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17/08/2007 - 10:36

Exportações dão folga ao Brasil para enfrentar turbulência, afirma professor da UnB

Brasília - O superávit da balança comercial brasileira deve blindar o país, pelo menos a curto prazo, dos impactos da crise mundial iniciada no mercado imobiliário norte-americano. A avaliação é do professor Roberto Piscitelli, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB).

Em entrevista no dia 16 de agosto, ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, o economista afirmou que as exportações do Brasil deverão garantir um superávit em torno de US$ 40 bilhões na balança comercial. Esses recursos, segundo ele, são suficientes para compensar a fuga de capitais provocada pela turbulência financeira internacional.

“Mesmo que haja a saída de capitais estrangeiros do país, o superávit comercial nos dá uma folga por um período razoável”, destacou Piscitelli. Ele acrescentou que as reservas cambiais em torno de US$ 155 bilhões, de acordo com o Banco Central, também contribuem para dar um certo conforto. “Nossa situação é menos problemática que há alguns anos”, assegurou.

Isso ocorre porque o balanço de pagamentos, que mede as transações entre o Brasil e o resto do mundo, é composto pelas contas externas, da qual faz parte a balança comercial, e pela conta capital e financeira (CCF), que registra os negócios nas bolsas de valores, entre outros itens. No caso de crise no mercado financeiro, o saldo negativo da CCF pode ser compensado pelas contas externas.

O professor da UnB não descartou, no entanto, a possibilidade de que a atual crise tenha reflexos no Brasil a longo prazo. "Isso vai depender do desempenho da economia mundial daqui para a frente”, explicou. Caso a crise se acentue, a ponto de reduzir o crescimento do resto do mundo, acrescentou, o Brasil passaria a vender menos para o exterior: “A médio prazo, sim, as contas externas podem ser afetadas”.

A crise no mercado de crédito imobiliário americano, avaliou, tem raízes profundas e não pode ser considerada uma mera turbulência passageira: “Essa crise não é tão simples e pontual como em outras ocasiões. No limite, ela pode comprometer o período de prosperidade que a economia mundial experimentou nos últimos cinco ou seis anos, só comparável ao registrado depois da Segunda Guerra.”| Por: Welton Máximo/ABr

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