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17/08/2007 - 09:27

Medo de desaquecimento global sacode ativos no Brasil

São Paulo - O temor de uma desaceleração mundial atingiu em cheio os mercados financeiros no dia 16 de agosto (quinta-feira), mas a forte deterioração acabou atraindo alguns investidores mais ousados.

O solavanco externo, detonado por problemas no setor de crédito imobiliário norte-americano, levou a Bovespa a recuar quase 9 por cento e o dólar a subir 5 por cento no pior momento do dia --assim que um dado do Federal Reserve da Filadélfia mostrou estagnação da atividade em uma região dos Estados Unidos.

Às 15h38, o principal índice da bolsa paulista reduzia a queda mas ainda registrava baixa superior a 5 por cento, a 46.795 pontos, enquanto a moeda norte-americana avançava 3,25 por cento, a 2,097 pontos.

Em Nova York, o Dow Jones e o Standard & Poor's 500 perdiam 1,34 por cento e 0,93 por cento, respectivamente, depois de caírem mais de 2 por cento cada mais cedo. A recuperação, ainda que discreta, era patrocinada pelas ações do setor financeiro.

Economistas ainda não arriscam qual é a extensão dos problemas e, embora vejam o Brasil melhor preparado para enfrentar a turbulência externa, esperam algum desconto no crescimento.

"O país caminhava para algo como 5 por cento (de crescimento) neste e nos próximos anos e provavelmente vai ter que se contentar com menos", avaliou Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC e presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).

"Vamos perder pelo menos um ponto percentual do crescimento nos próximos 12 meses."

Para o ex-presidente do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, a questão central é saber a extensão dos prejuízos causados pela crise que começou com o chamado crédito subprime nos EUA, que já se espalhou, e a resposta de consumidores e empresários.

"À medida que há perda de riqueza e essa crise é de perda de riqueza -você diminui a demanda", afirmou ele, acrescentando que o Federal Reserve terá que reduzir a taxa básica de juros norte-americana em algum momento."O risco que há é de desaceleração do crescimento." | Por: Daniela Machado / Juliana Siqueira e Silvio Cascione/Reuters.

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