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18/08/2011 - 12:18

Elétrico robusto: VE viaja 20 mil KM sem apresentar nenhum problema técnico


Com 25 anos de experiência no setor automotivo e mais de um milhão de quilômetros percorridos ao redor do mundo, o jornalista Paulo Rollo disse que, pela primeira vez, com o projeto Zero-Emission – An Expedition across Americas, encerrou uma viagem de longa distância sem qualquer problema técnico com o veículo.

Rollo percorreu 20.400 quilômetros, cortando 15 países pelas três Américas, a bordo de um protótipo do Projeto Veículo Elétrico (VE) de Itaipu e parceiros, modelo Palio Weekend. A chegada foi na manhã do dia 17 de agosto (quarta-feira),no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Movidos a Eletricidade, o Galpão G5. Foram 128 dias na estrada.

A chegada do VE a Itaipu foi acompanhada por jornalistas de diferentes veículos de comunicação da cidade, incluindo jornais, emissoras de tevê e de rádio. Na sequência, todos participaram de uma entrevista coletiva. “O desafio era imenso, inédito, e o resultado foi uma surpresa: é a primeira vez que não tenho nenhum problema com um veículo [em viagem de longa duração]. O VE é muito robusto”, elogiou o jornalista, que é autor do livro-DVD “Volta ao mundo em 8 mil dias”.

Além do chefe da expedição, participaram da entrevista o coordenador geral brasileiro do Projeto VE, engenheiro Celso Novais; o superintendente de Comunicação Social da Itaipu, jornalista Gilmar Piolla; o coordenador do Projeto VE pela Fiat, Leonardo Cavaliere; e o diretor da Way Carbon, Matheus Brito, uma das empresas parceiras da expedição.

“Graças a Fiat e a todos os nossos parceiros conseguimos dar um passo a mais no projeto. Esse evento dá muita confiabilidade ao projeto [VE] e mostra que o nosso produto é muito forte”, destacou Celso Novais, lembrando que até o Zero-Emission, a maior viagem feita pelo VE tinha sido a Assunção, no Paraguai, totalizando cerca de 700 quilômetros.

Gilmar Piolla lembrou que na viagem o VE enfrentou condições extremas, do calor intenso da região da Baixa Califórnia, no México, com temperatura de até 45ºC, até o frio intenso de -17ºC na região da Cordilheira dos Andes, no Chile. “Foram muitos os desafios e o carro resistiu bravamente”, disse. “E este é também um projeto de comunicação, porque deu muita visibilidade ao VE”, complementou.

Leonardo Cavaliere, da Fiat, revelou que a tecnologia empregada ao VE – tração elétrica – chama hoje tanta a atenção, pelo benefício ambiental, que o carro chegou a ser aplaudido quando rodava pelas ruas de Los Angeles (EUA), no início da expedição. “Foi um sucesso”, classificou.

Matheus Brito, da Way Carbon, disse todas as emissões de poluentes geradas durante a viagem – desde o avião que levou a equipe até os EUA até a queima de carvão das usinas da América Central que abasteceram o VE com energia elétrica – serão calculadas, para que possam ser compensadas com o plantio de árvores.

Segundo ele, num cálculo conservador serão necessárias cerca de cem árvores para neutralizar as emissões do projeto – seria o triplo se a viagem fosse feita com veículo convencional. “Se toda a energia do mundo fosse de Itaipu [que usa fonte limpa e renovável], não haveria problema”, apontou.

Paulo Rollo também destacou o fato de a bateria utilizada no VE – de origem suíça – ser 100% reciclável. “Isso representa um compromisso ambiental mais forte”, disse. Gilmar Piolla acrescentou que o Projeto VE já obteve financiamento de R$ 32 milhões para nacionalizar a bateria e baixar os custos – o que poderá ajudar, no futuro, a viabilizar a produção em escala do produto.

Trajeto-A expedição Zero-Emission partiu de Los Angeles, na Califórnia (EUA), no dia 9 de abril, passando por México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Argentina e Paraguai, até chegar ao Brasil. No caminho, todo tipo de piso: do asfalto liso ao esburacado, barro, cascalho, neve e até pista de sal na Argentina.

Paulo Rollo revelou que, na média, a expedição rodou 300 quilômetros a cada 30 horas. Como a bateria tem autonomia de 100 quilômetros, e leva 8 horas para ser recarregada, as paradas eram constantes. Curiosamente, em 90% dos casos, segundo ele, o reabastecimento era feito em postos de combustível, aproveitando a rede elétrica dos estabelecimentos. “Geralmente, a rede elétrica dos postos é mais robusta”, explicou.

Dependendo do lugar que a bateria acabava, o VE era rebocado pelo motorhome – que serviu de carro de apoio. Dos mais de 20 mil quilômetros rodados, no entanto, o VE foi puxado em apenas 34 quilômetros – considerando trechos de 200 metros até 4 quilômetros, no máximo.

Inicialmente, a ideia do Zero-Emission era percorrer 25 mil quilômetros, mas a expedição teve de abortar o trecho da Patagônia, primeiro devido às cinzas do complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, no Chile; depois, por causa da neve que se acumulou na estrada. Paulo Rollo pretende completar o percurso em trechos urbanos no Brasil ou em uma viagem à Patagônia.

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