Novos dados do SANBS reforçam os 5 anos de sucesso na prevenção da transmissão do HIV e da hepatite proveniente de sangue doado

Desde 2005, o SANBS tem eliminado milhares de infecções transmissíveis por transfusão do banco de sangue.

O Serviço Nacional de Sangue da África do Sul (SANBS) apresentou novos dados demonstrando que o uso de produtos para teste de ácido nucleico (Nucleic Acid Testing, NAT) da Novartis, para triagem de sangue doado para HIV e hepatite, resultou em um aumento significativo na segurança do sangue fornecido na África do Sul. Os dados enfatizam a conquista recente do SANBS em cinco anos de esforços bem sucedidos para prevenir a difusão de HIV e hepatite proveniente da transfusão de sangue infectado.

Além de reforçarem um histórico impressionante de saúde pública, os dados fornecem evidências adicionais de que o teste individual de ácido nucleico de cada unidade sanguínea (chamado de teste do doador individual ou ID-NAT), em vez de amostras reunidas de vários doadores, é o método mais sensível disponível para detecção de HIV tipo 1 (o tipo de vírus responsável por 99,6% de todas as infecções por HIV), vírus da hepatite C e vírus da hepatite B (HBV) em sangue doado.

“Antes do teste NAT, a transmissão de infecções por HIV e por hepatite proveniente de sangue doado não eram raras na África do Sul”, afirma Ravi Reddy, diretor executivo do SANBS. “Desde que começamos a realizar o ID-NAT, praticamente eliminamos o risco, sem nenhum relato de infecção por HIV-1 proveniente de sangue ou de derivados sanguíneos transfundidos. Isso representa um aumento significativo na segurança do paciente na África do Sul e espero que seja um modelo para outros países.”

Desde 2005, o SANBS triou 3,8 milhões de doações de sangue para RNA de HIV-1, RNA de HCV e DNA de HBV usando o teste Procleix Ultrio da Novartis Diagnostics na plataforma de triagem sanguínea NAT Procleix Tigris. Como o NAT fornece detecção altamente sensível de material genético do próprio vírus (RNA e DNA), é capaz de detectar infecções ativas que os testes sorológicos tradicionais não conseguem, diminuindo o período entre a infecção e o momento em que a detecção da infecção é possível, permitindo também a detecção de infecções crônicas de nível muito baixo. A total integração e automação de todas as etapas do processo do NAT, possível apenas com o Sistema Procleix TIGRIS, permite um fluxo de trabalho eficiente para os laboratórios que realizam testes de grandes quantidades de amostras diariamente. O SANBS também conduz testes de sorologia, que detectam evidências de resposta imunológica do organismo a infecções (anti-HIV, anti-HCV e HBsAg) em todas as amostras.

Os resultados do SANBS mostraram que o teste Procleix Ultrio da Novartis Diagnostics identificou 6.487 unidades HIV-1 positivas em sangue doado, 96 das quais não detectadas apenas com sorologia e teste para o antígeno HIV p24.1 Além disso, houve 3.007 unidades de hepatite B positivas, das quais 346 não foram detectadas apenas com o teste sorológico, e 250 unidades hepatite C positivas, das quais 5 não foram detectadas apenas com o teste sorológico. Essas unidades de sangue infectado teriam sido classificadas como negativas e teriam sido transfundidas em pacientes se não tivessem sido removidas do banco de sangue após o teste NAT.

De acordo com a ONU AIDS, em 2007, havia 5,3 milhões de pessoas infectadas com HIV na África do Sul, representando uma taxa de prevalência nacional geral de 11%. Isso cria um risco maior de que sangue infectado por HIV entre no banco de sangue, com algumas estimativas mostrando que, na África do Sul, há por volta de uma unidade de sangue doado infectada por HIV-1 a cada 600 doações de sangue.

“Como em qualquer país, nem todos os infectados com HIV ou hepatite estão cientes de suas infecções ou dos perigos decorrentes da entrada de HIV ou de hepatite no banco de sangue. Isso torna essencial que nossos programas de triagem sanguínea empreguem um método de teste que nos ajude a fornecer o sangue mais seguro possível”, afirma Reddy. “Os dados mostram que o NAT em IDT conseguiu esse resultado na África do Sul.”

HIV-O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus que infecta células do sistema imunológico humano, destruindo ou reduzindo sua função. O tipo mais comum de HIV é conhecido como HIV-1, que é facilmente transmitido.

O HIV-1 tem causado a maioria dos casos de AIDS2 e representa 99,6% de todas as infecções por HIV.3,4 Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 5% a 10% de todas as infecções por HIV no mundo foram adquiridas por transfusões de sangue ou derivados sanguíneos infectados.5

Estima-se que 5,6 milhões de pessoas viviam com HIV e AIDS na África do Sul em 2009, mais do que em qualquer outros país.6 Acredita-se que, em 2009, 310.000 sul-africanos morreram de AIDS.6 A prevalência é de 17,8% entre as idades de 15 a 49 anos, com alguns grupos etários sendo particularmente afetados.6 Quase uma em cada três mulheres com idade entre 25 e 29 anos e mais de um quarto dos homens entre 30 e 34 anos estão vivendo com HIV.7

Vírus da hepatite C (HCV)-A infecção por HCV é uma doença viral que leva à inflamação do fígado e pode causar infecções por toda a vida, cirrose (escarras) no fígado e câncer hepático.8,9 Estima-se que 170 milhões de pessoas em todo o mundo (3%) estejam cronicamente infectadas com HCV.9 Calcula-se que haja de 3 a 4 milhões de novos infectados por ano.9 A maior parte das pessoas recentemente infectadas com HCV não apresenta sintomas e, em muitos casos, pode não haver sintomas da doença até que a cirrose tenha se desenvolvido.8 A prevalência de infecção por HCV na África do Sul não é conhecida, mas foi estimada entre 0,1 (2) e 1,7%.10 A infecção por HCV é mais séria em indivíduos com HIV e leva mais rapidamente a danos no fígado.11 A coinfecção com HCV também pode afetar o tratamento da infecção por HIV.11

Vírus da hepatite B (HBV)-A infecção por HBV é uma grande causa de doenças hepáticas agudas e crônicas. Cerca de um terço da população mundial foi infectada pelo HBV.12 A maior parte das consequências graves ocorre nas pessoas que desenvolvem infecção crônica de hepatite B. Cerca de um milhão de pessoas com hepatite B crônica morre por ano de cirrose ou por carcinoma hepatocelular.12 O HBV perde apenas para o tabaco como causa de câncer em humanos.12 Estima-se que mais de 50% dos sul-africanos tenha sido infectado pelo vírus e, no mínimo, 3 milhões de pessoas sejam portadoras crônicas de hepatite B.12

Perfil-O SANBS é uma organização sem fins lucrativos que fornece serviços de transfusão sanguínea de veia a veia em oito das nove províncias da África do Sul. O SANBS coleta 780.000 unidades de sangue anualmente (100% de forma voluntária) e possui dois centros de teste (Johanesburgo e Durban), sete centros de processamento de sangue e 79 bancos de sangue servindo mais de 1.000 hospitais e clínicas. O SANBS está credenciado pelo Sistema de Credenciamento Nacional da África do Sul (SANAS).