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27/07/2011 - 12:31

Empresários apoiam programa do governo que vai conceder 100 mil bolsas de estudo no exterior


Brasília -Empresários de diferentes setores, declararam, no dia 27 de julho (quarta-feira), que vão apoiar o programa do governo federal Ciência Sem Fronteiras, que oferece 100 mil bolsas de intercâmbio em diferentes modalidades, a estudantes do nível médio ao pós-doutorado. Dessas bolsas, pelo menos 25 mil serão concedidas com a colaboração da iniciativa privada.

“É fundamental o apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e de conselheiros que se dispõem a estar ao lado do governo no sentido de garantir que possamos mandar ao exterior 100 mil jovens brasileiros com mérito e capacidade, para que possam voltar ao país e nos tornar contemporâneos ao mundo em que vivemos”, ressaltou o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE) Moreira Franco, durante a 38ª Reunião Plenária do CDES. Clique aqui para ouvir a íntegra do discurso do ministro.

Moreira Franco afirmou que o programa é de extrema importância para o Brasil por fazer com que todo o esforço de produção científica no país se traduza em inovação. Segundo ele, as teses acadêmicas desenvolvidas por brasileiros correspondem a 2% da produção mundial, enquanto que o registro de patentes equivale a apenas 0,2%.

O Ciência Sem Fronteiras busca exatamente alterar esse panorama, estimulando a inovação no mercado interno brasileiro. O programa é voltado para a capacitação de pessoas nas áreas de exatas e engenharia, em setores estratégicos para o país, como biotecnologia, produção agrícola, industria espacial e nuclear, economia verde, tecnologia da informação, entre outros. “Queremos formar a base para garantir que o país continue aqui dentro gerando conhecimento e tecnologia”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff, que encerrou a reunião.

Dilma acatou a proposta feita pelo CDES de criar dentro do programa um comitê gestor permanente público-privado, para que, em todo o processo, “fiquem claras as disposições do governo e dos segmentos da sociedade”. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, além do financiamento das bolsas, os empresários podem participar do programa custeando as taxas cobradas por universidades estrangeiras, ou garantindo vagas de emprego para aqueles que retornam da formação. “Buscamos a formação da elite científica e tecnológica para o Brasil avançar com sustentabilidade e é fundamental a participação das empresas nesse processo”, afirmou Mercadante.

A pré-seleção dos alunos que poderão ser beneficiados pelo programa será feita pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo ProUni. Todos os candidatos precisam ter nota acima de 600 no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).“Não estamos fazendo um programa baseado em quem indica. Estamos criando ações orientadas pelo mérito”, assinalou a presidenta. Além disso, a distribuição das bolsas levará em conta a representação étnica, social e regional.

Propostas – Na plenária do CDES, o conselheiro Antoninho Trevisan destacou a necessidade de atrair para trabalhar no mercado interno os brasileiros que estão estudando no exterior. Ele defendeu ainda que no programa seja garantida a igualdade social de oportunidades e que sejam mantidas as bolsas ofertadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já o secretário-geral da Nova Central Sindical de Trabalhadores e conselheiro do CDES, Moacyr Auerswald, pediu a criação de cursos de línguas para que a necessidade de dominar um idioma estrangeiro não prejudique os estudantes de baixa renda a ter acesso às bolsas no exterior. |Mariana Braga/SAE/PR.

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