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12/08/2011 - 05:13

Reciclado tem espaço para crescer

O potencial de material reciclado é grande para o uso na construção civil brasileira. É o que afirma o engenheiro Arthur Granato, da Nortec, durante a exposição do tema “Reciclados na Construção Civil”, no Sobratema Congresso, evento que acontece até dia 13/08 durante a M&T - Feira de Peças e Serviços de Engenharia e a Construction Expo no Centro de Exposições Imigrantes, na Capital Paulista.

Granato ressalta que com o boom no setor da construção é certo que haverá problemas com matéria-prima, de modo que o reciclado na construção civil passa a ser de extrema importância. “O reciclado é fruto de material proveniente de forma diversa, desde restos de concreto até reparos e reformas”, explica. O material reciclado também pode ser originário de pneus/borracha, madeira, gesso, madeira, escoria de alto forno/aciaria e areia de fundição.

No Brasil, estima-se que a produção de produtos agregados seja da ordem de 500/600 milhões de toneladas, porém o consumo ainda é baixo: 3 t/hab/ano, mesmo frente à legislação que incentiva o uso de reciclados.

Nesse setor, a reciclagem teve início há 20 anos, mas só agora em 2011 foi criada a Abrecon – Associação Brasileira de Reciclagem de Resíduo da Construção Civil e Demolição, entidade que já conta com 21 associados, e trabalha pelo desenvolvimento do setor. Gilberto Meirelles, presidente da associação, esclarece que atualmente há cerca de 120 unidades em fase de implementação no país, localizadas nas regiões Sul e Sudeste, provenientes de parcerias público-privadas.

“O preço do reciclado é estabelecido a partir do material recebido para o descarte, ou seja, se o valor agregado é alto, consequentemente no final do processo o material produzido será mais caro”, acrescenta Meirelles, ressaltando o baixo consumo de agregados no Brasil. “Aqui , consumimos mensalmente 5.400.000 toneladas provenientes de mineração, o que representa apenas 30% do que a obra da construção civil consome”, diz. O potencial de mercado é de 1.620.000 t/mês. “Se as empresas consumirem o reciclado de forma consciente, com certeza, irão fomentar o crescimento do setor”, sintetiza Meirelles.

Também durante a palestra, Miguel Porto Neto, da Porto Associados, abordou o potencial do setor, a partir do próprio conhecimento adquirido ao longo de 4 anos quando ocupou o cargo de secretário do governo. De acordo com Neto, “a legislação existente contribui para o desenvolvimento do setor, que de um lado conta com forte qualificação técnica, porém de outro há muitos aventureiros”, aponta.

Segundo Porto, a reciclagem está em conformidade dos pilares da sustentabilidade, conferindo os seguintes benefícios: redução de custos no caso das obras nos municípios, investimento em projetos socioambientais e uma nova geração de mão de obra.

90% dos acidentes com máquinas pesadas ocorrem por falha humana- Apesar da falta de estatísticas sobre o assunto, especialistas em treinamento e segurança do trabalho estimam que 90% dos acidentes de trabalho com máquinas pesadas em obras de infraestrutura decorrem de falha humana. A informação foi destacada numa das palestras do Sobratema Congresso, realizado juntamente com a Construction Expo 2011 e a M&T Expo Peças e Serviços – Feira Latina Americana de Peças e Serviços de Equipamentos para Construção e Mineração, que acontecem em São Paulo até o próximo sábado.

Segundo Wilson de Mello Júnior, em parte, essa realidade dos acidentes com máquinas pesadas se deve a uma séria deficiência na capacitação e treinamento dos profissionais. “Sem treinamento e qualificação, teremos sempre mais acidentes”, diz Mello Júnior, que é coordenador do Instituto Opus, órgão criado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, promotora dos eventos, exatamente para aprimorar a formação profissional dos segmentos de construção e mineração. Segundo ele, boa parte das empresas costuma levar em conta métodos empíricos para selecionar, por exemplo, operador de máquinas.

Para Mello Júnior, o problema em relação a treinamento não está apenas no operador. “Em muitos casos, os gestores falham na hora de supervisionar o preenchimento de um cargo”, diz. Todos os participantes da palestra concordaram que o problema central está na gestão de uma forma geral. “Nosso desafio maior na formação de mão de obra está na área ambiental”, confirma outro palestrante, Ivan Montegnero, responsável pela área de novos projetos da Vale. Para suprir essa deficiência, ele informou que a Vale desenvolve sete grandes projetos para capacitação profissional de seus funcionários.

Grandes obras em execução no país demandam 140 mil pessoas apenas para operar máquinas pesadas-As grandes obras de infraestrutura em andamento no Brasil e as que serão iniciadas nos próximos anos devem exigir a contratação de 70 mil profissionais apenas considerando o total de máquinas da chamada “linha amarela”, usadas principalmente em obras rodoviárias. Se for considerada também a necessidade de mecânico e outros profissionais para manutenção desses equipamentos, podemos dobrar essa necessidade de mão de obra no segmento chega a 140 mil. A projeção foi feita durante palestra no Sobratema Congresso realizado juntamente com a Construction Expo 2011 e a M&T Expo Peças e Serviços – Feira Latina Americana de Peças e Serviços de Equipamentos para Construção e Mineração, que acontecem em São Paulo até o próximo sábado.

E todo esse contingente de profissionais necessita ser treinada e capacitada adequadamente. “Vamos ter máquinas, vamos ter obras a serem feitas, mas não vamos ter gente treinada”, analisou Wilson de Mello Júnior, coordenador do Instituto Opus, órgão criado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, promotora dos eventos, exatamente para aprimorar a formação profissional dos segmentos de construção e mineração.

No entender de Mello Júnior, quem tem de solucionar essa questão da falta de mão de obra qualificada são as próprias empresas que atuam no mercado. “Penso que as construtoras, os fabricantes de equipamentos e o poder público precisam juntar esforços para ampliar a capacitação de mão de obra para esse setor”, comenta o consultor. Segundo ele, as soluções que estão sendo colocadas em prática para sanar o problema da falta de capacitação são: treinamento intenso feito pelas próprias empresas, uso de simuladores, intensificação do ensino a distância, parceria com universidades e uma competente avaliação dos profissionais existentes.

.[M&T Feira Latino-Americana de Peças e Serviços para Equipamentos para Construção e Mineração |Construction Expo 2011 Feira Internacional de Soluções para Obras & Infraestrutura, até3 de agosto de 2011 (sábado), de 10 a 12, das 13h às 20h, e dia 13 de agosto (sábado), das 9h às 17h, no Centro de Exposições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes, km 1,2 (acesso via Avenida dos Bandeirantes).|Sites: www.constructionexpo.com.br | www.mtexpops.com.br | www.sobratema.org.br].

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