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16/08/2011 - 10:17

Anticoncepcional não deve ser mais uma dor de cabeça para a mulher com enxaqueca

Enxaqueca com aura está associada a riscos independentes de fenômenos cardiovasculares e pode ser agravada intensamente pelo uso de anticoncepcionais hormonais combinados

São Paulo - A cefaleia afeta quase 40% das mulheres na sua vida reprodutiva, fase em que a anticoncepção hormonal é o método mais utilizado para a realização do planejamento familiar. No entanto, se a dor de cabeça está presente, principalmente a enxaqueca, elas têm de tomar cuidado na hora de usar anticoncepcionais.

No caso da enxaqueca comum (sem aura), que acomete 11% das mulheres, segundo o Estudo Americano de Prevalência e Prevenção das Enxaquecas, os anticoncepcionais hormonais combinados (estrogênio e progestagênio) podem ser usados, mas com algumas limitações. “Em mulheres sem patologias cardiovasculares prévias, podem ser tomados somente até os 35 anos. Após essa idade, há um aumento da incidência de acidente vascular cerebral (AVC), e, nesse caso, os métodos combinados são considerados categoria 3 nos Critérios de Elegibilidade para o Uso de Anticoncepcionais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso quer dizer que só deve ser usado em pacientes com enxaqueca sem aura e nessa faixa etária quando não houver outra forma disponível efetiva de anticoncepção. O ginecologista, porém, deve ficar atento a mulheres que iniciaram anticoncepção hormonal combinada e não apresentavam enxaqueca e, de um momento para outro, passaram a manifestá-la. Nesse caso, esse tipo de método deve ser suspenso”, explica o Dr. Jarbas Magalhães, secretário da Comissão Nacional de Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Já a enxaqueca com aura (um complexo de sintomas neurológicos que ocorre imediatamente antes ou ao longo do surgimento da enxaqueca), presente em 5% das mulheres, segundo o mesmo estudo, está associada a riscos independentes de fenômenos cardiovasculares e pode ser agravada intensamente pelo uso de anticoncepcionais hormonais combinados. Se as mulheres usuárias forem fumantes, o risco é considerado inaceitável para a OMS e para a Sociedade Internacional de Cefaleia.

Um estudo recente realizado com mulheres com mais de 45 anos mostrou que a enxaqueca com aura se associa a um aumento significativo de maior risco cardiovascular (infarto de miocárdio e AVC isquêmico) e a um número significativo de mortes devido à doença cardiovascular isquêmica. O levantamento mostrou ainda que o risco de AVC isquêmico em mulheres com menos de 45 anos foi de 3,6. Nas mulheres que usavam anticoncepcionais orais combinados com estrogênios, o risco teve um aumento significativo e expressivo: 7,2 (exatamente o dobro de casos). Além disso, outros autores mostraram aumento de risco exponencial para AVC em mulheres usuárias de anticoncepcionais hormonais combinados que eram fumantes.

“Por essas razões, os anticoncepcionais hormonais combinados são contraindicados nos casos de enxaqueca com aura ou enxaquecas complexas (categoria 4 dos Critérios de Elegibilidade da OMS) e devem ser evitados nos casos de enxaqueca comum, nos quais as mulheres tenham outros riscos envolvidos. Como alternativa, as mulheres têm à sua disposição métodos anticoncepcionais não hormonais e métodos hormonais somente com progestagênios, como pílula (desogestrel), implante subdérmico (etonogestrel) e DIU liberador de hormônio (levonorgestrel), que podem ser indicados nesses casos”, afirma o Dr. Magalhães.

Segundo o especialista, as enxaquecas podem e devem ser identificadas mais frequentemente pelo ginecologista e o diagnóstico precoceoferece uma ampla possibilidade de instituir medidas preventivas de futuros acidentes cardiovasculares, possibilitando às mulheres melhor qualidade de vida e acesso ao planejamento familiar.

Estudo-O uso da pílula anticoncepcional contendo apenas progestogênio (desogestrel) foi estudado em 30 mulheres, das quais metade nunca havia tomado anticoncepcionais orais e a outra metade já havia usado alguma associação de estrogênios com progestogênios. As participantes anotavam em um diário os ataques de enxaqueca e suas características, nos três meses anteriores e nos nove meses subsequentes, nos quais receberam a pílula de desogestrel (75 mcg/dia continuamente).

O número de crises de enxaqueca com aura diminuiu significativamente nos dois grupos, mas o que chamou a atenção foi que a duração dos efeitos visuais das auras diminuiu de maneira expressiva nas mulheres que haviam recebido anticoncepcionais combinados orais anteriormente.

Perfil-0A MSD é uma nova empresa farmacêutica, fruto da fusão global, em 2009, entre duas empresas tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dome e a Schering-Plough. A MSD é líder global na área de cuidados com a saúde e conta com uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e produtos para a saúde humana e a animal.

Esse portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas terapêuticas fundamentais, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças respiratórias e distúrbios neurológicos. Além disso, é uma empresa comprometida em ampliar o acesso aos seus medicamentos para o maior número de pacientes possível, por meio de programas abrangentes de educação em saúde dirigidos à população e doação de seus medicamentos às pessoas que deles necessitam.

Conhecida globalmente como MSD (somente nos EUA e Canadá a empresa é denominada Merck), conta atualmente com cerca de 106 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a empresa conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000 funcionários.

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