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17/08/2007 - 09:07

A economia do Brasil e do mundo até 2020, por Ernst & Young e FGV em estudo inédito


O trabalho inclui projeções para a economia brasileira, no contexto global, obtidas a partir do processamento dos dados de 100 economias, responsáveis por 96% do PIB mundial.

Recife (PE) – A expansão da economia brasileira, de 3,7% ao ano até 2020, será ligeiramente superior à projetada para o PIB mundial, de 3,3%. O aumento será impulsionado pela ampliação esperada da escolaridade média da população brasileira, que deve saltar dos atuais 7,4 anos completos para 9,3 anos ao final dos próximos 13 anos. O PIB por trabalhador brasileiro, por sua vez, atingirá US$ 21,3 mil em 2020, impulsionado pelo crescimento na escala dos negócios.

Estas são algumas das conclusões do estudo “Brasil 2020 – Os desafios da economia global”, concebido pela Ernst & Young Brasil para compor o seu relatório anual de 2007 e desenvolvido em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O trabalho, liderado pelo economista José Alexandre Scheinkman, apresenta projeções e análises para a economia brasileira e mundial até o final da próxima década, obtidas a partir do processamento dos dados de 100 economias, responsáveis por 96% do PIB global.

Nenhum outro estudo contempla base tão complexa, à exceção do banco de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), que utiliza números de seus 147 países-membros, mas se limita a apresentar conclusões para apenas 12 meses. “A Ernst & Young e a FGV se preocuparam em elaborar um documento que apresente uma visão de futuro com rigor e consistência técnica, servindo de apoio aos gestores no apoio às suas decisões e estratégias de longo prazo”, diz o presidente da Ernst & Young, Luiz Frazão.

No que tange ao potencial de crescimento econômico do Brasil no contexto mundial, o estudo revela-se, de fato, esclarecedor. As projeções indicam que, beneficiada pela consolidação de ajustes realizados nos últimos anos, como a abertura econômica e a melhoria do padrão de financiamento, a expansão da economia brasileira será constante e deve ficar acima da média global. Enquanto o crescimento médio do PIB mundial, entre 2006 e 2020, deverá crescer 3,3% ao ano, a evolução anual média brasileira prevista será de 3,7% - mais alto, inclusive, do que o projetado para as nações desenvolvidas. “Este percentual ainda não é suficiente para classificar o Brasil como uma economia em grande expansão, mas os ganhos de escala gerados pelo tamanho do mercado interno deverão reduzir a distância que separa o ritmo de crescimento do País do índice de outras economias em franca expansão, como Chile e Coréia do Sul”, explica Fernando Garcia, economista da FGV.

O avanço econômico brasileiro projetado, porém, ainda será inferior ao de países asiáticos emergentes, como China e Índia, que devem crescer ao ano em média, respectivamente, 8,7% e 6,9%. “De qualquer forma, a eterna discussão sobre o crescimento dos níveis de produtividade deverão ser superados, em parte, pelo Brasil nos próximos 13 anos”, acredita o economista.

Um fator determinante para a provável melhoria do desempenho da economia brasileira, aponta o estudo, será o desenvolvimento do chamado capital humano. A escolaridade média da população brasileira ativa (entre 15 e 64 anos) deverá passar de 7,4 anos completos para algo em torno de 9,3 anos de estudo – aumento de 1,5% ao ano até 2020. Ao mesmo tempo, a quantidade de pessoas que integram a força de trabalho poderá ficar 1% maior ao ano neste mesmo período. “Cada ano adicional de escolaridade tem o poder de aumentar a renda individual em 10%. Dessa forma, com base nestas projeções, espera-se que a produtividade brasileira cresça 0,7% ao ano, resultado que poderia ser maior caso o País tivesse acumulado capital, nos últimos anos, no mesmo ritmo das décadas de 50 a 80”, explica Garcia.

Com o esperado aumento da renda, o PIB por trabalhador brasileiro atingirá US$ 21,3 mil em 2020, com incremento médio anual de 2,6%. A expansão dos negócios será, nesse sentido, a grande vantagem competitiva do Brasil no período. Estados Unidos e Japão, por sua vez, investirão em tecnologia para acelerar seu desenvolvimento, enquanto o Chile se valerá de uma elevada taxa de investimentos (24,7%). Nesse último ponto, o Brasil apresentará volume de investimentos de 19,2% do PIB, valor pouco menor que o obtido nos últimos 15 anos – comportamentos semelhantes terão a China e a Índia.

Segundo o estudo, as principais causas para esta queda serão a infra-estrutura deficiente, que funcionará como desestímulo à aplicação de capital no setor produtivo, e o envelhecimento gradativo da população, que reduz a formação de poupança doméstica e resulta em menor disponibilidade de recursos para investimento. “O impacto dos recursos externos na economia, porém, deverá compensar esta ligeira queda da taxa de investimentos no Brasil. Isso ocorrerá porque a produtividade do capital tende a subir”, diz.

O estudo ainda aponta que não seria realista esperar uma redução agressiva da carga tributária em curto e médio prazos. “Já será positivo se os tributos não subirem até 2020. O aumento recente de despesas, os reajustes automáticos e a rigidez nos orçamentos públicos tornam improvável uma redução significativa do nível de impostos.” Além disso, o trabalho reúne análises que ajudam o gestor a compreender os atalhos – em áreas como infra-estrutura, crédito, educação, previdência e tecnologia – que podem levar o Brasil a um nível de crescimento ainda maior no período, além do ambiente econômico que o espera em 2020.

Perfil da Ernst & Young – A Ernst & Young Brasil é uma empresa global de serviços profissionais que conta com mais de 1.800 colaboradores espalhados por nove cidades brasileiras. A empresa está comprometida com a busca de altos níveis de integridade, qualidade e profissionalismo em todos os trabalhos que realiza. Sua linha de serviços contempla as áreas de auditoria, gestão de riscos, assessoria tributária e assessoria em transações corporativas. | Site: http://www.ey.com.br.

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