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13/08/2011 - 12:18

Mercado brasileiro de máquinas para construção atrai missões comerciais do mundo inteiro

Representantes de entidades que reúnem fabricantes de equipamentos e máquinas para construção e também para mineração do Reino Unido, Estados Unidos, Espanha e China marcam presença na Construction Expo 2011 e na M&T Peças e Serviços.

Reino Unido- Participando pela terceira vez de uma exposição de equipamentos para o setor da construção e da mineração no Brasil, os representantes da CEA, associação dos fabricantes de equipamentos para construção do Reino Unido estão bastante otimistas em relação às perspectivas de negócios no mercado brasileiro. “Estamos até planejando um estande maior para as próximas edições”, disse Joanna Oliver, diretora da CEA, que está representando 12 empresas na M&T Peças e Serviços e Construction Expo 2011, que a Sobratema - Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção promove até sábado [13/08], no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo.

O objetivo principal dos representantes da entidade britânica é colocar no mercado brasileiro equipamentos diferenciados e que não sejam produzidos no País, mas que também tenham preços competitivos e sejam inovadores. A intenção é oferecer produtos voltados para nichos de mercado. Um exemplo disso são batedores de estacas para obras. “Algumas das empresas que estamos representando estão aqui pela primeira vez e ficaram empolgadas com a frequência de público em seus estandes”, comenta Joanna. Das 12 empresas representadas pela CEA, três montaram estandes próprios.

O grau de interação da CEA com a Sobratema, organizadora da Construction Expo 2011 e M&T Peças e Serviços, tende a se aprofundar. Tanto que Joanna antecipa que está estudando a organização de uma feira com os mesmos moldes das realizadas pela Sobratema na Inglaterra. O objetivo é aproveitar o potencial do mercado britânico desse segmento. Atualmente, segundo ela, existem hoje na Inglaterra aproximadamente 1.200 empresas produtoras de máquinas e equipamentos voltados para construção e mineração. Esse conjunto de empresas tem um faturamento anual de US$ 13 bilhões e responde por 55 mil empregos. “Nós somos o maior produtor de equipamento para terraplenagem da Europa”, diz Joanna.

Aproveitando a participação na Construction Expo 2011, a executiva da CEA agendou uma série de encontros com empresas e autoridades brasileiras para “vender” os produtos das empresas representadas. Além de encontro com os comitês da Copa e das Olimpíadas, ela também se encontrará com executivos da construtora Odebrecht e da Randon, fabricante de implementos rodoviários.

Estados Unidos- A Associação de Fabricantes de Equipamentos (AEM), entidade norte-americana de assessoria para negócios nas áreas de equipamentos para construção e mineração, conseguiu realizar contatos para futuros negócios com 30 empresas brasileiras em apenas dois dias da M&T Peças e Serviços e da Construction Expo 2011, eventos promovidos pela Sobratema e que se encerram neste sábado no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo.

O diretor da AEM, Arnold Huerta se disse bastante satisfeito com os resultados alcançados. “Fiquei muito bem impressionado com a receptividade que nossa entidade teve das empresas brasileiras. Estou voltando muito contente com os contatos que estabeleci e penso que nossa participação nos eventos ajudará a encontrar parceiros para negócios com as empresas que representamos”, diz Huerta.

As perspectivas são tão animadoras e concretas que já foi agendada uma visita de oito empresas americanas ao Brasil no próximo mês de outubro. Elas passarão dois dias aqui e o objetivo principal é estabelecer as primeiras bases para fazer negócios. “O mercado brasileiro, em função de suas excelentes perspectivas futuras, está se tornando bastante atrativo para todas as empresas que atuam no segmento de construção e de mineração”, comenta Huerta.

China- Representando 26 fabricantes de máquinas e equipamentos para construção e mineração, que reúnem uma delegação de 50 pessoas, a Consultoria Internacional de Negócios Chinesa (UBC), com sede em Beijing, participa pela primeira vez de feiras no Brasil. O intuito da entidade é iniciar negócios com vistas ao bom potencial de crescimento desses segmentos no Brasil em função dos grandes projetos que estão sendo colocados em prática para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A entidade marca presença na M&T Peças e Serviços e na Construction Expo 2011, eventos promovidos pela Sobratema e que se encerram neste sábado no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo,

De acordo com a coordenadora da UBC, Amanda Wu, as perspectivas de negócios no curto e médio prazos são muito boas em função da qualidade do produto fabricado atualmente na China e também devido a reconhecida competitividade dos preços chineses. “Nós participamos de feiras voltadas para máquinas para vários segmentos em diversas partes do mundo e aqui no Brasil notamos que o evento é organizado de forma bastante profissional. Isso facilita na realização dos negócios”, diz Amanda.

