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15/08/2007 - 10:24

“A Casa do Gaspar” ou “Kaspar Hauser, O Órfão da Europa”


Estados Unidos, Itália, Bélgica, Suíça, Espanha, Alemanha, Portugal, Cuba, Chile, Argentina e Holanda já receberam o premiado grupo Ventoforte, reconhecido com cerca de cinqüenta deles, como Mambembe, APCA, Governador do Estado, Molière, Coca-Cola e Shell.

Recentemente o grupo recebeu seis indicações ao Prêmio Coca-Cola FEMSA de Teatro (Autor, Diretor, Melhor Figurino, Melhor Música ou Trilha Sonora, Melhor Atriz e Melhor Espetáculo Infantil) para o espetáculo infantil “A Centopéia e o Cavaleiro” e o diretor do grupo, Ilo Krugli, recebeu homenagem especial pelo conjunto de sua obra.

Desta vez, o ator Marcello Airoldi, que está em cartaz na capital paulistana com o monólogo “Café com Torradas”, de Gero Camilo, assume a dramaturgia e a direção do espetáculo “A Casa do Gaspar” ou “Kaspar hauser, o Órfão da Europa”, que traz o diretor Ilo Krugli como ator, interpretando o personagem Gaspar.

O quintal do Grupo Ventoforte é o palco para uma cia. de teatro atravessar o tempo e narrar a história do Gaspar. As cenas itinerantes provocam a platéia a serem os habitantes da cidade e testemunhas do enigmático assassinato do jovem, até hoje um mistério.

“Quero ser um cavaleiro como meu pai” - Discutir a inclusão social, as identidades culturais de uma nação e a imposição elitista, são alguns dos temas abordados neste espetáculo. Aqui, o protagonista foi duas vezes morto: quando nasceu e já quando homem, excluído do direito de ser quem na realidade era, ou seja, ser ele mesmo.

Em 26 de maio de 1828, dia de Pentecostes, Kaspar Hauser foi encontrado numa praça em Nuremberg, Alemanha. Viveu até os 16 anos aprisionado em um porão, tendo acesso apenas a condições básicas de sobrevivência, e quando foi deixado na cidade tinha consigo uma carta na mão e pronunciava apenas uma frase: “quero ser um cavaleiro como meu pai”. Mesmo não sabendo nada ao seu respeito e origem e com dificuldades para andar, tinha uma sensibilidade espantosa, identificava cores na escuridão e percebia objetos de metais ocultos. Tornou-se então fenômeno público e dividiu opiniões: para uns uma farsa, para outros um nobre. Morreu na cidade de Ansbach, em 17 de dezembro de 1833.

Em 2002, foi realizado um teste de DNA na Universidade de Munster, que teria constatado que Kaspar Hauser é descendente de Stephanie Adrienne Napoleone de Beauharnais, filha adotiva de Napoleão, casada com um grão-duque de Baden. Em meio a diversas especulações e controvérsias, este teste vai de encontro com o que escreveu o jurista alemão responsável pelo caso na época, Paul Johann Anselm Ritter von Feuerbach, autor de um livro sobre Kaspar Hauser, e morto pouco tempo após sua publicação.

O Grupo Ventoforte - Surgiu em 1974, na cidade do Rio de Janeiro, com o espetáculo “História de Lenços e Ventos”, de Ilo Krugli, considerado pela crítica um marco do teatro para crianças no Brasil.

O Ventoforte desenvolve atividades artísticas, educativas e sociais desde a sua criação e se destaca principalmente pela criação de espetáculos para crianças e jovens, caracterizados pela inovação e pela qualidade estética; um repertório de espetáculos adultos que caminharam por textos da dramaturgia universal e por criações do próprio grupo.

Destacam-se as canções que tradicionalmente são compostas especialmente para os espetáculos e executadas ao vivo por músicos e atores; além das oficinas de construção artesanal de cenários, objetos cênicos, bonecos, pela formação de atores e músicos, por seus trabalhos em arte-educação e desenvolvimento de projetos que procuram a democratização da cultura no Brasil, atingindo diversos espaços sociais.

Uma marca presente no trabalho do grupo é a valorização da cultura popular e a leitura de conteúdos expressivos das mais diversas realidades sociais e humanas do homem, objetivando sempre a liberdade dos temas e da forma de apresentar os espetáculos.

Snopse -O órfão Kaspar Hauser, 16 anos recluso num porão, foi abandonado no centro de Nuremberg no início do século XIX. Conhecia apenas algumas palavras e mal sabia andar. Transformou-se rapidamente no maior fenômeno de popularidade da época por não se conhecer sua origem e despertar as mais diversas opiniões a seu respeito. Para muitos era um impostor e para outros um príncipe herdeiro.

Direção e Dramaturgia: Marcello Airoldi e Elenco: Ilo Krugli, Rodrigo Mercadante, Karen Menatti | Wanderlei Martins, César Negro, Aline Carcellé, Fernanda Sophia, William Guedes e Aloísio Oliver.

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