Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

14/07/2011 - 10:08

CBA implanta protocolo médico padrão nos circuitos nacionais

Documento prevê obrigatoriedade de equipes de plantão em todas as provas.

A Comissão Médica da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), presidida pelo médico Dino Altmann, que faz parte da Comissão Médica da FIA desde 1990, encaminha no dia 15 de julho (sexta-feira), à diretoria da CBA e aos 21 presidentes das federações que compõem a entidade, o documento final do protocolo padrão de atendimento médico para os circuitos automobilísticos nacionais.

O objetivo do trabalho, idealizado por Altmann - elaborado em cerca de quatro meses - é criar alto padrão de eficiência no setor, garantindo maior tranqüilidade aos pilotos e equipes que participam de mais de 200 provas anuais de 26 categorias do esporte em território nacional a cada ano.

Uma das principais determinações do protocolo é a obrigatoriedade da manutenção de equipes médicas de plantão permanente e treinadas para cada categoria, em todos os autódromos onde ocorrem provas organizadas pela Confederação, com respectivos equipamentos necessários aos atendimentos emergenciais.

Até setembro, a Comissão Médica da CBA, composta pelos médicos Marcelo Ribeiro, Dorival de Carlucci, Fernando Novo, Pedro Rozolen Júnior e Cláudio Birolini, vai iniciar as instruções e o treinamento dos diretores médicos de cada circuito, através de seminários regionais, de acordo com o calendário dos principais eventos automobilísticos nacionais.

A implantação do protocolo padrão de atendimento médico faz parte da estratégia da diretoria da CBA - entidade máxima do automobilismo nacional, que completa 50 anos em agosto - de garantir o desenvolvimento do esporte sem abrir mão da qualidade das competições, da segurança de pilotos e equipes e do bem estar da audiência - fatores que justificam o retorno dos altos investimentos dos patrocinadores. “Em apenas dois anos, desde que assumi a presidência, o número de pilotos inscritos dobrou de tamanho, passando de seis mil para doze mil, criamos e apoiamos novas categorias e organizamos mais de um evento de caráter nacional a cada dois dias, além das dezenas de provas estaduais e regionais. Essa pujança é a prova inconteste da importância do trabalho da nossa Comissão Médica”, explica o presidente da CBA, Cleyton Pinteiro.

Segundo Altmann, a elaboração do protocolo considerou as demandas e necessidades específicas dos autódromos brasileiros, assim como a realidade financeira do esporte no País. “Nossa proposta é criar um protocolo de funcionamento adequado à nossa realidade, o que significa ter equipes permanentes em cada circuito e realizar investimentos necessários para oferecer equipamentos de qualidade e treinamento adequado para prestar um serviço de excelência médica, à altura da importância das competições”.

O processo para a implementação total deste projeto é estimado em 22 meses e envolve a definição dos conteúdos, o tempo de duração e a forma de ministrar os cursos a líderes estaduais e outros multiplicadores da metodologia de trabalho que as equipes deverão praticar, além dos treinamentos específicos. Neste período, serão abordados os aspectos logísticos, técnicos e financeiros que serão adotados para criar e manter os times de socorro que funcionarão nos autódromos nacionais.

Documento elaborado pela Comissão Médica da CBA: Confederação Brasileira de Automobilismo – CBA Organização Médica no Automobilismo Nacional: 1. Geral.

Os serviços médicos devem obedecer às regras incluídas neste artigo. Estas regras se aplicam a competições nacionais.

1.1. Organização e administração em circuitos| 1.1.1. Ddretor médico de um circuito.

Para cada circuito será designado um Diretor médico, em comum acordo com a Federação de Automobilismo do Estado sede e deverá seguir as normas regulamentadas pela Comissão Médica da Confederação Brasileira de Automobilismo.

Um vice-diretor médico pode ser designado para auxiliá-lo e ser responsável por determinadas tarefas, ou substituí-lo, em caso de força maior.

