Moreira Franco destaca necessidade de políticas voltadas para a indústria nacional de defesa

Brasília - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) Moreira Franco defendeu no dia 27 de julho (quarta-feira), o lançamento de bases para que o Brasil consolide sua indústria de defesa. “Precisamos lançar as bases de uma sólida indústria de defesa, capacitada não somente a aparelhar o Estado, mas, também, a compartilhar com a sociedade os avanços tecnológicos”, afirmou durante palestra proferida na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, no Rio de Janeiro (RJ).

O ministro citou o caso da Embraer como um modelo de sucesso para a indústria de defesa, lembrando que a empresa induziu, mais recentemente, a criação de um complexo de integração de empresas e universidades. De acordo com o ministro, o Brasil avançou ao aprovar, no Congresso Nacional, a Estratégia Nacional de Defesa. Acrescentou, no entanto, que há ainda o que evoluir. “Há espaço para se ampliar a participação do setor privado nos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, bem como simplificar a condução da Política de Desenvolvimento Produtivo, que hoje ainda envolve dezena de órgãos governamentais”, assinalou.

A palestra do ministro foi dirigida a uma turma formada por altos oficiais da Aeronáutica. Depois da apresentação, o ministro respondeu a perguntas formuladas pelos oficiais. Em uma das resposta, afirmou que, embora o Brasil tenha que arcar com o preço de vir a se tornar a quinta economia do mundo, não concordava que isso incluísse a diminuição de sua soberania por causa de questões ambientais. “A nossa responsabilidade nesta questão (emissão de gases) quando comparada com os demais países, é praticamente nula”, acrescentou, alertando para o fato de que por trás desse tema pode estar interesses comerciais espúrios que precisam ser identificados.|Ascom/SAE.