A Amy está entre nós

A morte da cantora Amy Winehouse se configura em mais uma tragédia causada por uma vida de convívio com as drogas. Aos 27 anos, a cantora talentosa e de estilo exótico buscou, inconscientemente, o fim trágico que teve. Uma inconsequência peculiar à juventude. A mesma que está aqui entre nós, tendo fácil acesso as drogas. Tudo isso embaixo do nosso nariz, na luz do dia, diante de uma sociedade apática e que não sabe o que fazer.

As drogas no Brasil não são mais um problema de segurança pública. É uma emergência na área da saúde, pois os nossos jovens estão doentes, dependentes químicos. Não adianta combater o tráfico e pacificar favelas se não auxiliarmos aqueles que financiam o tráfico.

No Brasil, a droga que mais cresce é o crack. O escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime – UNODC revelou recentemente um aumento na circulação dessa droga no Brasil. A quantidade dela apreendida por aqui correspondendo a 81,7% do crack apreendido na América do Sul. A droga já é a segunda maior causa de procura por atendimentos nos centros do SUS especializados em abuso de álcool e drogas, o CAPS-AD.

Um flagelo nacional, em diferentes classes sociais e em todo lugar. Um problema de saúde pública e que precisa de medidas emergenciais por parte do Poder Público, através de campanhas educativas e de conscientização, mas principalmente de investimentos em tratamentos adequados para os dependentes.

Prender traficante e apreender droga são apenas uma parte do problema. Se não cuidarmos dos usuários, nada será o bastante. E, assim, continuaremos perdendo nossos jovens sem sabermos o que fazer. Você, por exemplo, saberia a quem recorrer?

.Por: Marcos Espínola.