Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

18/08/2011 - 11:18

Estudos mostram que a oncoplástica tem papel importante na restituição da autoestima após batalha contra o câncer de mama


A cirurgia plástica de reconstrução da mama caminha para ser incorporada ao protocolo de tratamento global do câncer, assim como a quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.

O diagnóstico do câncer de mama causa grande fragilidade emocional, pois seu tratamento cirúrgico, seja para remoção de tumores iniciais como ocorre na cirurgia conservadora da mama ou para tumores maiores, como nas situações de mastectomias (retirada da mama), provoca alterações físicas visíveis que afetam fortemente a autoestima feminina. De acordo com a avaliação do Dr. Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555), especialista em cirurgia plástica de mama e Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a cirurgia plástica de reconstrução da mama apresenta atualmente importante papel no contexto do tratamento global da patologia no que tange ao bem-estar e à qualidade de vida emocional e social dessas pacientes.

Um estudo publicado pela Universidade de Michigan/EUA em 2008 avaliou o impacto do resultado estético após o câncer de mama na qualidade de vida de pacientes. Em uma análise que envolveu 12 centros nos EUA e mais de 23 equipes de cirurgia plástica diferentes, foram avaliados aspectos relacionados à satisfação corporal, depressão, medo de recorrência e alteração na percepção da saúde. “Por meio da utilização de escalas, os pesquisadores observaram que pacientes com assimetria mamária após o tratamento do câncer apresentaram piores índices de contentamento e maior incidência de depressão que as pacientes com mamas simétricas e submetidas a técnicas de reconstrução. Desta forma, nos tempos atuais, mastologia e cirurgia plástica devem caminhar juntas, uma vez que os benefícios da oncoplástica à imagem corporal, com ausência de mutilação, têm impacto positivo na qualidade de vida e na reabilitação psicossocial após o tratamento da doença” afirma Dr. Alexandre.

Número de mulheres submetidas à oncoplástica cresce -No Brasil, assim como no mundo, já é notado maior esclarecimento por parte da população leiga e, sobretudo das especialidades médicas envolvidas, quanto às inúmeras técnicas disponíveis, além da tranquilidade em relação à segurança destes procedimentos em conjunto com o tratamento do câncer. Desta forma, o maior esclarecimento científico, por parte da comunidade médica, e o oferecimento deste tratamento como parte integrada do tratamento cirúrgico do câncer de mama levam a um crescimento do número de cirurgias de reconstrução a cada ano. “Apesar deste crescimento ser mais notório nos hospitais acadêmicos de nível terciário, também temos observado iniciativas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS) no intuito de oferecer técnicas para as pacientes submetidas ao tratamento do câncer de mama na rede pública. Mas, sabemos que mais mulheres poderiam se beneficiar deste tipo de procedimento”, explica o especialista.

Atualmente, a reconstrução da mama é feita com a utilização de retalhos ou com o uso de próteses de silicone. Segundo Dr. Alexandre Munhoz, de maneira geral, existem pacientes que demonstram melhor evolução com a utilização de próteses, o que gera o benefício de uma cirurgia de menor porte e um tempo de recuperação mais curto. Todavia, dependendo da anatomia local e da extensão da cirurgia do câncer, detecta-se a necessidade de retalhos com o objetivo de favorecer o resultado final e se evitar complicações maiores. “Também deve-se ponderar a necessidade de radioterapia pós-operatória, que em alguns casos apresentam melhor evolução quando empregamos os retalhos para a reconstrução”, diz o médico.

Para finalizar, Dr. Alexandre Munhoz afirma que considerando este cenário, a grande evolução da cirurgia plástica de reconstrução nos próximos anos será muito mais conceitual do que propriamente técnica. Desta forma a cirurgia oncoplástica no Brasil e no mundo caminha para uma mudança de pensamento médico em que pese o tratamento cirúrgico do câncer mamário com a sua total incorporação no tratamento global da patologia, da mesma forma que a quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. “Inúmeros estudos já demonstram os benefícios da cirurgia oncoplástica em associação com o tratamento do câncer de mama e, brevemente, não haverá mais sentido ou espaço para a terapia do câncer sem o emprego de técnicas de cirurgia plástica com intuito de favorecer o resultado estético final, melhorar a imagem corporal e promover qualidade de vida. É apenas uma questão de tempo”, finaliza o especialista.

Perfil-Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555) – Cirurgião Plástico: graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e residência médica em cirurgia geral e plástica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Com Mestrado e Doutorado em Cirurgia Plástica na área de Cirurgia Mamária pela Faculdade de Medicina da USP, Dr. Munhoz é Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e membro Consultor do corpo de revisores internacionais das revistas americanas Annals of Plastic Surgery e Plastic Reconstructive Surgery. Além disso, o especialista participa do corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz e São Luiz. O cirurgião também foi Coordenador do Grupo de Reconstrução Mamária do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período 2000-2009.

Seu foco científico, levou o Dr. Munhoz a desenvolver 6 técnicas cirúrgicas originais descritas e publicadas internacionalmente: 4 na área de reconstrução mamária pós-câncer – oncoplástica; 1 na área de prótese de mama via axilar e 1 na área de cirurgia da intimidade (ninfoplastia/redução de pequenos lábios).

Com uma intensa atuação acadêmica, Dr. Alexandre possui 92 trabalhos científicos publicados em jornais e revistas científicas do meio médico, sendo que 56 estudos estão indexados no[ www.pubmed.com] (site da biblioteca médica norte-americana). O especialista já escreveu 26 capítulos de livros, sendo que oito deles integram livros internacionais. [www.cirurgiaoncoplastica.blogspot.com].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira