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14/07/2011 - 11:17

IAC realiza evento sobre citros de mesa e homenageia 72 famílias pioneiras na produção

Frutos com valor agregado, mais qualidade na polpa, no sabor e na aparência. Essas são as características das frutas de mesa que são consumidas in natura. Com o objetivo de levar aos produtores e demais elos da cadeia produtiva de citros de mesa informações sobre as novas tecnologias disponíveis para a produção e comercialização, o Instituto Agronômico (IAC), realiza em 15 de junho o evento “Citros de Mesa: da produção à comercialização”, das 8h às 17h, no Centro de Citricultura do IAC, em Cordeirópolis. Além da discussão sobre a cadeia produtiva, o Centro homenageará 72 famílias pioneiras e tradicionais na produção de citros de mesa do Estado de São Paulo.

Diferentemente dos frutos destinados à indústria, os citros de mesa passam por tratamento diferenciado tanto no processo produtivo, como no tratamento fitossanitário, adubação foliar, solo e irrigação, e também na pós-colheita. Segundo a pesquisadora do IAC e coordenadora do evento, Lenice Magali do Nascimento, “passam por esse tratamento especial a fim de garantir a qualidade dos frutos. O processo de produção fica um pouco mais caro, mas os valores agregados nas frutas geram rentabilidade diferenciada aos produtores”.

De acordo com a pesquisadora do Instituto de Economia Agrícola (IEA), Priscilla Rocha Silva Fagundes, “a produção de citros de mesa tem como grande consumidor o mercado nacional, mas a exportação, principalmente de limão, é crescente e com grande perspectiva de negócios”. São Paulo é o Estado que mais produz citros no Brasil. Nos citros de mesa é também o Estado que lidera com a produção de 48,5 milhões de caixas de laranja, 22,1 milhões de limão, 7,5 de ponkan, 4,2 de murcott e 1,2 de mexerica.

Segundo dados do IEA, somente a exportação de laranja de mesa somam US$ 16,277 milhões de dólares no Brasil, dos quais US$ 16,246 milhões são de frutos paulistas.

Homenagem a famílias pioneiras- Com o objetivo de homenagear as famílias pioneiras na produção de citros de mesa, o Centro de Citricultura IAC entregará placas a 72 famílias para demonstrar a importância delas no mercado de frutas frescas. “Esta foi uma forma encontrada pelo Centro de agradecer pelos trabalhos realizados por essas famílias já que são elas as responsáveis pela disposição de frutos para consumo in natura, com melhor qualidade em relação aos produzidos para a indústria. São produtores com grande peso para a citricultura do Estado”, diz a pesquisadora do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Este é o caso das famílias Killer, Fávero e Fukugalti. A família do senhor Geraldo César Killer cultiva citros desde 1989, no município de Ubirajara, região Centro-Oeste de São Paulo. Estando na segunda geração da fazenda, os Killer produzem cerca de cinco mil toneladas de tangerinas e esperam que nos próximos dois anos a produção chegue a 15 mil.

De acordo com Geraldo César Killer, a família utiliza as orientações do Centro de Citricultura do IAC. “Usamos a infra-estrutura oferecida pelo Centro que é de excelência em todos os seus departamentos. Eles nos ajudam muito nas nossas tomadas de decisão e na melhoria contínua de nossa produção e de nossa qualidade em pós-colheita, fazendo com que consigamos resultados satisfatórios principalmente em relação aos nossos clientes”, afirma.

Seu Emilio Fávero também busca orientações no Centro de Citricultura do IAC. “Nestes últimos 15 anos a citricultura foi marcada por muitos desafios, seja econômicos seja de produção. Se ainda estamos investindo no setor é porque acreditamos que mesmo com todos estes problemas existem inúmeros pesquisadores e profissionais que se dedicam a encontrar soluções para todos. Da mesma forma como foram encontradas soluções para inúmeros problemas, os atuais também serão resolvidos”, diz o produtor que tem propriedades em Engenheiro Coelho, Mogi Mirim e Botucatu.

O pai de Emilio, o senhor Aleixo Fávero, iniciou o cultivo de laranjas e tangerinas em 1976, após terminar a sociedade com os irmãos e primos. Em 1995 o senhor Emilio se juntou a Aleixo e formaram a Alfa Citrus, quando iniciaram a “comercialização própria na Ceagesp. Em 1999, iniciamos na Ceasa Campinas e hoje, além dos dois pontos próprios, vendemos no Packinghouse”. A família já conta com a participação da terceira geração e estima produzir neste ano 850 mil caixas peso de laranja e tangerina.

A boa relação com o Centro de Citricultura também é comentada por Antonio César Garcia, gerente administrativo da Santa Eliza Produção e Comércio de Citros, que comercializa o total de 1.950.000 caixas de tangerina e laranja. Garcia conta que a empresa utiliza as tecnologias de tratamento fitossanitário e em pós-colheita desenvolvidas pelo IAC, como análises no Centro de CVC, phytophthora, nematóide e greening, e participa dos eventos e cursos. “Fazemos tudo isso para nos reciclar e obter novas informações técnicas muito valiosas na condução de nossos pomares, bem como adquirimos materiais vegetais certificados, como sementes de porta-enxerto e borbulhas. Através da divulgação das pesquisas e estudos gerados pelo Centro de Citricultura, tomamos as medidas necessárias para melhor controle das novas doenças”, afirma.

Os primeiros plantios na Fazenda Santa Eliza iniciaram-se em 1970, na região de Paulínia, Mogi Guaçu e Aguaí, com a produção de tomate, vagem, pepino e berinjela. Hoje a fazenda conta com duas unidades, uma na região de Mogi Guaçu e outra em Pirapora, Minas Gerais. Desde os anos 90 se dedica somente ao cultivo e comercialização de citros. O idealizador da fazenda foi o senhor Fakugi Fakugauti e hoje as unidades de produção da Santa Eliza começam a ser assumidas por seus netos.

Para as três famílias, a homenagem feita pelo Instituto Agronômico é uma “satisfação muito grande”. “Recebemos essa homenagem com muito orgulho e satisfação. Satisfação por saber que colaboramos e fazemos parte da citricultura brasileira e orgulhosos por sermos lembrados por essa honrada instituição”, comemora Garcia.

Fávero diz esperar que a homenagem sirva de motivação, profissionalismo e dedicação para outras famílias. “Essa homenagem representa a dedicação, não só da nossa família, mas de todas que já estiveram ou estão ainda na citricultura. Da mesma forma como nós nos espelhávamos em outras famílias, elas podem também se espelhar em nós”, afirma.

.[Citros de mesa: da produção à comercialização, dia 15 de junho (sexta-feira), das 8h às 17h, no Centro de Citricultura Sylvio Moreira – Instituto Agronômico (IAC),Rod. Anhanguera, km 158, Cordeirópolis (SP) | www.iac.sp.gov.br].

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