Ela informa ainda que uma parte das empresas que está participando da missão que veio participar da M&T Peças e Serviços e da Construction 2011 já possui escritórios de representação no Brasil. Adiantou ainda que alguns fabricantes fazem até planos para, no futuro, montar aqui uma base de produção no Brasil. Os plano de expansão chinesa no segmento de máquinas voltadas para construção e mineração são agressivos e justificam o fato de que hoje a China produz um quarto dos equipamentos vendidos no mundo, segundo informa a diretora da UBC.

Espanha- Um grupo de cem empresas espanholas fabricantes de máquinas para as áreas de construção e mineração, responsável por uma receita anual de aproximadamente US$ 3 bilhões, participam da M&T Peças e Serviços e da Construction Expo 2011, eventos promovidos pela Sobratema e que se encerram neste sábado no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo. “Nosso principal objetivo é prospectar possibilidades de negócios e divulgar os produtos espanhóis aos empresários brasileiros”, diz Javier Sanjuán, coordenador da Anmopyc – Associação de Fabricantes de Equipamentos para Construção e Mineração, com sede em Zaragoza.

Segundo ele, a ampliação das vendas para mercados fora da Espanha, especialmente para o promissor mercado brasileiro, ganhou ainda mais importância com novas notícias sobre agravamento da situação econômica da Espanha. Para Sanjuán, algumas das empresas representadas por sua entidade levam certa vantagem na busca por novos clientes brasileiros por já atuarem, via representantes, aqui no Brasil. “Algumas delas estão aqui há cerca de 30 anos”, lembra ele.

Desafios para o brasil se tornar um canteiro de obras- “As perspectivas de negócios são as melhores possíveis para as construtoras diante das 9.550 obras em execução ou projetadas entre 2010 a 2016, com investimentos de R$ 1,2 trilhão, mas é preciso que o Brasil deixe de interromper projetos ou obras em andamento em razão de questões de contratos, ambiente ou regulação. Se os problemas forem comprovados, que os responsáveis sejam punidos depois da obra concluída”, afirmou, na quinta-feira (11/8), o vice-presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, Mário Humberto Marques, diretor da Andrade Gutierrez, em mesa redonda no seminário ABCIC sobre infraestrutura - Brasil, um grande canteiro de obras, no Congresso Sobratema. O evento acontece simultaneamente à Construction Expo e M&T Peças e Serviços, que se encerram neste sábado, 13/8, no Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo).

Para a mediadora Íria Lícia Oliva Doniak, presidente executiva da ABCIC – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto, o Brasil tem importantes desafios e gargalos a serem vencidos e as entidades de classe devem ajudar o governo a resolvê-los“. Falta de recursos, de definição de projetos, de engenheiros e mão de obra qualificada e de coragem de utilizar novas tecnologias são problemas apontados por Fernando Rebouças Stucchi, professor da USP – Universidade de São Paulo, para que o País se transforme em um grande canteiro de obras.

Carlos Henrique Valente, da Odebrecht, disse que o Brasil tem que elencar prioridades para reduzir as deficiências crônicas em infraestrutura. “É preciso investir R$ 50 bilhões em portos, R$ 200 bilhões em rodovias e aumentar as linhas e a capacidade das nossas ferrovias”, elencou. Também apontou o Custo Brasil como fator que prejudica a alavancagem de exportação de nossos produtos e serviços.

Já Hugo Corres Peiretti, catedrático da Escola Politécnica de Madri, que fez palestras sobre projetos e desafios para implantação do Trem de Alta Velocidade e aeroportos na Espanha, disse que o Brasil tem muitos desafios, mas também muitas oportunidades. “Com coragem, tecnologia e muita força de vontade, não será difícil vencê-los”. Peiretti participou dos projetos dos aeroportos de Madri, Barcelona, Málaga e Santiago de Compostela, que será entregue dia 24/8, e da atual expansão do aeroporto de Heathrow, na Inglaterra. Também foi projetista de grandes estádios na Copa do Mundo da Espanha, em 1982, e de obras de infraestrutura relacionadas ao evento. [www.constructionexpo.com.br ].

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