Empresários estão menos confiantes com a economia, informa CNI

Índice de Confiança do Empresário Industrial deste mês é 5,5 pontos inferior ao de julho do ano passado .

Brasília – O otimismo dos empresários brasileiros permanece baixo na comparação com o ano passado. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 57,9 pontos neste mês. O número, que é igual ao apurado em junho deste ano, é 5,5 pontos menor que os 63,4 pontos registrados em julho de 2010 e inferior à média histórica de 59,6 pontos. As informações são da pesquisa divulgada nesta terça-feira, 19 de julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o estudo, que começou em 1999, o ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes e, abaixo de 50, indicam falta de confiança.

O baixo otimismo é resultado da percepção de que as condições de negócios estão piorando em relação aos últimos seis meses. Na avaliação dos industriais, o indicador das condições atuais da economia brasileira recuou de 57,6 pontos em julho de 2010 para 45,4 pontos em julho deste ano. No mesmo período, a percepção em relação à situação da empresa também caiu de 57,5 pontos para 49,7 pontos.

Ambos indicadores ficaram abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que revela falta de otimismo. “Os dados confirmam que os empresários estão preocupados com os efeitos do aumento da inflação e das medidas de contenção do consumo sobre a economia e a produção das indústrias”, afirma o economista da CNI, Marcelo Souza Azevedo.

Embora menos confiantes em relação à situação atual, os empresários mantêm o otimismo sobre o desempenho da economia e das empresas nos próximos seis meses. O índice de expectativas futuras ficou em 62,7 pontos, abaixo dos 66,4 pontos registrados em julho do ano passado. O indicador de expectativa sobre as condições da economia brasileira ficou em 57,3 pontos, e o da situação da empresa nos próximos seis meses alcançou 65,5 pontos em julho.

O ICEI de julho foi calculado com base nas entrevistas feitas com 2.103 empresas entre 1º e 15 deste mês. Entre as indústrias entrevistadas, 1.127 são pequenas, 684 médias e 292 grandes.