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02/08/2011 - 11:07

A vida recomeça

Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...

Agosto, mês do recomeço, para alunos, pais e professores. Em sentidos diferentes, mas com igual ansiedade, as famílias e a escola se juntam novamente para mais um semestre de trabalho e esse encontro peculiar, pode-se configurar como um momento privilegiado de diálogo e aproximação , o qual a escola não deveria deixar passar em branco.

A maioria das crianças, já adaptadas ao seu grupo, vivem o momento alegre do reencontro com os colegas e embora pesarosas com o final das férias, já arquitetam as novas situações de lazer para intercalarem com as aulas, as provas, as lições. Mais amadurecidas, cheias de novidades, estão com a motivação em alta: vislumbram novas vivências, novos planos, esperança de sucesso e de superação de dificuldades.

As famílias, que em geral acabam ficando muito atribuladas no período das férias, aproximam-se ansiosas para saberem a respeito do resultado do aproveitamento de seus filhos no semestre anterior. Além disso, com o recesso, houve tempo para dialogar e observar as crianças e jovens de uma maneira mais intensa e perceber que mudaram e que talvez a escola deva ser contatada com mais freqüência, assim como já é possível admitir que os professores podem ter razão em alguns pontos divergentes sobre o comportamento e sobre o aproveitamento escolar. Afinal, já mais crescidas, precisam de outro tipo de apoio e orientação e as queixas da escola começam a fazer sentido para as famílias. O velho “meu filho não mente” começa a ser questionado, assim como “a professora não me explicou direito”, ou “ foi outro aluno que falou, que fez”, entre muitas outras frases, verdadeiros “chavões” com os quais as crianças se defendem dos castigos dos pais e esses acabam por acreditar na eterna inocência dos filhos.

A esse estado de ânimo das crianças e das famílias, juntam-se o dos professores, com forças renovadas pelo descanso, reassumindo com novas perspectivas o seu trabalho e com o desejo ainda maior de concluir mais um ano com muito sucesso.

Melhor situação impossível: todos em busca de resultados positivos se encontram com os ânimos acalmados e muita energia para enfrentar os novos desafios. É a hora que pode gerar bons vínculos, relações de trocas positivas que facilitarão a jornada até o final do ano. Vale a pena pensar em novas ações que catalisem esses excelentes propósitos a favor do êxito do trabalho escolar, da aprendizagem, da melhoria do comportamento dos alunos e da autoestima de todos.

Repensar situações antigas que freqüentemente trouxeram desgastes entre famílias e escola, replanejar estratégias que se tornaram menos atrativas nas aulas, mudar detalhes do ambiente para melhorar o conforto, trazer novidades à escola e chamar as famílias junto com os filhos para esse momento de reencontro pode gerar um semestre de trabalho muito melhor, onde famílias e escola mostrem que aprenderam as mais importantes lições: a tolerância pelas diferenças, o respeito pelo outro e a responsabilidade pelo futuro das crianças.

.Por: Maria Irene Maluf, Especialista em Psicopedagogia e Educação Especial,Editora da revista Psicopedagogia da ABPp Coordenadora/SP do Curso de Especialização em Neuroaprendizagem|Instituto Saber/FACEPD| Site: www.irenemaluf.com.br

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