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16/07/2011 - 07:55

Segurança em saúde garante qualidade e longevidade à vida humana


(esq./dir.) Julius Pham; Franz Porzolt; David W. Bates; Alexandre Pagnocelli; Suzana Alves da Silva; Susan Brien; Evandro Tinoco Mesquita; Otto Philipp Braun; Mario Borges Rosa; Cyrus Engineer

Durante Safety Symposium, promovido pela Aesculap Academia, do grupo B.Braun, autoridades mundiais destacam medidas que devem ser adotadas neste sentido e incentivam produção de estudos sobre o tema no Brasil.

A longevidade humana vem aumentando sistematicamente ao longo dos séculos. Na mesma época em que são anunciados estudos da biomedicina indicando que em apenas duas décadas muitas pessoas vão chegar aos 150 anos de idade, um evento foi palco de importantes discussões sobre atitudes que são base para prevenir a ocorrência de eventos adversos em saúde e melhorar a qualidade de vida da população. O Safety Symposium, promovido pela Aesculap Academia, Divisão de Treinamento Médico Científico do grupo B.Braun, reuniu profissionais de várias especialidades médicas, operadores de saúde e seguradoras, representantes de órgãos de vigilância sanitária, hospitais, universidades, associações, entidades de classe e sociedades médicas no dia 1º de julho, em São Paulo.

De acordo com Cristina Pinho, gerente da Aesculap Academia, uma das intenções do evento, que já está em sua segunda edição, é comprovar a necessidade de estabelecer programas com foco na segurança do paciente, item indispensável para sua recuperação. “Temos poucas iniciativas no Brasil, comparadas às existentes em outros países. Uma iniciativa como essa desperta o interesse e mobiliza a opinião pública de várias áreas da sociedade em relação a segurança do paciente em todas as suas modalidades”.

Para o palestrante Julius Pham, do Hospital Johns Hopkins, na cidade de Baltimore (EUA), a ocorrência de um evento adverso está relacionada a vários fatores e, geralmente, as falhas são consecutivas. “Eles têm início no sistema utilizado pelo hospital, passam pela na unidade local e podem estar relacionados até mesmo aos próprios pacientes”, afirma Pham.

Em relação à segurança em procedimentos cirúrgicos, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que cerca de 234 milhões de operações são realizadas, anualmente, no mundo. Em quase 76 milhões são registradas complicações e um milhão de óbitos. Entretanto, 56% dos eventos adversos são evitáveis. Uma das ações de maior sucesso na prevenção destes erros é a implantação do Checklist para Cirurgia Segura da OMS. “As vantagens são que a lista de itens que o compõem pode ser adaptada de acordo com as necessidades locais, implantadas gradualmente, têm suporte científico e exige pouquíssimos recursos”, avalia a Dra. Susan Brien, diretora adjunta do Escritório de Assuntos Profissionais do Royal College of Physicians and Surgeons, no Canadá.

Um estudo piloto realizado em oito cidades de diferentes continentes, publicado em 2009 no New England Journal of Medicine, nos Estados Unidos, comprova que a adoção do sistema reduziu em 36% as complicações que ocorrem antes e depois das operações e em 47% a mortalidade decorrente de complicações cirúrgicas. Susan relata que nos hospitais de Toronto (CA) participantes da amostra, as complicações caíram de 11% para 7%. Nos Estado Unidos o Hospital Johns Hopkins a medida salvou 1.500 vidas e economizou 100 milhões de dólares ao governo do estado de Michigan, em 18 meses. Julius Pham é um dos responsáveis por esse sucesso.

No Brasil, o checklist da OMS já está adaptado à realidade do país e começa a ser implantado nos hospitais. De acordo com a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, normas, obrigações e inspeções não surtem o efeito desejado por aqui. Por isso, o órgão optou por estimular as instituições de saúde a aderirem voluntariamente a campanhas como esta, como a de higienização das mãos e outras que previnam eventos adversos. “Por isso é tão importante nossa participação em eventos como o Safety Symposium, onde podemos divulgar e conseguir mais adeptos”, afirma Maria Cecília, incentivando as entidades que quiserem participar a acessarem o site da Anvisa para ter acesso a normas, guias e folders.

Erros de medicação durante a internação poderiam ser evitados-Como visto, para mensurar as causas e efeitos dos problemas em saúde é preciso realizar estudos sobre cada situação. Um levantamento apresentado por Mario Borges Rosa, consultor da Anvisa para erros de medicação desde 2004 e presidente do Instituto para Práticas Seguras no uso de Medicamentos (ISMP-Brasil), indica que no Brasil foram produzidos e publicados 128 trabalhos sobre erros em medicação. A maioria deles, 43%, trata de eventos relacionados à administração de medicamentos. Entretanto, 80% destes trabalhos são descritivos, demonstrando a necessidade de pesquisas mais completas. “Encontramos apenas um estudo iniciado antes da ocorrência de um evento, durante a aplicação da intervenção e também seus resultados”, relata Rosa.

