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17/08/2007 - 10:45

Os gastos das famílias com a saúde

Como de costume, procuro mais uma vez trazer em pauta, um artigo que discute as principais características dos gastos das famílias brasileiras com a saúde, mostrando a importância destes gastos em relação aos outros grupos de despesas. No artigo, apontam-se as duas principais categorias do gasto das famílias com saúde: os medicamentos e as mensalidades de planos ou seguros de saúde. Em meu trabalho que consiste na avaliação constante do mercado de consumo, pude perceber que nas famílias das pessoas que pertencem às classes mais pobres da população, a maior parte dos dispêndios com a saúde se dirige à compra de medicamentos. Quanto mais pobres são as famílias, maior é o peso da renda familiar representado pelos gastos com medicamentos, planos e com a saúde em geral.

Neste artigo, tento descrever de forma sucinta quais são as principais características dos gastos das famílias com a saúde no Brasil. A análise com as despesas relacionadas à saúde, devem ser de análise privilegiada por excelência, pois as decisões sobre o empenho dos recursos angariados pelos indivíduos nos dispêndios com a saúde, raramente são estritamente individuais.

Decisões sobre a aquisição de planos de saúde, medicamentos, tratamentos dentários, óculos e outros gastos afins têm, para a maior parte da população, um impacto significativo no orçamento doméstico, e muitas vezes implicam na participação de membros da família que não residem no mesmo domicílio. Filhos zelosos podem ajudar a custear os medicamentos de uso regular indispensáveis à saúde dos pais idosos que com eles não coabitam. Da mesma forma , os avós podem eventualmente pagar pelo plano de saúde dos netos. Portanto, faz-se necessário ater-se à parcela da estrutura familiar que coabita em um domicílio, e que provavelmente decide "coletivamente" sobre a oportunidade e a necessidade deste tipo de gasto.

Na minha ótica, os dispêndios efetuados pelas famílias relacionados à saúde são o quarto dos grupos mais volumosos das despesas de consumo familiar, atrás apenas das despesas efetuadas com habitação, alimentação e transporte. Não cabe aqui nenhuma análise quantitativa e nenhum tipo de pesquisa, apenas uma "mera" análise de uma consumidora de saúde. Como dito anteriormente, a maior parte desses dispêndios é empenhada na compra de medicamentos e no pagamento de mensalidades de planos de saúde. Além disso, também a maior parcela desse gasto é efetuada pelas famílias cujos membros pertencem aos grupos das classes mais ricas da população.

Entre os mais pobres, o gasto em saúde é majoritariamente realizado com a compra de medicamentos, pois resta apenas a utilização do SUS – Sistema Único de Saúde- como suporte para tratamento médico. Todavia, à medida que se consideram com um poder aquisitivo melhor, cresce a parcela das despesas totais de saúde representada pelos gastos com mensalidades de planos de saúde. Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha*, saúde é uma das principais preocupações do paulistano. Porém, é somente entre os mais ricos da população que os gastos com planos de saúde são maiores que os efetuados com medicamentos.

Em suma, o que continua chamando minha atenção é que nós, consumidores de saúde ou de qualquer outro produto, precisamos estar cada vez mais atentos aos nossos direitos. E principalmente não ficarmos paralisados diante das negativas constantes que recebemos por parte dos planos de saúde ou do governo quando estamos na hora de maior necessidade. [*Pesquisa realizada pelo Datafolha publicada em 13/08/2007.

Por: Adriana Leocádio/ Peris Advogados [www.perisadvogados.com.br].

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