Norberto Odebrecht reafirma liderança do Rio de Janeiro entre as maiores da engenharia brasileira

Elaborado pela revista O empreiteiro, especializada em construção e infraestrutura, e revisado pela Deloitte, o ranking das maiores empresas do setor premiou as vencedoras em festa no bufê Torres, em São Paulo.

A disputa cabeça a cabeça entre a Norberto Odebrecht, do Rio de Janeiro, e a Camargo Corrêa, de São Paulo, pelo primeiro lugar da construção pesada e imobiliária continua, com o campeonato levantado pela primeira. A diferença de faturamento entre elas é inferior a R$ 900 milhões.

Pelo 15º ano consecutivo a Odebrecht ficou com o título de maior do País, tanto na categoria de construtoras, como no índice geral. Mas a disputa pelo topo nunca esteve tão acirrada. A oposição entre os negócios internacionais da Odebrecht e o crescimento da Camargo Corrêa com o aquecimento do setor no Brasil foi a tônica do duelo.

O ranking das 20 maiores da construção pesada soma mais de R$ 44 bilhões de faturamento e traz dez empresas de São Paulo, seis de Minas Gerais e quatro do Rio de Janeiro na ponta da tabela.

O estudo da revista O Empreiteiro, que chega às bancas hoje, comprova que o País vem sustentando o ciclo de crescimento que se acelerou a partir dos últimos seis anos. Os números apurados das construtoras revelam que a trajetória ascendente prosseguiu em 2010, impulsionada pela aceleração das obras de infraestrutura dos governos federal e estaduais .

O crescimento das construtoras aponta que a expansão da receita bruta do setor está em torno de 160% nos últimos cinco anos, multiplicando-se uma vez e meia.

Um total de R$ 76 bilhões foi o faturamento bruto somado das 100 maiores construtoras, 20 de montagem industrial, 40 projetistas e gerenciadoras, e 30 de serviços especiais engenharia – uma amostragem representativa das empresas mais competitivas de cada segmento.

Montagem Industrial-Na esteira do segmento de Construção, que se sustentou com os investimentos em infraestrutura, o de Montagem Industrial superou o ano anterior ressentido com a crise global. As 20 maiores empresas de Construção Mecânica e Elétrica registraram 15% de melhoria em sua receita bruta conjunta, totalizando mais de R$ 11 bilhões. A UTC manteve a primeira colocação da categoria. As responsáveis pelas escaladas mais importantes no ranking foram a Alusa e MPE.

No ranking do setor, 11 empresas são de São Paulo, quatro do Rio de Janeiro, Duas de Minas Gerais e as demais da Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

O estudo -A pesquisa é realizada há 41 anos pela revista O Empreiteiro por meio de questionários enviados a mais de 2.500 empresas do País, e conta com a participação de entidades de classe nos estados. O faturamento bruto no ano de 2010, apurado em balanço contábil de janeiro a dezembro do exercício, serve de parâmetro de classificação nos quatro segmentos de atividades.