Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social comemora 10 anos com recorde de inscrições

Com dez anos de existência, o Prêmio Fundação Banco do Brasil se afirma como um dos maiores eventos do Terceiro Setor e demonstra fôlego para continuar a garimpar, em todo o país, soluções efetivas para graves problemas sociais e ambientais. Desde sua 1ª edição, em 2001, até hoje, foram mais de 4400 iniciativas participantes.

Do total de 1116 inscrições no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011, o número mais expressivo, 530, esteve relacionado ao tema educação. Na sequência, apareceram os temas geração de renda (192 inscrições), meio ambiente (172 propostas) e saúde (88). Alimentação e Recursos Hídricos concorreram com respectivamente, 70 e 39 projetos inscritos, enquanto habitação e energia receberam, 15 e 10 propostas. O número ultrapassou as expectativas e indica que comunidades, governos e instituições sem fins lucrativos, de todo o país, estão atuando na busca por efetivas soluções para problemas de alimentação, saúde, renda, meio ambiente, educação, recursos hídricos, habitação e energia. Agora, se inicia o trabalho da Comissão de Certificação, formada por 14 profissionais da Fundação BB (da ativa e aposentados) – cabe ao grupo verificar se os projetos inscritos atendem aos critérios das Tecnologias Sociais, listados no regulamento do Prêmio.

Em 2011 todas os entes federados, incluindo o Distrito Federal, tiveram tecnologias sociais inscritas no concurso. O Estado de São Paulo, com 237 inscrições, teve o maior número de projetos inscritos, seguido por Rio Grande do Sul (116), Paraná (111) Minas Gerais (87), Rio de Janeiro (62), Santa Catarina (59) e Bahia (50). Em 2009, toda a região Sudeste havia realizado 282 inscrições; o Sul se fez representar com 139 soluções; o Nordeste, com 126; o Centro-Oeste participou com 75; e o Norte, com 73. Em 2011, regionalmente, o Sudeste emplacou mais inscrições, com 407 soluções; O Sul teve 286 representantes; o Nordeste, 212; o Centro-Oeste teve 138; e o Norte manteve-se com 73 iniciativas sociais inscritas.

Vale lembrar que, para a edição deste ano, serão nove prêmios no valor de R$ 80 mil cada - cinco serão para as categorias regionais (um para cada região do País) e um para cada categoria especial: "Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil"; "Gestão de Recursos Hídricos"; "Participação das Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais"; e uma nova categoria: "Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza". O Prêmio conta com o patrocínio da Petrobrás e o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Unesco e da KPMG Auditores Independentes. Concedido a cada dois anos, a premiação tem como objetivo identificar, certificar, premiar e difundir Tecnologias Sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional e que sejam efetivas na solução de questões relativas à alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde.

Tecnologia Social-O conceito de Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Está baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras. As tecnologias sociais podem aliar saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico. Importa essencialmente que sejam efetivas e reaplicáveis, propiciando desenvolvimento social em escala.