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11/08/2011 - 09:37

Tontura: a terceira queixa mais comum nos consultórios

Quando tudo em volta parece rodar, a tontura pode ser sintoma de doenças mais sérias, chamadas de labirintopatias. O diagnóstico preciso é fundamental para o sucesso do tratamento e a preservação da qualidade de vida do paciente.

Sensação de “cabeça leve”, flutuação, desequilíbrio, impressão de queda e de cabeça rodando. Em torno de 20% a 30% da população já sofreram com alguns desses incômodos característicos da tontura, a terceira queixa mais frequente nos consultórios médicos, atrás apenas da dor e da fadiga.

Sintoma ligado a uma perturbação do equilíbrio corporal, a tontura comumente afeta as mulheres e os idosos, embora homens adultos, jovens e crianças também possam apresentar o problema. Estima-se que 20% dos pacientes que se consultam com otorrinolaringologistas e neurologistas, e 10% que procuram um clínico são levados à consulta pelo sintoma. Raramente levada a sério, a tontura pode ser uma sensação aguda momentânea, mas também indício de doenças crônicas que, em estágios avançados, comprometem a qualidade de vida do paciente, levando-o ao isolamento social por medo e insegurança de realizar atividades simples, como praticar esportes ou passear com a família.

Quando a tontura, porém, aparece sem causa aparente e acarreta uma sensação de cabeça pesada e de ambiente rodando, é preciso ficar atento e procurar um profissional especializado, como um otorrinolaringologista ou neurologista para traçar um diagnóstico assertivo. Esse tipo de tontura rotatória, chamada de vertigem, é o principal sintoma das labirintopatias, doenças que podem ser agudas ou crônicas e que têm como característica o distúrbio do labirinto (orelha interna) –– órgão que, junto com outros receptores sensoriais, processa informações da posição do corpo humano no espaço que ocupa, mantendo o equilíbrio corporal.

Geralmente, essa vertigem vem acompanhada de vômitos, náuseas e dificuldade em manter a fixação da imagem. Seu tratamento depende da forma e intensidade em que se manifesta, podendo ser um episódio agudo (isolado) ou se a manifestação é constante e prolongada, chamada de crônica. Alguns medicamentos prescritos para a solução do problema agem nos sintomas, melhorando sua intensidade, e podem ser ingeridos somente nos episódios ou podem ser ingeridos continuamente, dependendo do tipo e causa da vertigem. Em outros casos, é necessário que se trate a origem do problema, como traumas ou doenças neurológicas – por meio de remédios específicos para isso – ou até intervenção cirúrgica.

Por esse motivo, o diagnóstico preciso é fundamental para o sucesso do tratamento. Esse diagnóstico deve levar em consideração o histórico clínico do paciente e uma investigação criteriosa quanto à duração, à frequência, à intensidade e aos fatores desencadeantes da tontura. Somam-se a eles exames físicos observacionais - como a ocorrência de nistagmo (movimento oscilatório e/ou rotatório do globo ocular, um dos principais indícios de labirintopatia) e o teste de Romberg, que consiste em medir a estabilidade do corpo em pé com o olho fechado – além de exames de imagem, como é o caso da audiometria e da ressonância magnética.

É normal sentir tontura em ambientes com muita informação visual ou em brinquedos giratórios, comuns em parques de diversão. Esse tipo de tontura pontual costuma sofrer compensação natural ao ser tratada com medicamentos que aliviam esses sintomas.

Tontura X vertigem - A tontura pode ser consequência de problemas neurológicos, visuais e cervicais, de doenças como o diabetes ou efeito colateral causado por ingestão de medicamentos, álcool em excesso, nicotina ou cafeína, entre outros motivos. Sua principal causa, porém, são as labirintopatias, doenças caracterizadas pela perturbação do labirinto (orelha interna) – órgão que, junto com outros receptores sensoriais, como pele, olhos e músculos, processa informações da posição do corpo humano no espaço que ocupa, mantendo o equilíbrio corporal.

Para que o diagnóstico seja preciso e o tratamento eficiente, é preciso reconhecer o tipo de tontura do paciente e, assim, investigar suas causas. A tontura pode ser não rotatória, quando provoca a sensação de desmaio, a queda súbita de pressão e o escurecimento da visão; ou rotatória, chamada de vertigem, é causada por um distúrbio do labirinto ou de suas conexões centrais.

Vertigem -Grande parte das pessoas acredita que tontura e vertigem são sinônimos, mas na verdade a vertigem é um tipo de tontura, caracterizada pela sensação de rotação do espaço. Portanto toda vertigem é uma tontura, mas nem toda tontura é uma vertigem.

A vertigem é o tipo mais comum de tontura (5% a 7%) e o sintoma principal das labirintopatias. Geralmente iniciada de forma súbita, a vertigem pode se manifestar em surtos acompanhados de vômitos, náuseas e dificuldade em manter a fixação da imagem, e pode se tornar um problema crônico que necessita de tratamento contínuo.

A origem mais comum da vertigem, chamada de periférica ou vestibular, ocorre devido a distúrbios do labirinto ou ao conflito sensorial entre as informações oriundas do aparelho.

A vertigem originada no labirinto acomete aproximadamente 85% dos pacientes e manifesta-se, nos casos mais graves, associada a náuseas, palidez e sudorese. Ela pode ser desencadeada por um estímulo fisiológico, resultante, por exemplo, de viagens de navio ou exposição a brinquedos giratórios, ou por uma disfunção congênita ou acidental de algum dos sistemas envolvidos com o equilíbrio corporal (como o labirinto e a visão).

Tipos de doenças do labirinto -Quando a vertigem se manifesta em episódios de crise, é denominada aguda. Esses surtos geralmente começam de forma súbita e têm duração variável, podendo ser únicos, se repetirem isoladamente ou serem frequentes, com intervalos regulares ou não. As vertigens agudas geralmente são intensas e acompanhadas de manifestações neurovegetativas (mal-estar, náusea, vômito, palidez, taquicardia, sudorese), além de alteração do equilíbrio corporal.

As vertigens que se manifestam lentamente e duram longos períodos – mais de 6 meses – e apresentam efeitos em longo prazo são chamadas de crônicas. Assim como o diabetes, a asma, o Alzheimer e a hipertensão, elas não têm cura, mas os sintomas podem – e devem – ser tratados, beneficiando assim a qualidade de vida do paciente. Elas também podem ser prevenidas por meio do diagnóstico precoce e da mudança de hábitos de vida, além de acesso ao tratamento adequado recomendado por profissional especializado, como um otorrinolaringologista.

As vertigens crônicas também costumam ocorrer subitamente e serem mais intensas durante alguns segundos, minutos, horas ou vários dias. Também pode ser acompanhadas de náuseas e vômitos, além de suor, palidez, mãos frias, palpitações, sensação de desmaio ou perda da consciência. Crises muito severas podem provocar diarreia ou micção espontânea e ser impossível ficar de pé ou andar. As modificações da posição da cabeça ou do corpo agravam os sintomas.

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