Os organizadores de um evento, ao alugar um circuito, são obrigados a providenciar ao Diretor médico os meios necessários, materiais e administrativos, para a execução de seus serviços.

Os Diretores médicos de cada circuito receberão da Comissão Médica a instrução e treinamento necessários para organização do atendimento médico em um evento automobilístico, através de seminários regionais que acompanharão os principais eventos automobilísticos nacionais.

1.1.2. Responsabilidades do diretor médico: a)Estabelecer um plano operacional para o circuito, especificando a qualidade, quantidade e posicionamento dos recursos disponíveis, as instruções a serem seguidas em caso de acidente e os procedimentos a serem adotados para remoção de um acidentado. | b)Recrutar e treinar os serviços de resgate e evacuação de uma vítima. Consequentemente, os médicos e paramédicos devem ser por ele treinados e seguir suas orientações.| d)Providenciar e supervisionar a qualidade dos carros de intervenção médica e ambulâncias.| e)Avaliar e verificar se os equipamentos de desencarceração existentes estão de acordo com suas necessidades.| f)Manter contato prévio com hospital de retaguarda, capacitado para atender trauma, que será responsável por receber eventuais acidentados. \ g)Estabelecer contato prévio com as autoridades responsáveis pelo plano de emergências do município onde o circuito está sediado, para que na eventualidade de um acidente de proporções que ultrapassem a capacidade do serviço médico local, possam ser acionados.| h)Durante um evento, deve seguir as ordens do Diretor de prova e estar à sua disposição para qualquer eventualidade. | i)É desejável, porém não mandatório, que fique na Direção de prova, junto com o Diretor de prova, com quem vai colaborar em caso de um acidente.

1.2.1. Delegado médico de um evento: É facultativo e pode ser contratado pelo promotor do evento para acompanhar a categoria em questão.

O promotor deve submeter o seu nome a prévia aprovação pela Comissão Médica da CBA.

É imperativo que tenha conhecimento e experiência no atendimento médico em automobilismo.

Deve trabalhar em cooperação com o Diretor médico do circuito e atuar em diferentes atribuições previamente estipuladas.

1.2.2.Atribuições do Delegado médico: a)Verificar que o serviço contratado está de acordo com as exigências da Comissão Médica da CBA.| b)Conhecer o plano operacional proposto pelo Diretor médico do circuito| c)Supervisionar e avaliar os exercícios de segurança (extração, atitude da equipe médica, comunicação, etc...)| d)Treinar, quando necessário, a equipe para procedimentos específicos da categoria sob sua responsabilidade.| e)Sempre que julgar necessário, poder ir ao local do acidente e lá permanecer durante parte ou por todo tempo do resgate.| f)Quando solicitado, deverá enviar um relatório do evento para a Comissão médica da CBA.

1.3.1.Equipes independentes de resgate médico: Dependente de acordos comerciais do promotor, é possível que uma empresa da área médica seja a responsável pelo atendimento médico de urgência em provas de automobilismo, desde que esta tenha experiência para tal, tenha um Diretor médico responsável, seja previamente aprovada pela Comissão Médica da CBA e siga as mesmas recomendações exigidas para a equipe médica de um circuito.

Neste caso, as atribuições do Diretor médico da empresa, para o evento, são as mesmas atribuídas aos diretores de circuitos e dispostas no item 1.1.2.

1.4.1.Descrição dos componentes e membros da equipe médica.

1.4.1.2.Meios de comunicação: Todos os elementos que fazem parte do serviço médico (Diretor médico, Delegado médico, veículos de intervenção, ambulâncias, centro médico, etc...) tem que poder se comunicar entre si, através de uma rede que de preferência deve ser para o uso exclusivo da equipe médica.

1.4.1.3.Carros de intervenção médica: Devem ser equipados para atendimento de emergências respiratórias, cardiovasculares e equipamentos de imobilização.

O carro de intervenção médica deve ser capaz de seguir a primeira volta de uma prova.

