Público masculino é quem mais movimenta o comércio eletrônico

Uma pesquisa realizada pelo E-bit em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico em 2011 demonstrou que os homens realizam 35% mais compras pela internet do que as mulheres. Eles buscam, principalmente, eletroeletrônicos, celulares e peças de carros.

Já quando se trata de realizar compras em shoppings e grandes centros de lojas, de acordo pequisa divulgada pelo Ibope em 2010, as mulheres gastam mais do que os homens. Segundo o levantamento do instituto, durante 1 mês, 67% das mulheres realizaram compras pessoais (excluindo bebidas e alimentos), contra o percentual de 58% dos homens. O curioso é que esse fato não se aplica ao comércio eletrônico.

Mas o que faz os homens serem os grandes compradores online? O que conquista os consumidores masculinos é a comodidade de comprar e receber a encomenda em casa, sem ter que enfrentar filas ou ficar pesquisando preço de loja em loja, principalmente em datas festivas quando os centros de compras estão lotados. Sem sair de casa e em dois cliques, eles podem comprar o que quiserem, pelos melhores preços e de maneira mais rápida.

A maioria dos compradores pela internet, além de serem do sexo masculino, possuem alto nível econômico e grau de instrução, foi o que apontou um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado neste ano. O principal alvo dos consumidores online são os sites estrangeiros, onde pode-se encontrar os últimos lançamentos, novidades e diversidades de produtos com preços diferenciados.

Em relação à condição econômica, o estudo do e-Bit citado no início deste artigo demonstrou que 59% das compras online são feitas por consumidores da classe A, cuja fatia representa mais do que as classes B, C, D e E juntas. Em termos de escolaridade, 41% possuem curso superior, contra 18% que estudaram até o ensino médio e 7% dos que só completaram o ensino fundamental.

Os homens são os mais preocupados com a segurança de suas informações financeiras, por isso recorrem às ferramentas de pagamento eletrônico online que armazenam seus dados e permitem efetuar compras digitando apenas o endereço de e-mail e uma senha. O PayPal, por exemplo, tem 44% de sua base de usuários brasileiros composta por homens solteiros de 25 a 34 anos.

O comércio eletrônico deve faturar R$ 20 bilhões em 2011, o que representa um crescimento de 30% em relação ao ano de 2010 (R$ 14,8 bilhões). Algumas das tendências que corroboram para esse crescimento em 2011 é a publicidade nas redes sociais, a ascensão de sites de compras coletivas e o aumento dos clubes de compras.

. Por: Mario Mello, Presidente do PayPal no Brasil