e D e 70% são solteiros. São fiéis às marcas, dificilmente testam novidades e se mostram dispostos a pagar mais por uma marca conhecida e dificilmente a substituem quando não a encontram nas prateleiras.

O levantamento ainda comprovou que eles geralmente consomem pratos prontos e semi-prontos com mais freqüência que a maioria dos consumidores, sendo que 42% consomem de duas a três vezes por semana e 33% uma vez por mês.

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