Os membros de um carro de intervenção médica devem ser: um piloto com experiência, um médico com experiência em emergências pré-hospitalares e um médico assistente que de preferência deve também ter experiência em emergências pré-hospitalares.

Os médicos devem estar familiarizados e treinados para o correto uso do equipamento que vai a bordo.

1.4.1.3.1.Equipamentos para os carros de intervenção: I) Equipamento para vias aéreas| a)máscaras com reservatório para não-reinalação | b)máscara facial para ventilação |c)cânulas de Guedel tamanho 3 (x2) e 4 (x2) | d)cânula naso-faríngea tamnaho 7 (x2) e 8 (x2) | e)laringoscópio adulto. | f)cânulas oro-traqueais tamanho 7,5 (x2) e 8 (x2) com conectores apropriados e seringa para insuflar o “cuff”. | g)equipamento para suporte respiratório em casos de vias aéreas difíceis(Combitube®, Fastrach®, etc...) | h)equipamento para verificação da correta intubação oro-traqueal: detetor esofágico, capnógrafo ou detetor de CO2.| i)oxímetro digital.

II)Ventilação:a)ventilador manual com reservatório de oxigênio| b)aparelho de sucção portátil (300mmHg – vácuo)| c) catéteres de aspiração e um tubo rígido de sucção – Yankauer| d)torpedo de oxigênio com válvulas redutoras e conecções| e)equipamento para descompressão torácica

III)Suporte circulatório: a)torniquetes | b)material para preparar acesso venoso | c)equipamento para infusões endo-venosas (x4)| d)cânulas endovenosas no. 14 (x3) e 16 (x3)| e)suficiente volume de soluções salinas | f)desfibrilador cardíaco (desfibrilador externo automático é suficiente).

IV)Coluna cervical: a)colares cervicais rígidos (x2) | b)imobilizador de coluna (KED).

V)Curativos:a)seleção de material para curativos, incluindo bandagens | b)curativos para queimaduras (Water Gel e cobertores isotérmicos).

VI)Medicamentos: a)drogas para intubação (sequencia rápida) | b)drogas para problemas cardiovasculares | c)drogas para problemas respiratórios | d)glucocorticoides | e)analgésicos | f)sedativos e anti-epiléticos.

VII)Itens diversos: a)tesoura forte: b)luvas de cuidados gerais e estareis.

1.4.1.4.Ambulâncias- O número de ambulâncias necessárias depende do comprimento da pista, das pistas auxiliares de serviço e do número de competidores, sendo que no mínimo duas ambulâncias devem estar disponíveis. As ambulâncias de pista devem estar equipadas no padrão de terapia intensiva.

1.4.1.4.1. Equipamentos para ambulâncias: I) Equipamento para vias aéreas | a)máscaras com reservatório para não-reinalação | b)máscara facial para ventilação | c)cânulas de Guedel tamanho 3 (x2) e 4 (x2) | d)cânula naso-faríngea tamnaho 7 (x2) e 8 (x2) | e)laringoscópio adulto | f)cânulas oro-traqueais tamanho 7,5 (x2) e 8 (x2) com conectores apropriados e seringa para insuflar o “cuff”| g)equipamento para suporte respiratório em casos de vias aéreas difíceis (Combitube®, Fastrach®, etc...) | h)equipamento para verificação da correta intubação oro-traqueal: detetor esofágico, capnógrafo ou detetor de CO2 | i)oxímetro digital | II)Ventilação | a)ventilador manual com reservatório de oxigênio | b)respirador mecânico | c)aparelho de sucção portátil (300mmHg – vácuo) | d)catéteres de aspiração e um tubo rígido de sucção – Yankauer | f)torpedo de oxigênio com válvulas redutoras e conecções | g)equipamento para descompressão torácica.

III)Suporte circulatório: a)torniquetes | b)material para preparar acesso venoso | c)equipamento para infusões endo-venosas (x4) | d)cânulas endovenosas no. 14 (x3) e 16 (x3) | e)suficiente volume de soluções salinas | f)desfibrilador cardíaco com monitor | g)bomba de infusão de medicamentos.

