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06/08/2011 - 10:58

Funarte reabre o Dulcina


Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra participam da homenagem a Dulcina de Moraes, na estreia da programação que traz Fernanda Montenegro e Peter Brook, no Rio .

Com Um brinde a Dulcina!, que reúne as atrizes Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) reinaugurou o Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, no dia 02 de agosto (terça-feira), em cerimônia que contou com a presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e de convidados. No espetáculo criado especialmente para a ocasião, as três atrizes interpretam a própria Dulcina de Moraes, numa homenagem à grande atriz, diretora e empresária teatral. A programação de reabertura segue, até 09 de setembro, com Fernanda Montenegro e a estreia sul-americana de Uma flauta mágica, do inglês Peter Brook.

"É uma honra devolver o Teatro Dulcina ao público do Rio de Janeiro e a toda a classe teatral. Essa reinauguração é um marco para a cultura brasileira. O Dulcina já recebeu em suas coxias o brilho de grandes estrelas e a programação de reabertura mantém essa tradição. Os espaços sob administração da Funarte devem seguir essa mesma diretriz - estrelas de grandeza máxima do teatro mundial e talentos regionais dividem o mesmo palco, promovendo toda a diversidade das artes cênicas no Brasil e no mundo", afirma Antonio Grassi, presidente da Funarte.

Totalmente remodelado, o teatro reabre para o público, a partir de 5 de agosto, com a apresentação de Bibi in concert IV, musical em que a atriz e diretora Bibi Ferreira conta histórias e interpreta canções de seus 70 anos de carreira. Em 9 de agosto é a vez da ópera franco-brasileira Fedegunda, de Karen Acioly, para o público infantojuvenil; e no dia 19, Fernanda Montenegro reestreia o monólogo Viver sem tempos mortos, uma compilação do pensamento de Simone de Beauvoir.

No final de agosto, no dia 26, a Cia. Os Fodidos Privilegiados traz para o Dulcina Uma festa privilegiada!. O espetáculo comemora os 20 anos do grupo, o último a ocupar o teatro entre os anos 1991 e 2001. Também em agosto, serão realizadas palestra e oficinas de percussão vocal e corporal, direção teatral e dramaturgia.

A programação de setembro traz de volta aos palcos da Funarte o Projeto Mambembão. No dia 2, o grupo mineiro Ponto de Partida apresenta Drummond, espetáculo que tem como base a obra do poeta Carlos Drummond de Andrade. No dia 3, o grupo encena a peça infantil Os gnomos contam a história do gato Malhado e a andorinha Sinhá, inspirada no único texto de Jorge Amado para crianças.

Ainda em setembro, o Dulcina recebe uma atração internacional: o encenador inglês Peter Brook. Reconhecido como um dos maiores da cena contemporânea mundial, Brook escolheu o teatro para a estreia sul-americana de Uma flauta mágica, adaptação da ópera de Mozart. Depois, o espaço será ocupado por projetos selecionados por meio de editais.

Um dos mais tradicionais espaços culturais do Rio, o Teatro Dulcina fez parte da Rede de Teatros do município há uma década, voltando à administração da Funarte em 2008. Nos últimos anos, a casa se deteriorou, a ponto de algumas peças terem sido montadas em seus escombros. Com investimento de R$ 2,3 milhões, a Funarte reformou todo o espaço, devolvendo-lhe o estilo art déco do projeto original de 1935 (ano da inauguração do então Theatro Regina).

A obra, que teve início em agosto de 2010, recuperou a fachada, o foyer, as instalações prediais e de ar condicionado. As poltronas da plateia, camarins, balcões e frisas – num total de 429 lugares – foram remodeladas, assim como o palco. Novas instalações de equipamentos cênicos e de cenotécnica modernizaram o teatro, trazendo segurança para os profissionais e o público.

Reintegrado aos espaços culturais da Funarte, o Teatro Dulcina vem ainda contribuir para a revitalização da Cinelândia, importante corredor cultural carioca.

Dulcina -Inaugurado em 5 de dezembro de 1935 como Theatro Regina, o prédio da Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro do Rio de Janeiro, abrigou importantes companhias do teatro nacional como a Dulcina-Odilon, a Cia. Procópio Ferreira e Henriette Morineau. Comprado pelo casal Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo, em 1952, passa a receber outras companhias.

Em 1955, Dulcina de Moraes cria a Fundação Brasileira de Teatro que funcionou no Dulcina até 1977, sendo responsável pela formação de alguns dos mais expressivos nomes da cena nacional, como Rubens Corrêa, Claudio Corrêa e Castro, João das Neves, Irene Ravache e Sueli Franco. A nova fase testemunha a contribuição para o teatro brasileiro de outras companhias, como a Cia. Tônia-Celli-Autran e a Cia. Cacilda Becker. Esta última encena, em 1958, a obra do jovem autor paraibano Ariano Suassuna, “O Santo e a Porca”.

Depois, em 1977, o teatro é vendido pela empresária e atriz ao Ministério da Educação e Cultura, ficando sob a administração do Serviço Nacional de Teatro, quando passa a ser ocupado por companhias selecionadas por uma Comissão Julgadora. No ano seguinte, o Projeto Pixinguinha, da Funarte, juntava no palco do teatro, às sextas-feiras, consagrados e promissores nomes da MPB. Nos anos 80, passou por obras, e entre os anos 1990 até 2001, recebeu os espetáculos da Cia. Os Fodidos Privilegiados, passando para a gestão da Prefeitura do Rio. [*Ingressos: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia) ] | www.funarte.gov.br .

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