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19/08/2011 - 10:59

Presta: porta aberta para sobriedade


No ano de 1995 iniciava dentro do Hospital da Polícia Militar, um programa de tratamento para a dependência química. Inicialmente, o serviço era voltado para policiais militares que apresentavam quadro de dependência ao álcool etílico. Em pouco tempo de existência e os bons resultados apresentados, levaram os gestores do hospital a abrir vagas para o público civil (público externo). Pode-se dizer que até o ano de 1998, o atendimento dos pacientes internados era exclusivo para o uso e abuso de bebidas alcoólicas. Fato a ser destacado é que dos 95 residentes que foram atendidos no transcorrer desse ano, 31 eram policiais militares.

Talvez, esse tenha sido o motivo de seus idealizadores terem colocado o nome de Presta: Programa de reabilitação à saúde do toxicômano e alcoolista. Com o avançar dos anos surgiu um novo público interessado pelo tratamento de reabilitação, mas desta vez, com dependência a outras drogas psicoativas, principalmente a maconha, a cocaína e o crack.

O tratamento aplicado aos residentes apresenta como destaque a não utilização de qualquer substância psicotrópica, ou seja, o dependente químico fica aproximadamente entre 35 a 40 dias em abstinência total do uso de substâncias entorpecentes (lícitas ou ilícitas). Nesse mês de agosto, o programa de reabilitação à dependência química está completando 16 anos de existência.

Nesse período, passaram pelo tratamento nada menos do que 2.129 residentes, sendo 1.867 civis e 262 militares. Atualmente, o serviço é disponibilizado a qualquer pessoa da sociedade, desde que atenda aos seguintes requisitos: voluntariedade; ser maior de 18 anos; motivação e consciência de sua situação (dependente químico); respeitar e seguir as orientações dos profissionais na fase ambulatorial (entrevistas) e durante o período de internação; não estar sob custódia judicial que necessite escolta; estar em abstinência dias antes da internação; não ter ou apresentar comprometimento biológico e/ou psicológico que necessite de serviços de maior complexidade.

O Presta busca através de técnicas especializadas e terapias ocupacionais, levar o residente a entender sua realidade interior, resgatar sua auto-estima e se re-adequar ao convívio social. A proposta é resgatar sua saúde psíquica e emocional, motivando-o a adotar hábitos saudáveis, produtivos e responsáveis, com relações sociais estáveis.

Durante o período de internação, são trabalhadas e desenvolvidas terapias ocupacionais, entre elas: Meditação; Estudo dos 12 passos de AA/NA; Terapia Corporal; Relaxamento; Psicodrama; Prevenção de Recaída; Terapia de artes diversas; Grupo de orientação familiar; Aula de Educação Física; Aconselhamento em Dependência Química, e outras.

O Programa agrega em sua equipe de trabalho, profissionais voluntários e qualificados em diversas áreas sociais, com larga experiência sobre prevenção e tratamento em dependência química, visando a reinserção social e familiar do usuário-paciente.

A estrutura física reservada ao tratamento dessa clientela localiza-se num setor específico do Hospital da Polícia Militar, composto de 18 leitos, havendo grande rotatividade entre a admissão e a alta de pacientes.

Esta é mais uma pequena porta aberta à disposição da sociedade espírito-santense, na tentativa de resgatar a dignidade humana e minimizar o sofrimento de muitas famílias. Para conseguir uma vaga de internação, é necessário marcar o agendamento das entrevistas pelo telefone (27) 3636.6581, somente na segunda-feira, a partir das 08h00min.

.Por: Eduardo Veronese da Silva, Professor de Educação Física – UFES,Bacharel em Direito – FABAVI/ES,Especialista em Direito Militar – UCB/RJ. Subtenente da PMES| Email. [email protected]

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