Commodities passa por tuburlências

DO desgastante acordo fechado entre republicanos e democratas sobre o teto da dívida americana refletiram diretamente nos preços das commodities agrícolas, deteriorou as bolsas de valores em todo o mundo amargando perdas substanciais.

“A semana foi terrível para os mercados com as bolsas caindo fortemente e o medo de uma nova recessão volta a assombrar os investidores. Como o dinheiro foge do risco, as commodities cederam entre 4.5% e 6%”, comenta Arnaldo Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting.

O açúcar, por exemplo, chegou a bater 26,99 centavos de dólar por libra-peso. O mercado de açúcar teve uma oscilação de 361 pontos, a maior desde a primeira semana de julho, sofrendo o peso dos ajustes de posição praticados pelos fundos de commodities.

Para Arnaldo, especialista para o mercado sucroenergético, as preocupações sobre a economia podem esfriar a demanda e empurraar as compras, deteriorando os prêmios no mercado físico. “As usinas não tem como fazer mudanças, em fixação de preços, para a atual safra, por isso quedas acentuadas potencializadas por fatores macros – como os que assistimos nesta semana – e sobre os quais não temos controle, deveriam ser uma oportunidade de compra ou mesmo de recompra parcial, em especial quando sabemos que os números da safra brasileira são são animadores em termos de volume”, completa o gestor de risco.