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06/08/2011 - 10:33

Invenção do desenho: ficções da memória

Obra de Alberto da Costa e Silva dá continuidade às suas lembranças, do jovem poeta ao embaixador

Invenção do desenho, relançado agora pela Nova Fronteira, é o segundo livro de memórias de Alberto da Costa e Silva — ensaísta, poeta, historiador, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras. A obra pode ser considerada uma sequência de Espelho do príncipe (1994), na qual o autor descreve o período de sua infância em Fortaleza e a vinda da família para o Rio de Janeiro.

Neste belo livro que se lê como um romance, o autor nos apresenta 15 anos de sua vida, desde que era um jovem poeta, e os ambientes pelos quais passou até se tornar diplomata em Lisboa. Suas lembranças se combinam à ficção e fragmentos, sem seguir uma linearidade temporal.

Essas lembranças resultam em um livro que encanta por sua delicadeza em falar de família, amizade, perdas e a descoberta de outras culturas, nos mostrando o percurso intelectual do autor. Como aponta José Murilo de Carvalho no texto de apresentação escrito especialmente para essa edição, Alberto da Costa e Silva “inventara o desenho de si mesmo, agora transformado em narrativa de vida”.

AUtor-Diplomata de carreira, Alberto da Costa e Silva serviu durante anos na África, onde conheceu mais de 15 países. Em 1960, esteve na independência da Nigéria, para onde retornaria 19 anos depois como embaixador do Brasil. Serviu também na República de Benim. Passados dois anos de sua remoção para outro posto diplomático, seu trabalho de aproximação entre o Brasil e a África foi reconhecido com a concessão do título de doutor honoris causa pela Universidade Obafemi Awolowo, de Ifé, na Nigéria, uma das mais importantes instituições acadêmicas do continente.

Seus Poemas reunidos e um livro de memórias da infância, Espelho do príncipe, foram publicados pela Nova Fronteira, editora pela qual lançou também A manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700 (que recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e o Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, da Fundação Biblioteca Nacional); Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África; Francisco Félix de Souza, mercador de escravos; Das mãos do oleiro: aproximações; e seu primeiro livro para jovens, Um passeio pela África. Alberto da Costa e Silva foi distinguido com o Prêmio Juca Pato, pela União Brasileira de Escritores e a Folha de S.Paulo, como o Intelectual do Ano de 2003. É membro da Academia Brasileira de Letras. [Editora: Nova Fronteira | 256 Páginas |Preço de capa: R$ 29,90].

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