IV)Coluna cervical: a)colares cervicais rígidos (x2) | b)imobilizador de coluna (KED) | c)prancha rígida longa.

V)Curativos: a)seleção de material para curativos, incluindo bandagens | b)curativos para queimaduras (Water Gel e cobertores isotérmicos).

VI)Medicamentos: a)drogas para intubação (sequência rápida)| b)drogas para problemas cardiovasculares | c)drogas para problemas respiratórios | d)glucocorticóides | e)analgésicos | f)sedativos e anti-epiléticos.

VII)Itens diversos: a)tesoura forte| b)diversas talas para imobilizações.

1.4.1.5.Centro médico: É necessário para tratar de pacientes com ferimentos leves e também para estabilização necessária para o transporte seguro de pacientes com ferimentos graves.| Devem estar equipados com dois leitos de emergências.

1.4.1.5.1. Equipamentos necessários no centro médico: I) Equipamento para vias aéreas | a)máscaras com reservatório para não-reinalação | b)máscara facial para ventilação | c)cânulas de Guedel tamanho 3 (x2) e 4 (x2) | d)cânula naso-faríngea tamnaho 7 (x2) e 8 (x2) | e)laringoscópio adulto. | f)cânulas oro-traqueais tamanho 7,5 (x2) e 8 (x2) com conectores apropriados e seringa para insuflar o “cuff” | g)equipamento para suporte respiratório em casos de vias aéreas difíceis(Combitube®, Fastrach®, etc...) | h)equipamento para verificação da correta intubação oro-traqueal: detetor esofágico, capnógrafo ou detetor de CO2 | i)oxímetro digital.

II)Ventilação: a)ventilador manual com reservatório de oxigênio | b)respirador mecânico | c)aparelho de sucção portátil (300mmHg – vácuo) | d)catéteres de aspiração e um tubo rígido de sucção – Yankauer | f)torpedo de oxigênio com válvulas redutoras e conecções | g)equipamento para drenagem de tórax.

III)Suporte circulatório: a)torniquetes | b)material para preparar acesso venoso | c)equipamento para infusões endo-venosas (x4) | d)cânulas endovenosas no. 14 (x3) e 16 (x3) | e)suficiente volume de soluções salinas | f)desfibrilador cardíaco com monitor | g)bomba de infusão de medicamentos.

IV)Coluna cervical: a)colares cervicais rígidos (x2) | b)imobilizador de coluna (KED) | c)prancha rígida longa.

V)Curativos: a)seleção de material para curativos, incluindo bandagens | b)curativos para queimaduras (Water Gel e cobertores isotérmicos).

VI)Medicamentos: a)drogas para intubação (sequência rápida) | b)drogas para problemas cardiovasculares | c)drogas para problemas respiratórios | d)glucocorticoides | e)analgésicos | f)sedativos e anti-epiléticos.

VII)Itens diversos: a)tesoura forte | b)diversas talas para imobilizações | c)material necessário para sutura de ferimentos.

1.5.1.Treinamento da equipe médica e de paramédicos-O treinamento de médicos e paramédicos deve ser feito em cascata a partir da comissão médica da CBA. Regionalmente, durante eventos nacionais do automobilismo, serão realizados treinamentos para os diretores médicos e outros membros das equipes por ele selecionados e que serão posteriormente responsáveis pelo ensino teórico e prático dos demais membros de sua equipe.

1.61.Exercícios de extração-Serão organizados exercícios de extração com diferentes tipos de veículos de competição, sempre durante eventos nacionais do automobilismo, com a participação de diretores médicos e outros membros por eles designados, Terão o objetivo de treinar os procedimentos de extração em diferentes situações e com diferentes tipos de imobilização. Os membros das equipes que participarem destes exercícios, serão responsáveis pela instrução dos demais membros médicos e paramédicos de suas respectivas equipes.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira