Por que utilizar um gerenciador financeiro?

O controle financeiro ou gerenciamento financeiro pode parecer inerente para o nosso dia a dia, mas não o é.

O controle de despesas deve ser feito com a mesma constância com que fazemos os gastos. Caso contrário, corremos o risco do descontrole e acabamos por alimentar quem pacientemente espera por este descuido, para, na forma de juros ou taxas, ficar com as nossas economias.

O consumismo que se instalou confortavelmente em nossa sociedade nos impele a saciar os desejos com mais e mais compras, num ritmo frenético, muitas vezes maior do que a própria capacidade de ganhar o dinheiro necessário para tantos objetos que supostamente nos levarão a ter, enganosamente, o status que permitirá continuar a pertencer a esta sociedade.

Ledo engano! O segredo da fórmula explosiva que temos verificado veio com a somatória:

(O aumento dos ganhos pela classe trabalhadora) + (o incentivo exacerbado do governo em aumentar os financiamentos para evitar a retração da economia em função da crise mundial) + (a extrema capacidade dos nossos publicitários em transformar produtos não tão necessários para o nosso bem estar em objetos de desejo) = Endividamento recorde da classe trabalhadora, com 40% de toda a massa salarial hoje comprometida.

Resumindo: O brasileiro médio, que ganha 100, deve pagar entre 15 e 30% de impostos. Vamos considerar 20%. Sobram, então, 80 para gastar. Se logo de cara temos que pagar 40 de endividamento, restam 40 para viver! Ou seja, boa parte dos cidadãos está trabalhando para pagar impostos e parcelamentos! Tudo bem se este parcelamento foi feito para realmente trazer mais prazer ou bem estar, mas será que foi necessário mesmo?

Para quem faz o controle financeiro através de programas como o Yupee (www.yupee), fica mais fácil agora de verificar. Abra o gerenciador e veja nos meses anteriores onde foram cometidos os abusos. Tenha em mente que em todo financiamento existem juros, que é o dinheiro acima do valor do produto pago para não ter que esperar alguns meses para comprar o mesmo produto. Financiamento, no Brasil, só deve ser feito para emergências ou em situações especiais, como, por exemplo, nos fomentados pelo governo para compra da casa própria, com juros subsidiados. Em todos os outros casos, vale a pena esperar alguns meses e comprar a vista, justamente para poder comprar mais!

Por exemplo: comparei o preço de uma TV. Na loja A, temos um desconto de R$ 150,00 se pagarmos a vista no boleto, ao invés do financiamento em 12 “sem juros”! Se pesquisarmos na internet, encontraremos o mesmo produto ainda mais barato para o pagamento a vista. Na loja B, sai por R$ 285,88 a menos que no parcelado “sem juros”.

Resumindo, não existe o pagamento sem juros. Com uma rápida pesquisa, conseguimos 19% de desconto, ou o equivalente a juros de 24% ao ano!

Portanto, para gastar mais, para comprar mais é que devemos fazer o controle dos gastos. Sabendo o quanto temos, podemos planejar e utilizar o poder do dinheiro a vista para pagar mais barato.

É claro que existem exceções, mas, infelizmente, devido a uma lei esdrúxula, provavelmente feita por algum cartel, que impede um mesmo produto de ser vendido por preços diferentes conforme a forma de pagamento, nestes casos os juros embutidos fazem parte do preço. O ideal é considerar como parcelamento e não financiamento!

Portanto, o controle financeiro deve ser feito para que possamos:

- Saber onde e de que forma foi gasto o dinheiro, além de analisar se o gasto foi realmente necessário;

- Ter a informação atual dos pagamentos a fazer para evitar pagar com atrasos;

- Poder planejar o futuro e evitar o pagamento de juros por desorganização.

. Por: Fábio Mainardi, sócio da Yupee Tecnologia, empresa que desenvolveu o gerenciador financeiro Yupee (www.yupee.com.br).