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18/08/2011 - 11:55

Transporte público é o principal meio de locomoção de 42% dos brasileiros, revela pesquisa da CNI

Estudo mostra que 24% da população gastam mais de uma hora para ir de casa para o trabalho ou para a escola.

Brasília– O transporte coletivo – ônibus, microônibus, vans, metrôs, trens, bonde e barcas – é o principal meio de locomoção para 42% dos brasileiros. Esse número sobe para 58% nas cidades com mais de 100 mil habitantes. No entanto, poderia ser ainda maior se o sistema fosse mais eficiente, porque 25% da população deixam de usar o transporte público pela inexistência ou pela indisponibilidade nos horários necessários. As informações são da pesquisa CNI/Ibope Retratos da Sociedade Brasileira: Locomoção Urbana, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 17 de agosto (quarta-feira).

Conforme o estudo, 34% da população tem o ônibus como principal meio de locomoção. Outros 24% vão para o trabalho ou para a escola a pé e 16% de carro próprio. Os demais utilizam outros meios, como táxi, moto e bicicleta. No geral, as pessoas consideram ótimo ou bom os meios de locomoção usados. Os melhores avaliados são a motocicleta e o automóvel de família, com mais de 90% de aprovação. O pior é o ônibus: 45% dos usuários estão satisfeitos, enquanto que 24% o consideram ruim ou péssimo.

Tempo de deslocamento – Ainda segundo a pesquisa, 43% das pessoas gastam até meia hora por dia para chegar ao trabalho ou a escola, 27% precisam de mais de meia hora para fazer o percurso rotineiro, e 24% levam mais de uma hora por dia. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, o número de pessoas que precisa de mais de uma hora para se locomover de casa para o trabalho sobe para 32%.

O tempo de locomoção é maior para os indivíduos com renda elevada, o que sugere que essas pessoas moram mais afastadas do local de trabalho ou estudo. Entre a população com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos, 31% gastam mais de uma hora para ir de casa para o trabalho ou para escola. O número sobe para 37% entre os indivíduos com renda superior a dez salários mínimos.

Apesar disso, 54% da população consideram o transporte usado rápido. Esse percentual sobe para 87% entre os usuários de motocicleta e cai a 33% entre os que utilizam o ônibus. Para 37% da população, mostra a pesquisa, o tempo de locomoção é o principal fator para a escolha do meio de transporte.

Falta de segurança - O estudo revela ainda que mais de 50% das pessoas têm medo de sofrer um acidente ou de ser assaltado no meio de locomoção que mais usa. Os mais preocupados com a segurança são os usuários de motocicleta e os que menos se preocupam são os que andam a pé. Nas periferias, 69% da população têm medo de assalto e 61% de acidente. Nas capitais, 59% temem serem assaltados e 55% se acidentarem. O medo é menor no interior, onde 44% têm medo de assalto e 45% de acidente.

Otimismo com o futuro – O sistema de transporte público no país deve melhorar nos próximos três anos na avaliação de 49% dos brasileiros, informa a pesquisa da CNI. Apenas 12% da população acreditam que vai piorar, enquanto 30% dizem que ficará estagnado. De acordo com o estudo, o sistema de transporte público conta hoje com 39% de aprovação ante 28% da população que o considera ruim ou péssimo. Para 26%, o sistema é regular.

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, disse que o resultado da pesquisa surpreendeu pela maioria da população avaliar bem o transporte público e ser otimista em relação a melhorias nesse sistema. Ele salientou que os grandes eventos esportivos programados para o Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, exigirão obras de melhoria do sistema de transporte público, principalmente em relação à qualidade e ao tempo. “Transportes como trem e metrô, ainda de baixo uso, podem receber mais investimentos do governo”, destacou Castelo Branco.

A pesquisa CNI-Ibope Retratos da Sociedade Brasileira: Locomoção Urbana ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, no período de 20 a 23 de março de 2001. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

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