Novo método molecular é mais eficiente no diagnóstico da tuberculose

A Tuberculose é um problema de saúde pública que atualmente atinge todo o mundo e principalmente o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, são diagnosticados anualmente 83 mil casos novos da doença, com uma taxa de incidência de 38/100.000 habitantes, acometendo pessoas em todas as faixas etárias e sociais. A detecção precoce é muito importante para que haja o sucesso do tratamento e redução da incidência, porém, os métodos disponíveis para detecção da doença, como a pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) e a metodologia de detecção do Mycobacterium tuberculosis por PCR, apresentam baixa sensibilidade e uma grande espera pelo resultado.

No mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu o fim dos testes sorológicos para diagnosticar a tuberculose. A alegação é que já se demonstraram imprecisos na detecção de um em cada dois casos. A OMS recomenda o uso da máquina Xpert MTB/RIF, baseada na análise molecular de DNA, que oferece um diagnóstico confiável em apenas alguns minutos e não é suscetível a erros humanos.

Laboratórios do Rio de Janeiro já adotaram esse sistema que se tornou um grande aliado da detecção da tuberculose no mundo. Além de ser liberado em, no máximo, 24 horas após a coleta, o exame apresentou grande sensibilidade, segundo estudo publicado no New England Journal of Medicine.

“Esse tipo de teste, conhecido como diagnóstico molecular, permite a detecção rápida e correta do Mycobacterium tuberculosis, permitindo, além do diagnóstico rápido, a definição do melhor tratamento através da detecção da resistência à rifampicina, antibiótico de primeira linha para o tratamento da tuberculose”, explica o infectologista Dr. Alberto Chebabo.

Os laboratórios Bronstein, Lâmina e Sergio Franco, no Rio, já têm disponível o exame.