Já nos Estados Unidos este cenário está mais desenvolvido. Somente David W. Bates, representante da OMS e diretor de um dos três Centros de Excelência em Segurança do Paciente e Pesquisa nos EUA, contribuiu com a autoria e a avaliação de mais de 350 publicações em jornais. Para isso, realizou uma ampla pesquisa sobre segurança em medicamentos, avaliando a incidência e a prevenção das reações adversas nos pacientes.

Em sua palestra, Bates informou que as chances de uma lesão ligada à medicação em um paciente hospitalizado pode chegar a 30 em cada 100 atendimentos realizados. “Estudos feitos nos estados norte-americanos de Nova Iorque, Colorado e Utah, revelaram que a frequência de eventos adversos evitáveis é de 4%, mas na maioria das nações esse índice gira em torno de 10%”, destaca. Ele conta que existem poucos dados de países em desenvolvimento, mas garante que a OMS está tomando providências neste sentido, como a realização de um estudo brasileiro para medir a frequência e os tipos de danos causados ao paciente.

A segurança é um conceito importante e parte integral do serviço médico. Entretanto, os custos destas medidas nem sempre são atrativos. “Em média, estimamos que os custos dos eventos evitáveis nos Estados Unidos é de 2,8 milhões de dólares, ao ano, e que os erros em geral representam um gasto de 5,6 milhões de dólares”, exemplifica David W. Bates.

Para analisá-los, os estudos também precisam estar voltados à economia clínica. Por isso Franz Porzsolt, membro do Centro de Medicina Baseada em Evidência de Oxford, no Reino Unido e referência mundial nesta área do conhecimento, acredita que os estudos e análises feitos nesta área precisam diferenciar economia na saúde e economia clínica, e focar na adoção de uma ou de outra. “A economia da saúde foca no custo da assistência médica, enquanto a outra foca nos desfechos”, explica o também professor de Clinical Economics, da Faculdade de Medicina da Universidade de Ulm, na Alemanha.

Portanto, a elaboração de estudos e pesquisas, bem como a adoção de medidas para aumentar a segurança e minimizar os erros em procedimentos e práticas de saúde é refletida nas condições dos serviços prestados e, logicamente, na qualidade de vida da população. Discutí-las é o primeiro passo em direção a uma saúde segura.

Aesculap Academia no Brasil-Reconhecida mundialmente como um centro de ensino e treinamento para profissionais da área médica, a Aesculap Academia é uma iniciativa do Grupo B.Braun e está presente em mais de 42 subsidiárias em países da Europa, Ásia, África e Américas do Norte e do Sul — no Brasil desde o início de 2009. Atua como um fórum de experts e formadores de opinião entre especialistas de saúde e é responsável pela realização de cursos, simpósios e workshops de alta qualidade técnica, credenciados por sociedades médicas e organizações médicas internacionais e coordenados por um conselho científico formado por especialistas de renome em diversas áreas de atuação. Em 2010, mais de 71 mil profissionais já foram formados pela Aesculap Academia em 1.412 cursos presenciais, à distância e webmeetings. No Brasil, iniciou suas atividades em 2009.

Grupo B. Braun- Presente em mais de 50 países, o Grupo B.Braun está no Brasil há mais de 40 anos. A multinacional alemã líder no segmento médico-hospitalar conta com um portfólio de mais de 33 mil produtos, 13 mil deles comercializados no país, além de serviços e programas educacionais voltados à assistência e segurança dos pacientes e profissionais de saúde. Com sede em São Gonçalo (RJ) e mais sete filiais comerciais brasileiras, o laboratório tem cerca de 1.700 colaboradores e atua nas áreas de: terapias de infusão, intensiva e substituição renal; hidratação; reposição volêmica; anestesia regional; nutrição enteral; controle de infecção e incontinência; home-care; além de uma gama de produtos voltados a todos os tipos de cirurgia com linhas específicas para suturas, Oncologia, Ortopedia, Urologia, cirurgias Geral e Vascular, entre outras especialidades.

.[II Safety Symposium da Aesculap Academia (Grupo B. Braun), dia 1º de agosto (segunda-feira), das 08h às 18h,no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69, Bela Vista, São Paulo, SP). Informações: www.safetysimposium.com.br ou e-mail [email protected] ].

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