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18/07/2011 - 07:10

Dilma e Cabral participam da cerimônia que marca inicio da construção de submarinos no Brasil


O primeiro submarino deve estar concluído em 2016, e será entregue à Marinha no ano seguinte, depois dos testes de cais. Os outros três serão entregues no intervalo de um ano e meio. O SN-BR fará parte da frota brasileira em 2023. Como o Brasil desenvolverá o reator nuclear, o país vai passar a integrar o grupo enxuto de nações que detêm esse tipo de tecnologia (China, Rússia, França, Estados Unidos e Reino Unido).

A presidenta Dilma Rousseff participou no dia 16 de julho (sábado), na sede da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep),em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro, da cerimônia que marca o início da construção de quatro submarinos convencionais brasileiros (S-BR), com tecnologia francesa. Os submarinos são da classe Scórpene, e são um dos itens do acordo que o Brasil assinou com a França há dois anos e meio.

“A produção representa uma posição estratégica do Brasil diante do fortalecimento da sua indústria, da capacitação de nosso país, da nossa capacidade de construir alianças internacionais”, disse a presidenta.

A Marinha estima que 36 mil itens usados na construção desses submersos serão produzidos por 30 empresas brasileiras. Os equipamentos nacionais vão desde quadros elétricos, válvulas de casco e bombas hidráulicas até sistemas de combate e de controle, motores elétricos e a diesel e baterias de grande porte.

O documento bilateral deu origem ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha brasileira, que tem como um dos principais objetivos a produção de um outro tipo de submarino, movido a energia nuclear. Isso porque o mesmo método, técnicas e processos, e parte dos equipamentos desenvolvidos para a construção desses quatro submarinos convencionais, serão usados também na construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).

“O grande mérito e objetivo dessa parceria é a transferência de tecnologia e a aliança estratégica. Nesse projeto, temos um objetivo fundamental, que é fortalecer e capacitar a Marinha em dois aspectos: na sua modernização, ao se tornar capaz de dominar a tecnologia de produção de submarinos de propulsão nuclear no quadro de defesa nacional, e jamais de ataque. E tornar a Marinha capaz de proteger nosso povo e garantir ambiente pacifico e segurança de nossas riquezas naturais”, disse a presidenta Dilma.

“Creio que hoje é uma tarde que sintetiza o grande momento que vive o Brasil e o Estado do Rio. Este evento é bem simbólico, de um lado a Marinha do Brasil, esta grande instituição que tem 65% de seu efetivo nacional no estado do Rio. A Marinha do Brasil é uma grande propulsora do desenvolvimento econômico e social do Rio e hoje, mais uma vez, comprova isso. Por outro lado, a França e o Brasil, especialmente com o estado do Rio, tem um vínculo muito forte. Nada disso seria possível se não tivéssemos um presidente metalúrgico que acreditou no Brasil e me disse que ia mudar o país. E foi a senhora, como ministra das Minas e Energia, como ministra da Casa Civil e depois, como presidente, que protagonizou e dirigiu este processo de mudança de rumo. Muito obrigado em nome do povo do Rio de Janeiro”, disse Cabral.

“Vivemos um momento estratégico com o início da construção dos submarinos. Um pequeno grupo de países domina a construção destes equipamentos de propulsão nuclear. O Brasil dá mais um passo em relação a sua condição de país desenvolvido, com uma indústria sofisticada, capaz de utilizar tecnologias avançadas. O grande mérito desta parceria é a transferência de tecnologia e a aliança estratégica no sentido da construção de submarinos com a França. O Brasil possui grande valor com a descoberta do pré-sal, nada mais justo que tenhamos na Marinha um dos fatores de garantia de soberania” – afirmou.

O primeiro submarino deve estar concluído em 2016, e entregue à Marinha no ano seguinte, depois dos testes de cais. Os outros três serão entregues no intervalo de um ano e meio. O SN-BR fará parte da frota brasileira em 2023. Como o Brasil desenvolverá o reator nuclear, o país vai passar a integrar o grupo enxuto de nações que detêm esse tipo de tecnologia (China, Rússia, França, Estados Unidos e Reino Unido).

Nova empresa- Para viabilizar o programa de submarinos brasileiro foi constituída uma nova empresa, a Itaguaí Construções Navais (ICN), parceria entre a francesa DCNS e a construtora brasileira Norberto Odebrecht. A união foi formada com a participação da Marinha do Brasil, que detém golden share (direito de veto) sobre questões referentes à atuação da empresa. Caberá à ICN a construção de cinco submarinos.

Além da fabricação dos submarinos, o Prosub contempla a construção de um estaleiro, com previsão de conclusão para 2014, e de uma sofisticada base naval para abrigar as embarcações, prevista para seis meses após o término do estaleiro. As obras incluem também a instalação de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), que será inaugurada em novembro de 2012.

O local escolhido para as novas instalações foi a Ilha da Madeira, localizada no município de Itaguaí. A Ufem será alojada num terreno situado ao lado da Nuclep, estatal encarregada de produzir as seções cilíndricas que formarão os corpos dos submarinos.

A previsão é que essas unidades, que serão construídas na Ilha da Madeira, no município de Itaguaí, sejam entregues até o final de 2014.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, de acordo com o Ministério da Defesa, irá gerar, somente durante as obras de construção previstas, mais de nove mil empregos diretos e outros 27 mil indiretos. Projeta-se para o período de construção dos submarinos, apenas na área de construção naval militar, a criação de cerca de dois mil empregos diretos e oito mil indiretos permanentes, com utilização expressiva de mão-de-obra local.

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