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18/08/2011 - 11:47

Acesso rodoviário e dragagem são prioridades para o porto de Santos, diz dirigente da BTP

Henry James Robinson, diretor-Presidente da Brasil Terminal Portuário, participará do Santos Exporto 2011 em palestra sobre as necessidades de investimento no complexo santista.

Principal evento do cenário portuário nacional, o Santos Export 2011 - Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos reunirá, no próximo dia 25 de agosto, em Santos-SP, autoridades públicas e empresários do setor de infraestrutura, comércio exterior e de logística de transporte para definir diretrizes conjuntas para o desenvolvimento do maior complexo portuário da América Latina.

Este ano, além de debater as questões pontuais do cais santista, o evento apresentará também o modelo portuário chinês, tema de destaque da programação deste ano. O Fórum promoverá ainda uma viagem internacional na qual empresários e autoridades poderão conhecer, in loco, portos da China.

Um dos debates propostos abordará o desafio da questão da infraestrutura e multimodalidade no porto de Santos. Entre os debatedores confirmados estão Pedro Brito (Diretor da ANTAQ), José Roberto Correia Serra (Presidente da CODESP), Pedro Francisco Moreira (Diretor Titular Adjunto do Departamento de Infraestrutura da FIESP), Sérgio Aquino (Presidente do CAP e Secretário de Assuntos Portuários de Santos) e Saulo de Castro (Secretário de Estado de Logística e Transportes).

Participam ainda do painel os seguintes executivos: Marcelo Araújo (Presidente Executivo da Libra); Cte. Fábio Mello Fontes (Diretor Presidente da Praticagem de São Paulo); Paulo Naef (Diretor Superintendente da Fertimport); Antonio Carlos Sepúlveda (Diretor-Presidente da Santos Brasil); e Henry Robinson (Presidente da BTP).

Henry James Robinson, diretor-Presidente da Brasil Terminal Portuário, adiantou com exclusividade algumas informações sobre suas expectativas acerca das questões que serão colocadas em pauta durante o Santos Export 2011.

Em sua opinião, quais os principais entraves de infraestrutura do porto de Santos que ainda não apresentam solução no curto prazo: .De que forma eles afetam ou prejudicam a sua empresa? O que fazer? Como todo porto brasileiro, Santos apresenta alguns gargalos que vêm sendo tratados pela Autoridade Portuária (AP), tais como: os gargalos nos viadutos entre a SP55 e Via Anchieta e no viaduto 31 de Março (Jardim Casqueiro); o trecho da SP55 (Cônego Domênico Rangoni) entre a Via Anchieta e a Usiminas, que estará operando próximo de 90% da capacidade em 2019; o redesenho viário da área do Valongo; as questões de acesso ferroviário como: gargalo no trecho do Planalto da ALL, cremalheira próxima à saturação - Transporte parcial de carga (minério) já é desviado para caminhões (2010), Saturação do Pátio Perequê/ Valongo da ALL (2019) e a questão de dragagem dos berços de atracação e áreas de manobras. Temos também o trecho final (ou melhor, inicial) da perimetral na margem direita, crítico por suportar a totalidade do tráfego que acessa o porto e pelos novos projetos em desenvolvimento naquela região (TECONDI, expansão dos terminais de líquidos, BTP, etc.), que necessita ter seu projeto executivo estabelecido pela AP, licitado e as obras realizadas o quanto antes.

.Quais deveriam ser as prioridades de investimento para o Porto de Santos? -As questões de acesso rodoviário ao Porto de Santos e dragagem dos berços de atracação, bem como a continuidade aos projetos de expansão existentes.

Considerando o exemplo Chinês, podemos dizer que falta ao Brasil mais agressividade na política comercial e/ou mais incentivos à concorrência entre os portos nacionais? A China está mais para parceira ou concorrente do Brasil?- A China é, sem dúvida, parceira comercial do Brasil, e o que demonstra isso são os números de Balança Comercial Brasileira. Em 2010, a China superou os EUA entre os principais países compradores em valor com US$ 30.786 Milhões (contra US$ 19.462 Milhões dos EUA). Essa situação se inverte no caso de países fornecedores - os EUA lideram a lista com US$ 27.249 Milhões, seguidos de perto pela China com US$ 25.593 Milhões. Quanto ao ambiente concorrencial entre-portos mencionado, a situação não parece muito clara naquele país. Quanto ao Brasil, recursos escassos para investimento em infraestrutura sugerem mais um ambiente de complementaridade entre os portos do que propriamente de concorrência, sendo o nível de serviço garantido pelo ambiente concorrencial intra-porto, já obtido após a Lei de modernização portuária.

.Como capitalizar a convergência entre a atividade portuária e a offshore no Porto de Santos?-As atividades offshore exigem apoio logístico às suas atividades e, nesse caso , quando falamos em atividades logísticas, não estamos nos referindo apenas à transporte e uso de embarcações do tipo Mini-Supply (versão menor da embarcação de suprimentos que desempenha atividades multifuncionais), MPSV (Multipurpose Supply Vessel) ou ainda OSRV (Oil Spill Recovery Vessel), que são navios de combate a derramamento de óleo, mas a todas as outras atividades logísticas, tais como: armazenagem de produtos e materiais técnicos para suporte das atividades, controle de estoque através de VMI, etc. Outros itens que fomentam essa convergência entre o porto e a Bacia de Santos são a presença da base aérea do Guarujá para suporte a helicópteros das futuras plataformas e a presença de Parques Tecnológicos da USP e UNICAMP para desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação. Podemos ressaltar que a convergência se estabelece por estas duas atividades necessitarem da mesma infraestrutura de acessos, sejam rodoviários, ferroviários ou aquaviários. Desta forma, podemos dizer que mais do que disputarem estas estruturas, permitem amortizar, e justificar pela multiplicação dos benefícios, os investimentos públicos urgentes nas mesmas, desde que estes sejam dimensionados levando-se em conta esta carga adicional de atividades.

.Qual o momento da sua empresa no contexto portuário nacional? -A BTP vive um momento bastante intenso de construção de toda a infraestrutura do terminal, da definição dos seus Processos Operacionais (SOP - Standard Operational Procedures), Customização do software de Gerenciamento do Terminal (TOS - Terminal Operating System) e de formação da equipe.

.[Santos Export 2011 ? Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos , dia 25 de agosto , das 8h às 18h - Mendes Convention Center - Av. Francisco Glicério, 206 ? Santos ? SP ? Brasil.Apoio: Associação Comercial de Santos, Porto de Santos, Praticagem do Estado de São Paulo, Prefeituras de Cubatão, Guarujá, Mongaguá e Santos.Patrocinadores: BTP, Deicmar, EcoRodovias, Fertimport, Icipar, Libra Terminais, Marimex, OAS, Rodrimar, Santos Brasil, Tecondi, Vale Fertilizantes, Grupo Mendes e T-Grão. [ www.unaeventos.com.br/forumsantosexport/2011].

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