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04/08/2011 - 09:33

Terceirização ou Precarização?

Baixa remuneração e pouca qualificação, essa é a receita da mão de obra barata, que advém das terceirizadas, contratadas pelas empresas para atender os seus clientes com mais rapidez e eficiência, porém, o que constatamos é a total insatisfação tanto de trabalhadores, quanto da sociedade que recebe um atendimento muitas vezes inadequado e insuficiente, o que é o caso das empresas energéticas, um dos setores que mais utiliza esse tipo de contratação.

No Brasil, as empresas terceirizadas fazem o caminho inverso da qual se destina a terceirização dos serviços. O método tem o objetivo de melhorar os serviços prestados pelas empresas e reduzir os custos, porém, tornou-se uma alavanca de lucros para as empresas das quais prestam os serviços.

Mas como de praxe, a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, o lado do trabalhador terceirizado, que além de não receberem a qualificação devida, colocando em risco a sua segurança, são remunerados com salários baixos e não possuem os mesmos benefícios dos trabalhadores da empresas que realizam a contratação das terceirizadas.

O reflexo desta situação é o elevado número de ações trabalhistas contra as empresas, de acordo com a matéria publicada no jornal DCI, o número de reclamações das empresas de telefonia e do setor de energia elétrica, chega a até 80% dos casos trabalhistas. Uma verdadeira avalanche de problemas.

Devido a baixa qualidade dos serviços, há um projeto de lei do deputado Gilmar Machado, do PT (MG), que pode proibir a terceirização na prestação de serviços das empresas de energia elétrica. O projeto barra a contratação de terceirizados em todo o processo produtivo das empresas.

Lutamos pela valorização do trabalhador eletricitário, seja ele terceirizado ou não, ele tem que ser respeitado e tratado com igualdade. Não podemos simplesmente tratá-los como ferramentas, pois é do capital humano que resulta a lucratividade cada vez maior das empresas. O trabalhador tem que ser tratado com prioridade para que o círculo vicioso do ganho a qualquer custo seja quebrado.

. Por: Carlos Reis (Carlão), presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo

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