Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

Produtos bioativos

A síntese de produtos naturais bioativos tem progredido no Brasil e poderá desempenhar um papel decisivo no desenvolvimento de novos fármacos. Mas, para que isso ocorra, é fundamental que haja maior interação entre os grupos que trabalham em diferentes áreas, como síntese orgânica, química medicinal, produtos naturais, espectroscopia de ressonância magnética nuclear e espectrometria de massas.

As afirmações são de Luiz Carlos Dias, professor do Departamento de Química Orgânica do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um exemplo dessa interação foi a própria presença de Dias no 3º Simpósio de Química Medicinal, em São Pedro (SP), onde se encarregou de mostrar o que é possível fazer em termos de síntese orgânica no Brasil.

"Destaquei a importância da área de síntese orgânica para o desenvolvimento de fármacos e os progressos recentes em nosso grupo de pesquisa. Mostrei que, no Brasil, podemos sintetizar moléculas de alta complexidade estrutural - e certamente também moléculas simples do ponto de vista estrutural", disse Dias à Agência FAPESP.

Dias lidera, na Unicamp, um grupo de 15 pesquisadores que se dedica à síntese total de moléculas isoladas a partir de fontes naturais. "Trabalhamos com síntese de produtos naturais bioativos e também não naturais, com atividade farmacológica destacada. Temos interesse em compostos isolados, por exemplo, de plantas e esponjas marinhas. Sintetizamos esses compostos para fornecer material para futuros testes clínicos. Sintetizamos moléculas como imunossupressores, agentes antitumorais, inibidores de HIV protease, inibidores de gama-secretase - as duas últimas puramente sintéticas - e outras com atividade como antibióticos", explicou.

A área de síntese orgânica no Brasil é relativamente nova. "Há muita gente trabalhando, mas não especificamente com a síntese total de moléculas. É uma área que depende muito de suporte financeiro, já que os reagentes são importados. A maior parte dos trabalhos nessa área é feita no Estado de São Paulo, graças ao apoio da Fapesp", explicou Luiz Carlos Dias. | Fapesp/IVFRJ Online

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira