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05/08/2011 - 08:41

Navalshore discute o aumento da participação de empresas brasileiras na indústria naval


Segundo a coordenadora em Tecnologia Naval da Transpetro, Ana Paula dos Santos Costa, conteúdo nacional utilizado no segmento já é de 40%, mas pode ser maior.

Como ampliar a participação das empresas elevando a produção nacional a patamares de competitividade internacional? Esta é pergunta que permeou os debates do segundo dia da Navalshore 2011, que termina no dia 05 de agosto (sexta-feira).

A coordenadora em Tecnologia Naval da Transpetro, engenheira Ana Paula dos Santos Costa, afirmou durante a palestra "Vencendo os desafios de voltar a construir navios no Brasil", dentro da grade de Conferências da Navalshore, que o índice atual de conteúdo nacional de equipamentos e materiais utilizados na indústria naval brasileira é de 40% (índice que não incluí a mão-de-obra). "É um resultado positivo, mas pode ser melhor. A Transpetro tem pedido aos estaleiros para priorizarem o conteúdo local", destacou.

Ana Paula ressaltou, no entanto, que o Brasil avançou muito: "O recomeço da nossa indústria naval foi em 2000 e já estamos com esse índice de 40% de participação. O Japão levou 100 anos para atingir os 100% e a China, que já tem um histórico maior no segmento, tem 53%". A engenheira da Transpetro acredita que a cadeia produtiva nacional vai crescer ainda mais quando houver uma maior redução de custos e estabilidade cambial.

O otimismo da Transpetro é acompanhado pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). César Prata, presidente da Câmara de Equipamentos Navais da entidade, acredita que as embarcações de apoio marítimo serão o grande mercado para setor de navipeças brasileiro: "Com o novo plano de negócios divulgado pela Petrobras já se fala na construção de 500 embarcações do gênero nos próximos anos".

Expectativa - Pelos corredores da Navalshore 2011 é possível comprovar que há um mercado em ebulição e ávido por novos negócios. Paulo Muniz, que trabalha com fornecimento de eletrodos e arames para o segmento offshore, veio de Campos (RJ) especialmente para conferir as novidades e prospectar novos negócios na feira: "Quero ampliar meu número de clientes, principalmente, em virtude dos novos estaleiros que serão instalados no Rio de Janeiro".

O gerente de vendas da Ciser Parafusos e Porcas, Marcelo Moraes, também veio a feira em busca de novos parceiros. "O mercado está com novos players e empresas, muito aquecido e com grandes oportunidades. Como quero encontrar novos clientes, não posso deixar de participar da Navalshore", disse. Marcelo Moniz, da Drager Safety, empresa especialista em equipamentos de segurança naval e de offshore, lembrou de outro aspecto que tem atraído muita gente a feira: ver o que o mercado está apresentando.

Intercâmbio - A exemplo do que ocorreu no primeiro dia da feira, o intercâmbio entre empresas brasileiras e internacionais da indústria naval foi grande. Em uma rodada de negócios que reuniu empresas brasileiras e âncoras do Reino Unido, a SSA (Shipbuilders & Shiprepaires Association) e Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reaparação Naval e Offshore) acertaram detalhes para um acordo de colaboração para troca de tecnologia e conhecimento.

Além disso, muitos outros negócios nasceram do encontro. "O evento é fabuloso porque trouxe possibilidades reais de negócios para empresas", diz Ash Sinha, diretor da SSA. Já Adrian Smiles, da Stone Marine, acha que novos contratos serão firmados em breve: "durante o encontro fizemos muitos bons contatos que podem ser tornar grandes parcerias".

"A expectativa dos nossos expositores é muito pertinente, afinal, a própria Stone Marine veio para a Navalshore com contrato assinado dias antes da feira com o estaleiro Eisa, comprovando o aquecimento do mercado e o bom momento para a realização deste grande encontro de negócios que é a feira. Esta edição da Navalshore consolida o Brasil como o centro das atenções da indústria naval em todo o mundo", diz Barbara Nogueira, gerente da Navalshore.

Terceiro Dia - Nesta sexta-feira, último dia da Navalshore 2011, haverá palestras sobre as influências das últimas catástrofes mundiais no seguro de construção de navios, como Maurício Aguiar Guintini e Antonio Lleyda, do Grupo Liberty Brasil, e também uma série de painéis que vão abordar os investimentos e oportunidades apresentados pelos pólos navais do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Suape (Pernambuco).

A Navalshore 2011 ? Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore acontece de 03 a 05 de agosto (quarta a sexta-feira), das 14h às 21h, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro (RJ). O evento, organizado pela UBM Brazil, tem o patrocínio da Transpetro, Caixa Econômica e da Aveva e apoio da Abenav, Syndarma, Sinaval e Abeam. [www.navalshore.com.br].

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